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Educação

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  • A história e a epistemologia da ciência e da aprendizagem da química : uma estratégia enquadrada num ambiente construtivista de sala de aula
    Publication . Gouveia, Vera Maria Branco de Melo; Valadares, Jorge
    Atualmente, vários investigadores sobre o ensino das ciências defendem a valorização deste ensino através do recurso à História da Ciência e à sua Epistemologia, valorização essa que passa pelo desenvolvimento do espírito científico, das competências e das atitudes construtivas dos alunos que esse recurso poderá proporcionar e que são indispensáveis na educação de jovens que se deseja estejam aptos a desempenhar um papel importante no progresso da sociedade. A presente investigação desenrolou-se no sentido de dar resposta à seguinte questão: “Em que medida o recurso à História da Ciência pode melhorar o processo ensino/aprendizagem da Química e a imagem que os alunos têm desta Ciência?” Na concretização de tal objetivo pesquisou-se o efeito da utilização em sala de aula, num ambiente construtivista de aprendizagem, de uma estratégia de ensino/aprendizagem de uma área da Química (Tabela Periódica), recorrendo a materiais curriculares que permitiram a introdução de aspetos históricos. O “Vê” heurístico ou “Vê” epistemológico – um instrumento coerente com a visão construtivista da natureza do conhecimento – esteve na base da conceção do presente estudo. Descreveu-se, sumariamente, alguns contributos da Epistemologia e da Psicologia Educacional para o campo da educação em ciência. Na recolha de dados optou-se por um método predominantemente qualitativo e de orientação interpretativa. Como instrumentos de pesquisa, concebidos de forma a permitirem obter respostas o mais representativas possível de molde a cumprir o objetivo do estudo, foi aplicado um questionário em dois momentos diferentes (antes e depois do estudo), realizada uma visita de estudo, feitos registos de observação, fichas de trabalho e um teste final. A apreciação das respostas ao questionário permitiu concluir que uma percentagem significativa de alunos tinha modificado a visão dogmática que possuíam acerca da Ciência. Os resultados do teste final evidenciaram uma boa aprendizagem por parte dos alunos daquele tema. A transformação de registos e a análise dos resultados permitiu formular alguns juízos cognitivos dos quais os mais preponderantes são: a) a História da Ciência é um importante recurso didático que permite aos alunos entender como se constrói o conhecimento científico, evitando que tenham da Ciência uma visão dogmática; b) a História da Ciência proporciona um melhor encadeamento entre os conhecimentos e ajuda os alunos a entender o significado dos conceitos, uma vez que tomam consciência das dificuldades encontradas na sua construção; c) para que os estudantes construam, de forma significativa, modelos conceptuais cientificamente corretos contribuem actividades que ofereçam ao aluno a oportunidade de explorar, criticar e refletir sobre o seu próprio funcionamento cognitivo e sobre os processos que utiliza para aprender e ajuizá-los criticamente. Pode-se sintetizar os juízos cognitivos formulados, afirmando que o recurso à História da Ciência contribuiu para uma mudança na imagem que os alunos tinham da Ciência e que uma estratégia baseada na História da Ciência proporcionou uma boa aprendizagem. Foram também enunciados alguns juízos de valor fundamentados na investigação.
  • A aprendizagem da noção de número e da resolução de problemas aritméticos na triangulação professor, alunos e manual escolar
    Publication . Silva, Maria João Rodrigues; Moreira, Darlinda; Silva, Ana Cristina
    A presente investigação tem como ponto de partida a análise do processo de ensino aprendizagem segundo o modelo de Rezat (2009), que visa compreender a interação entre o conhecimento matemático, o professor, o aluno e o manual escolar. Deste modo, através de entrevistas e da observação de aulas, analisamos as conceções acerca da aprendizagem infantil da Matemática de quatro professores, do 2º ano de escolaridade, as suas práticas pedagógicas desenvolvidas dentro da sala de aula, bem como, o manual escolar adoptado e o desempenho infantil dos seus alunos em relação à aprendizagem da noção de número, das operações aritméticas (adição, subtração e multiplicação) e da resolução de problemas aritméticos. Dos dados recolhidos nesta investigação verificou-se que as conceções procedimentais (Ma, 2009) que os professores participantes apresentavam, influenciavam as suas condutas dentro de sala de aula, designadamente, ao nível das atividades que escolhiam e a forma como apresentavam os conteúdos matemáticos às crianças. O peso que cada professor atribuía ao manual escolar era também determinante para o destaque que o mesmo tinha dentro da sala de aula e a qualidade do mesmo no tipo de exercícios que eram apresentados às crianças. Desta forma, o desempenho das crianças na resolução de problemas aritméticos, das operações aritméticas de adição, subtração e multiplicação e de exercícios que remetiam para a noção de número, foi consonante com as práticas pedagógicas desenvolvido com eles pelos seus professores.
  • A educação básica e secundária e a formação do cidadão-trabalhador do séc. XXI : gestão estratégica das competências?
    Publication . Oliveira, Alexandre Lopes de; Teixeira, António; Sousa, António Evangelista de
    A Reorganização Curricular do Ensino Básico e a Reforma do Ensino Secundário, corporizadas através do Dec.-Lei nº 6/2001 e Dec.-Lei nº 74/2004, respetivamente, introduziram no contexto educativo português o conceito de competência como eixo estruturante das políticas curriculares. Assumindo, por um lado, a polissemia do conceito e a multiplicidade das suas implicações, tomando em linha de conta a sua origem (mundo do trabalho) e difusão através de organizações e contextos supranacionais e, por outro lado, a relevância fundamental do papel dos professores enquanto gestores pedagógicos, capazes de determinar o sucesso ou insucesso das políticas educativas, na medida em que, pela sua ação de recontextualização, o currículo prescrito se transforma em currículo real, entendemos como essencial conhecer as formas de apropriação do conceito de competência por parte dos professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário, assim como as suas implicações na gestão pedagógica (práticas curriculares de planificação, lecionação e avaliação). Face aos objetivos definidos, delineámos a metodologia de investigação recorrendo à entrevista semiestruturada como técnica de recolha de dados/informação e a análise de conteúdo como técnica de análise desses dados/informação. Concretamente falando, construímos, validamos e aplicamos uma entrevista semiestruturada, referente ao conceito de competência e às suas implicações na gestão pedagógica levada a cabo pelos professores, aplicada a docentes de diferentes disciplinas e dos diferentes níveis do Ensino Básico e do Ensino Secundário, na região do Porto e Grande Porto (Gaia, Gondomar, Maia, Valongo, Resende). Os resultados do estudo parecem-nos apontar no sentido de uma apropriação superficial do conceito de competência, encontrando reduzida tradução ao nível da gestão pedagógica dos professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário.
  • Desenvolvimento da literacia estatística : uma abordagem no 3º ciclo
    Publication . Campelos, Sandra; Moreira, Darlinda
    Este estudo consiste num projeto de intervenção, implementado em três fases e que incidiu sobre os três anos que integram o 3º ciclo do Ensino Básico. Foi delineado com os objetivos de: caracterizar o sentido crítico e o pensamento estatístico dos alunos, face a dados provenientes de diferentes contextos disciplinares e do quotidiano; identificar as principais dificuldades encontradas pelos alunos ao interpretarem e produzirem informação estatística, no final do terceiro ciclo; e fornecer pistas sobre as ferramentas didáticas que poderão ser utilizadas para desenvolver as capacidades de interpretação e comunicação neste domínio. O design da investigação, apoiou-se numa metodologia de design experiments, e teve por base o mesmo grupo de alunos, acompanhados do 7º ao 9º ano de escolaridade, tendo a investigadora assumido também o papel de professora. Na primeira fase, implementaram-se três tarefas que procuraram, sobretudo, detetar potenciais dificuldades ao nível da organização e interpretação de dados fictícios e aplicados ao contexto do quotidiano; na segunda fase, as três tarefas implementadas tiveram, como objetivos principais analisar a capacidade de realização de um estudo estatístico e a capacidade de aplicação da Estatística a diferentes contextos; na terceira fase, as Probabilidades surgem destacadas, no sentido de compreender a literacia estocástica evidenciada pelos alunos. O estudo permite concluir que trabalhos estatísticos favorecendo a interação entre pares se revelam profícuos, assim como a utilização de dados reais, nomeadamente visando outros contextos académicos, o que vai de encontro às ideias de outros investigadores mencionados na contextualização teórica. Ao longo do estudo foram detetadas melhorias significativas ao nível do sentido crítico e do pensamento estatístico dos alunos. Embora ainda persistam algumas insuficiências, quando os dados pertencem a outros contextos académicos, constataram-se melhorias acentuadas ao nível da interpretação em contexto estatístico relacionado com o quotidiano, bem como na performance oral e escrita dos alunos, ao nível da comunicação e argumentação, em situações de debate.