Centro de Estudos Globais | Teses
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- Os desafios da educação para o séc. XXI: o Projeto Piloto de Inovação Pedagógica na promoção do sucesso escolar de todosPublication . Gil, Rita Isabel Lourenço; Sanches, Isabel RodriguesEmergem atualmente nas escolas públicas projetos inovadores que procuram promover o sucesso dos alunos, valorizando os seus interesses, motivações e potencialidades. Estamos na presença de uma geração que além de já nascer a manusear as tecnologias, deseja ser construtora da sua aprendizagem. Acresce uma necessidade de alterar o paradigma de escola tradicional e potenciar novas metodologias em sala de aula que podem vir a revelar-se úteis na motivação dos alunos e na efetivação das aprendizagens e na mobilização de competências essenciais para as necessidades emergentes do século XXI. Este estudo de caso analisou a implementação do Projeto Piloto de Inovação Pedagógica (PPIP), proposto pela DGE, numa escola pública. Este projeto, além de ter privilegiado o trabalho de projeto e de ter proposto uma nova forma conceber o currículo, fez uso das tecnologias com o projeto “Edulabs”, implementado em Portugal em 2014, pelo Ministério da Educação. O Projeto Piloto de Inovação Pedagógica iniciou-se com 9 medidas de intervenção no ano 2016/17 e no ano 2017/18 foram acrescentadas novas medidas, que obrigaram à alteração de metodologias em sala de aula e à gestão flexível do currículo por projeto e em grupos heterogéneos. São objetivos deste estudo compreender como o PPIP, com recurso à metodologia de projeto e ao uso das tecnologias, pôde contribuir para um ensino inclusivo e diferenciado potenciando o sucesso de todos os alunos. Como estudo preliminar, analisámos o Projeto Edulabs (2016/2017), na turma do 5º D, com 20 alunos. Para a recolha de dados utilizámos, neste primeiro estudo, a observação naturalista, a entrevista semiestruturada e questionários. Pelos instrumentos de monitorização das aprendizagens, nomeadamente pelas observações diretas do trabalho projeto, verificou-se melhoria do desempenho escolar de cada aluno. Em complemento a este estudo preliminar, alargámos a investigação à implementação do PPIP, em 2017/2018, em que se verificou a junção de uma turma do 6º (a anterior 5º D) com uma turma de 7º ano de escolaridade, cada uma delas com vinte alunos, para compreender como os alunos utilizam os sistemas tecnológicos e as metodologias de ensino e de aprendizagem, postos à sua disposição, e quais os resultados que daí advêm. O Projeto Piloto de Inovação Pedagógica abrangeu nesse ano piloto, as turmas 1º ciclo, 1ºH/2ºH; 4ºA/4ºB; as turmas de 2º ciclo, 5ºE/6ºE e as turmas de 3º ciclo 6ºD/7ºE. Este estudo de caso recaiu na turma PPIP 6ºD/7ºE e apresentou-se como um desafio ao aluno na construção ativa na construção da sua aprendizagem com recurso a estratégias diversificadas. Esta abordagem combinou o uso de tecnologia e o trabalho por projetos como recursos disponíveis, para que os alunos, pudessem, ao seu ritmo, encontrar a melhor resposta para construir conhecimento e apropriar-se das ferramentas e competências necessárias para integrar a sociedade do século XXI.
- Osteogénese Imperfeita: o desafio de gerir e gerar facilitadores. Estudo de casoPublication . Gil, Rita Isabel Lourenço; Sanches, Isabel RodriguesA presente investigação teve como objeto de estudo a vivência de um indivíduo com Osteogénese Imperfeita (O.I.), doença crónica rara, caraterizada por fraturas frequentes dos ossos muitas vezes espontâneas, comprometendo a mobilidade e a autonomia do indivíduo. Definimos como objetivo geral: compreender como um indivíduo com Osteogénese Imperfeita consegue realizar o seu projeto de vida, em termos pessoais e profissionais, e como consegue gerar e gerir os facilitadores pessoais, sociais e familiares do seu quotidiano, em contextos diferentes, para atingir os seus objetivos. Tendo em conta que o nosso estudo necessita de ser adequado, fundamentado e refletido, optou-se pela metodologia de investigação qualitativa, numa abordagem de estudo de caso. Para a recolha e análise de dados seleccionámos as seguintes técnicas: pesquisa documental, entrevista semi diretiva, observação naturalista e análise de conteúdo. Através deste estudo foi possível identificar as estratégias e suportes que levaram o indivíduo em estudo, com 22 anos, a concluir o seu percurso escolar e fazer face à doença. Os suportes de ajuda permanentes por parte dos amigos e sobretudo da família, através de estratégias de coping e o recurso a ajuda de técnicos especializados geraram possibilidades que possibilitaram ao sujeito alcançar uma performance equilibrada e feliz. Através do cruzamento de dados recolhidos foi possível concluir que a vivência da O.I. afeta a autonomia deste sujeito, porém não o impede de se integrar, não só na comunidade onde reside, como na vida ativa. Assim, com a ajuda dos que lhe estão mais próximos e potenciando as suas áreas fortes, nomeadamente ao nível cognitivo, foi possível participar em algumas das atividades da comunidade onde reside. Pudemos apurar com este estudo as dificuldades sentidas nas acessibilidades no decorrer da sua vida escolar, social e familiar e graças às redes de suporte de que sempre beneficiou conseguiu superar o desafio de gerir e gerar facilitadores que o conduziram à pessoa que hoje é. Graças igualmente às tecnologias de apoio a que recorre diariamente, pode através de casa, realizar projetos na sua área profissional e gerir um negócio de turismo rural.