Estudos Americanos | American Studies
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Browsing Estudos Americanos | American Studies by Subject "American literature"
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- Itinerários na representação do corpo : um olhar sobre Sylvia Plath e Muriel RukeyserPublication . Almeida, Valentina Isabel Oliveira de; Avelar, MárioEste estudo procura descrever e analisar de que forma Muriel Rukeyser e Sylvia Plath utilizam a imagética corporal nos seus textos, testando paradigmas e os limites da representabilidade, numa sociedade predominantemente visual. Estas imagens são confrontadas com outras fontes contemporâneas (nomeadamente fotográficas ou pictóricas) e com representações anteriores do feminino ou de corpos marginais, com o objectivo de, por um lado, auxiliar a leitura crítica da obra e, por outro, aferir da sua presença e restruturação no texto enquanto consequência de factores sociais, políticos e culturais específicos. Ao estudar as representações do corpo, consideram-se os contributos teóricos de Michel Foucault e, nomeadamente, a sua noção de corpo dócil e a aplicação da figura do panóptico à sociedade moderna, mas também o conceito de um corpo vivido, postulado por Merleau-Ponty. O corpo social construído sob o predomínio de um olhar fixo (“gaze") é desconstruído pela possibilidade perceptiva do olhar passageiro ou do vislumbrar (“glance") e pela importância do toque. Na desconstrução das representações corporais de um Outro, onde o Feminino surge como figura de alteridade, pondera-se ainda as possibilidades de uma revisão e rescrita dos mitos tradicionais ou a criação de uma “biomitografia" própria.
- News that last : quatro momentos de jornalismo literário americano no século XXPublication . Trindade, Alice Maria Quelhas Lima Donat; Pires, Maria Laura Bettencourt; Avelar, MárioO objectivo da presente tese é, como o título refere, o estudo das ‘notícias que perduram’, veiculadas por artigos incluídos no designado jornalismo literário nos Estados Unidos da América ao longo do século XX. Assim, a tese compreenderá duas partes fundamentais: 1. A localização do ‘género’ jornalismo literário, face às duas formas de escrita que lhe dão origem: o jornalismo e a literatura; 2. A análise de quatro textos específicos com o objectivo de inquirir acerca dos processos narrativos diferenciados que exploram o tema da alteridade em quatro momentos do século XX americano. O jornalismo literário progrediu ao longo do século em estudo, partindo de uma tradição que remontava já à centúria anterior. A circunstância da sociedade americana ser muita diversa em termos humanos, sociais e mesmo geográficos, bem como algumas de índole económica e de mercado editorial, propiciam a existência deste tipo de escrita que interpreta, e não só reporta, sobre factos e indivíduos. A vastidão do acervo disponível exigiu critérios de selecção que permitissem uma linha em que fosse reduzido o número de variáveis para melhor ser apreciada a análise da alteridade. Assim, foram seleccionados textos publicados num espaço de cerca de cem anos (1898-1992), em Nova Iorque, sobre residentes nova-iorquinos que se destacavam dos seus concidadãos por características que os colocavam fora da norma da sua contemporaneidade. O foco principal do estudo incide sobre os critérios da selecção e combinação da informação dada e, em que medida tal reproduz o pensamento coevo sobre o fenómeno do ‘Outro’, sendo para o efeito seguida metodologia que avalia a interligação entre os elementos tidos em conta nesta análise; ambiente social, criador, receptor e objecto cultural. Conclui-se que este tipo de texto revela uma interacção criativa em constante evolução, demonstrada a cada momento de forma própria, com possibilidade de ser desenhado um traçado da evolução do conceito de “Outro" ao longo do século em apreço.
- The world is in my head : my body is in the world : a condição paratópica em Paul Auster : incidências e projecções do espaço na produção literária em prosaPublication . Marta, Maria Clara Magalhães; Reis, Maria FilipaEste trabalho analisa, de forma detalhada, as representações do espaço na produção literária, em prosa, de Paul Auster, publicada entre 1987 e 2004. Partimos do princípio de que cada obra austeriana analisada funciona como mapa de uma colocação individual e social, porque nela escritor e leitor encontram a possibilidade de aspirar a um entendimento do real. Neste pressuposto, que procuramos dilucidar ao longo da investigação – quer no plano da selecção do enquadramento teórico, quer na posterior envolvência dele com a análise do corpus – considerámos que, com subtilezas de intensidade, cada produção literária observada concretiza o nexo vida-livro, ao ponto de tornar lícita a declaração de que, em Auster, a vida se configura como epifenómeno da literatura. De acordo com esta premissa – que radicámos na condição paratópica inerente ao lugar problemático na estrutura espacial, social e identitária a que o escritor se encontra votado – a hipótese que procurámos verificar com o escrutínio do corpus é a de que cada obra, enquanto condição e produto da paratopia austeriana, se constitui localidade paradoxal e parasitária, consequente de uma carência de lugar de pertença na realidade. Neste contexto, o enquadramento teórico percorre obras que elegeram o espaço como principal objecto de estudo no âmbito da literatura mas a capacidade enunciativa e o poder evocativo da produção literária austeriana também impuseram a necessidade de procurar o contributo de autores que, não tomando como centro de reflexão a questão espacial à luz deste ramo do conhecimento, se debruçaram, num momento ou noutro, sobre problemáticas do espaço ou a ele atinentes. Com base nas propostas enunciadas, o intuito primeiro do estudo foi avaliar até que ponto cada produção literária consubstancia a oscilação de desenraizamentos, níveis entrecruzados de acções e reacções, ajustamentos instáveis e identidades negociadas entre o biografismo e a ficção de Paul Auster.