Mestrado em Cidadania Ambiental e Participação | Master's Degree in Environmental Citizenship and Participation - TMCAP
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- Caracterização de biótopos do intertidal rochoso e a sua aplicabilidade pedagógicaPublication . Tavares, Joana Pombo S.; Azeiteiro, Ulisses; Neto, Ana Isabel de Melo AzevedoA relação com o mar e com os ecossistemas marinhos é algo intrínseco a qualquer açoriano, e que advém desde cedo, pelo constante contacto com o oceano e a sua biodiversidade marinha, tornado assim as ilhas num laboratório vivo pronto a ser descoberto e estudado. Os estudos, porém recentes da zonação do intertidal, nomeadamente dos seus biótopos no arquipélago dos Açores, realçam a distância biológica destas ilhas e dos seus habitats em relação ao continente português. No entanto, esta especificidade biológica não é destacada no ensino básico, verificando-se assim a lacuna de associação do Currículo Regional do Ensino básico com os seus pilares – Açorianidade e Insularidade. A educação ambiental assume um papel principal na formação dos estudantes não só na conversação do ambiente, mas consciencializando-os para os impactes da ação antropogénica nos ecossistemas costeiros. Pela aplicabilidade do caderno de campo, desenvolvido tendo em conta os conteúdos pedagógicos do 8º ano do 3º ciclo do ensino básico e realidade da fauna /flora marinha e da riqueza geológica e paleontológica, verificou-se um aumento, em 95 %, na aquisição de conhecimentos por parte dos alunos que realizaram a saída de campo. Conclui-se assim que, recursos pedagógicos com especificidade local, associado a saída de campo da disciplina de Ciências Naturais são uma vantagem para o ensino e para o interesse dos alunos deste nível de escolaridade, no arquipélago dos Açores.
- FAZENDinho : um suplemento de açorianidade e sustentabilidade nas escolas do Ensino Básico da Região Autónoma dos AçoresPublication . Mendes, Rita Susana Diogo Rosa; Azeiteiro, Ulisses; Nicolau, Paula BacelarO “FAZENDinho – o Fazendo dos pequeninos”, publicado desde dezembro de 2014, é o suplemento para crianças da publicação mensal “Fazendo – o boletim do que por cá se faz”, que sai às ruas dos Açores desde 2008. Ambos são gratuitos, comunitários, não lucrativos e politicamente independentes. A missão do FAZENDinho é proporcionar momentos de diversão, sensibilização, cultura e aprendizagem lúdica e criativa, na exploração de temáticas, maioritariamente, relacionadas o património natural e cultural dos Açores, sob uma lente de Sustentabilidade. Em agosto de 2011, a Secretaria e a Direção Regional de Educação e Formação dos Açores publica o Referencial Curricular para a Educação Básica na Região Autónoma dos Açores, cujos temas transversais são o Desenvolvimento Sustentável e a Açorianidade, porque o conhecimento é fator indispensável à preservação do Património. Porém, se por um lado, no papel estão definidas intenções, por outro e muitas vezes, estas são atropeladas pela força da exigência dos conteúdos programáticos, que não deixa aos professores disponibilidade para preparar materiais não obrigatórios com conteúdos não avaliados. Com este estudo, pretendeu-‐se melhorar a produção do FAZENDinho e, ainda, perceber se fará sentido este material, de comunicação e educação não formal, ser adotado como ferramenta na educação formal e que resultados poderão ser esperados. Para esse efeito, foi aplicada uma metodologia mista quantitativa e qualitativa (questionários e entrevistas). Após a exploração orientada deste suplemento, na disciplina de Desenvolvimento Pessoal e Social em turmas do segundo ciclo, foram aplicados questionários aos alunos e entrevistas aos professores envolvidos. Com a análise dos resultados aspira-‐se a inovação em termos de conteúdos e respetivas formas de exploração do FAZENDinho, bem como a partilha de saberes e materiais entre a educação formal e não formal, com vista a um melhor desenvolvimento da Educação para o Desenvolvimento Sustentável dos jovens açorianos.
- Gestão interna de resíduos em zonas insulares : caso de estudo das empresas associadas da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta DelgadaPublication . Dutra, Bela Silveira; Martinho, Ana PaulaAs empresas estão mais envolvidas nas questões ambientais na tentativa de conquistar novos mercados. Existem dificuldades na gestão interna dos seus resíduos gerados, assumindo maior relevo quando se trata da gestão em zonas insulares. Este estudo pretende genericamente caraterizar, em matéria de comportamentos ambientais, algumas empresas açorianas, bem como identificar e avaliar o nível de conhecimento e registo sobre a gestão interna dos resíduos por parte das mesmas. Para atingir os objetivos utilizou-se uma metodologia mista, tendo sido na fase inicial realizadas três entrevistas exploratórias ao centro de atendimento do mapa integrado de registo de resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente. A análise das entrevistas permitiu elaborar um inquérito por questionário, aplicado posteriormente às empresas associadas da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, com abrangência nas de ilhas Santa Maria e São Miguel. Os resultados das entrevistas demostram que a realização das sessões pode ocorrer em parceira com organizações regionais e locais numa perspetiva de descentralização, difusão e proliferação da informação sobre resíduos. Por sua vez, os resultados dos questionários revelam que as empresas possuem práticas de gestão interna de resíduos e hábitos de pesquisa de informação. Não encontram-se diferenças significativas ao nível do registo de resíduos na separação de grupos com ou sem certificação ambiental e de atividades económicas (p>0,05). A aplicação de um inquérito de diagnóstico aos trabalhadores, criação de grupos de trabalho dentro da empresa e reorientação da política interna de resíduos são três recomendações para incentivar à prevenção de resíduos.
- A perceção dos stakeholders sobre o desenvolvimento turístico : o caso da Ilha de São MiguelPublication . Moniz, Fabiana Cordeiro; Simão, JoãoO turismo na Região Autónoma dos Açores (RAA) e em especial na Ilha de São Miguel tem sofrido, nos últimos anos, um aumento muito significativo do setor e com este, o surgimento, inevitável, de impactos a nível económico, sociocultural e ambiental. Neste contexto, este estudo tem como principal objetivo avaliar e conhecer as perceções dos diferentes stakeholders, sobre o desenvolvimento turístico da região, verificando que impactos (positivos e negativos) são identificados para Ilha de São Miguel. Para além da identificação dos impactos percecionados, pretende-se a identificação, segundo o Modelo de Competitividade dos Destinos Turísticos desenvolvido por Ritchie e Crouch, dos principais motores impulsionadores/inibidores da competitividade do destino turístico de São Miguel. E por último, a caracterização do nível de envolvimento e de participação dos stakeholders locais, no processo de planeamento turístico da ilha de São Miguel. No enquadramento teórico são abordadas temáticas e subtemáticas relacionadas com o conceito de Turismo, com os Desafios ao Desenvolvimento Turístico em Espaços Insulares, Impactos Sociais, Económicos e Ambientais, Competitividade de destino turístico e Participação Pública de Stakeholders. Como metodologia, para alcance destes objetivos, optou-se por entrevista semidiretiva e análise de conteúdo (anexo II), a uma amostra de Stakeholders da ilha de São Miguel, Açores.
- Propostas de gestão participativa para o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e biodiversidade de Santa MariaPublication . Figueiredo, Maria do Rosário Bairos; Caeiro, Sandra; Azeiteiro, UlissesOs Açores reúnem nove ilhas com singularidades peculiares em termos paisagísticos, arquitetónicos e riqueza dos seus recursos naturais. Este panorama levanta contudo grandes desafios de sustentabilidade, de entre eles a reorientação de estratégias, atendendo à especificidade da região (segundo os objetivos à escala nacional em sede da Estratégia Nacional Desenvolvimento Sustentável (ENDS)). No caso da Ilha de Santa Maria (SMA), pequena ilha em que as estratégias tendem a ser ignoradas, a participação da população e dos dirigentes locais é minorada por interesses económicos desvinculados do desenvolvimento sustentável (DS). Para inverter esta situação é necessário conhecer para preservar, proteger para conservar, planificar e orientar os comportamentos e atitudes visando a sustentabilidade dos recursos naturais (RN) da ilha. Aplicando uma metodologia que conjugou os métodos quantitativos e qualitativos, com uma componente prática, utilizando um método de amostragem não casual dirigida, não probabilística com um método de amostragem por clusters, agrupado em grupos (workshop, séniores e jovens), pretendeu-se descrever os conhecimentos, as práticas e as perceções sobre a gestão dos RN’s, DS e instrumentos de gestão territorial (IGT’s). Os resultados mostram que os conhecimentos, práticas e perceções dos diferentes grupos são insuficientes no que respeita ao conhecimento dos conceitos e dimensões do DS (independentemente das idades ou habilitações literárias), verificando-se contudo melhorias, por vezes significativas, após as ações de sensibilização e educação. É imperativo continuar o esforço de valorização dos RN’s, envolvendo a população nas estratégias de conservação, objetivando uma proposta orientadora e participada numa visão para sustentabilidade da Ilha (SMA). Recomenda-se uma proposta de modelo de Estratégia DS dos recursos naturais e biodiversidade para SMA e diversas propostas de ações para colocar em prática essa estratégia como desenvolvimentos futuros.
- Queijo da Ilha do Pico de denominação de origem protegida : impactes no ambiente a nível das explorações agro-pecuáriasPublication . Simas, Jeni Carla Valim; Moura, Ana Pinto de; Azeiteiro, UlissesO Queijo do Pico (DOP) é um dos seis produtos açorianos com nomes protegidos, não existindo dados oficiais relativos à sua produção efectiva e comercialização, uma vez que ainda existe um mercado muito limitado e estruturas de produção muito incipientes. De forma análoga aos restantes produtos tradicionais sob protecção jurídica, estes são produtos aos quais está intrinsecamente associada uma marca de qualidade, de genuidade, autenticidade, bem como uma perspectiva de ecossustentatibilidade, de acordo com as novas orientações da PAC em que, para além da segurança alimentar e padrões elevados de protecção da saúde e bem-estar animal, têm também como objectivo preservar os espaços naturais onde são produzidos, promovendo orientações estratégicas que assegurem a viabilidade económica, bem como a gestão dos recursos naturais, representando um papel essencial no equilíbrio sócio-económico e natural destas comunidades. Apesar de existirem compromissos agro-ambientais através de incentivos comunitários, consolidados por normas jurídicas, com o objectivo de assegurarem boas práticas agrícolas numa perspectiva ambiental, através da análise das explorações agro-pecuárias que são o suporte da produção da matéria-prima utilizada no fabrico de queijo do Pico (DOP), o leite, e que são o objecto de estudo no presente trabalho, pode constatar-se que existem impactes no ambiente decorrentes das práticas de produção que utilizam. Embora o trabalho não abarque uma avaliação propriamente dita, uma vez que tal âmbito deveria ser levado a cabo por uma equipa científica pluridisciplinar e num período de tempo mais dilatado, é abordado o método de avaliação fundamentado em indicadores agro-ecológicos e estabelecidos com base nas práticas de produção que são levadas a cabo nas explorações em apreço. É de salientar que os mesmos foram definidos tendo por base toda a conjuntura associada ao sector agro-pecuário no contexto geográfico do qual faz parte integrante. Através da abordagem exploratória efectuada a cada um dos indicadores agro-ecológicos estabelecidos e efeitos provenientes dos mesmos a nível do sistema de exploração e repercussões no produto final (queijo), mas essencialmente a nível do meio ambiente, que é o campo de acção no presente trabalho, são evidentes perturbações no meio, nomeadamente a nível das componentes ambientais naturais, tais como o solo, a água e o ar, bem como a nível da biodiversidade faunística e florística. Desta forma, torna-se manifesta a necessidade de se realizar estudos mais aprofundados sobre as temáticas em causa, com dados qualitativos e/ou quantitativos que permitam obter resultados concretos e objectivos que sejam os “alicerces” à definição de políticas de intervenção no sentido de colmatar estes efeitos prejudiciais que alguns dos indicadores base definidos possuem sob o ambiente, de modo a que este produto tradicional possua valor acrescentado em todas as vertentes a ele associadas, não descurando a integridade e pureza do mundo rural do qual faz parte integrante.