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- Influência do processo de aculturação no bem-estar psicológico e na saúde mental de imigrantes portugueses que vivem no MéxicoPublication . Rodrigues, Charles; Ramos, NatáliaA aculturação refere-se ao processo de adaptação que os indivíduos experimentam ao se integrar em uma nova cultura, e a relação deste com a saúde mental, sendo um tema de interesse crescente, especificamente para as comunidades imigrantes. Assim, esta investigação teve como objetivo analisar a influência do processo de aculturação no bem-estar psicológico e na saúde mental de imigrantes portugueses que vivem no México. O método utilizado foi de enfoque descritivo e transversal, com um desenho misto. Participaram 79 indivíduos, 56 homens e 23 mulheres, com uma média de idade de 44.53; selecionados por conveniência. Os instrumentos utilizados tiveram por base as escalas do MIRIPS Questionnaire, a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS) e a Escala Positive and Negative Affet Schedule (PANAS), além do questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada. Os resultados revelam uma comunidade heterogénea cuja satisfação com a vida está relacionada com o uso de estratégias de aculturação de integração e assimilação, para os que são mão de obra qualificada e têm boa proficiência do português. No entanto, as variáveis: trabalho não qualificado, menor proficiência do espanhol, relação afetiva, discriminação percebida, comunicação interpessoal, envolvimento com a comunidade e o afeto positivo são preditores do uso de estratégias de separação; enquanto, ser maior de 60 anos conduz à utilização da estratégia de marginalização. De facto, toda as dimensões de adaptação sociocultural avaliadas influenciam a regulação emocional, porém, o que mais se evidencia é a ansiedade, cujas principais causas são a discriminação percebida e a insegurança.
- Roteiro de sustentabilidade para o ordenamento do território periurbano a norte de Maputo, MoçambiquePublication . Carrilho, João; Trindade, Jorge; Dgedge, Gustavo SobrinhoA proporção da população urbana mundial aproxima-se dos 60%. A urbanização tem impacto desproporcional nas alterações globais. A periurbanização informal acompanha inevitavelmente a urbanização. Nas regiões de urbanização tardia de África e Ásia, o principal motor é o êxodo rural, predominando assentamentos onde ocorrem práticas locais de ordenamento não oficial. Não se esperam mudanças radicais nessa dinâmica. A pesquisa visou desenvolver um roteiro de sustentabilidade para ordenamento territorial em assentamentos periurbanos informais remotos de tipo difuso. Um estudo de caso multi-métodos focou em assentamentos a Norte de Maputo, suportado por revisão de literatura, entrevistas a peritos, estudo de práticas rurais afins, discussões em grupos focais com um total de n=40 participantes com equilíbrio de género e questionário de satisfação a residentes. Desenvolveu-se interativamente um quadro conceitual baseado num conjunto pequeno de variáveis associadas à coesão territorial e social. A pesquisa indicou que as práticas locais mantêm a coesão social, mas não tratam de questões elementares típicas de zonas urbanas como mobilidade, saneamento e promoção da densificação. Obteve-se uma avaliação genérica da sustentabilidade e identificaram-se intervenções prioritárias. Ao nível local, priorizou-se o reforço da capacidade de colaboração entre instituições e, ao nível regional, a interconexão com centros urbanos e rurais. Os resultados confirmam teorias existentes. O quadro conceptual é orientado a estudos de caso apresentando, assim, a limitação de não generalização. A ferramenta flexível de baixo custo torna promissora a réplica e os assentamentos informais geralmente subalternizados pelo viés urbano ganham mais oportunidade de participar na governação da sustentabilidade da (peri)urbanização.