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- A arquitetura da memória em Teixeira de PascoaesPublication . Marcante, Isabel Maria Pessanha; Vila Maior, DionísioA obra em prosa e em verso de Teixeira de Pascoaes (1877-1952) apresenta fortes marcas autobiográficas que nos reportam sempre à sua infância. Esta espécie de retorno mental à infância expressa-se fortemente nas suas duas obras memorialísticas Livro de Memórias (1928), escrita durante a sua mocidade, e também na sua obra memorialística da idade madura, Uma Fábula: o advogado e o poeta (1952). Neste seu percurso pela memória e sujeito às correntes das lembranças e ondas da memória, Teixeira de Pascoaes irá servir-se de evocações (e invocações), sendo acompanhado, neste processo, pelas suas figuras da memória, pela paisagem do Marão e pelos espaços da memória que irão fazê-lo regressar, sempre e sempre, ao seu período áureo e mítico – o período da infância. A edificação do edifício memorialístico pascoaesiano envolve uma interação entre o presente e o passado e é feita através da inscrição do autor-poeta na paisagem, nos espaços e nas figuras da memória, ultrapassando e diluindo Pascoaes, deste modo, o tempo e o espaço, e assumindo isto a forma de um eterno retorno.
- Antero de Quental lido por Eduardo Lourenço : a problematização do ser português e a “preocupação por Portugal"Publication . Paixão, Mário Tiago de Sá Matos; Piedade, Ana NascimentoEm apenas 49 anos de vida e 30 de carreira literária, Antero de Quental deixou uma marca de enorme relevo em Portugal. O seu pensamento, concretizado na sua obra literária e expresso em ações verdadeiramente políticas, no sentido amplo do termo, fazem do autor um dos mais relevantes das Letras portuguesas. Não é por acaso que Eduardo Lourenço, provavelmente o mais importante pensador português contemporâneo, devotou tanto da sua obra à reflexão sobre o ideário anteriano, à leitura do autor com o qual o seu pensamento tantas vezes convergiu. Este trabalho tratará de dar conta da leitura de Antero de Quental conforme realizada por Eduardo Lourenço, procurando colocar em evidência a problematização do ser português e a “preocupação por Portugal”, zona de convergência entre estes dois nomes incontornáveis da cultura portuguesa.