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- Biodiversidade em ambiente urbano, espaços verdes urbanos e sustentabilidade: caso de estudo da cidade de Maputo em MoçambiquePublication . Miguel, Cornélio Coelho; Nicolau, Paula BacelarO Município de Maputo, localizado no sul de Moçambique, tem uma superfície de cerca de 347 km2, uma população estimada em 1.127.565 habitantes, e está em desenvolvimento com a implantação de infra-estruturas urbanas constituídas por serviços básicos indispensáveis. O desenvolvimento urbano diminui as áreas de ocorrência da biodiversidade e espaços verdes, elementos fundamentais para a manutenção da qualidade de vida dos cidadãos através dos serviços de ecossistemas. A presente pesquisa foi realizada com o objectivo de compreender como é que o Município e Munícipes da Cidade de Maputo valorizam a biodiversidade e os espaços verdes para garantir a sua sustentabilidade e benefício para as gerações actuais e vindouras. Os dados foram recolhidos por amostragem não probabilística, isto é, por conveniência e bola de neve, com aplicação de inquéritos por entrevista a 132 pessoas, das quais 38 mulheres, entre conservacionistas, agricultores, militares, religiosos e cidadãos comuns. Foi também feita pesquisa bibliográfica e observação de campo. Com os dados recolhidos seguiu-se a análise de conteúdo e sistematização em tabelas (Excel) sendo produzidos os respectivos gráficos. Os resultados da pesquisa revelaram que a composição actual da biodiversidade nos espaços verdes é constituída por plantas autóctones e exóticas. Dos entrevistados, 87% não tem conhecimento sobre as plantas existentes e os critérios usados para manter e conservar os espaços verdes e a biodiversidade. Quanto às estratégias para conservar e manter os espaços verdes e biodiversidade urbana, 57% dos entrevistados não tem conhecimento, embora 43% tenham reconhecido iniciativas individuais, colectivas e institucionais. Os entrevistados mostraram ter conhecimento dos valores da biodiversidade / serviços de ecossistema de regulação, estético, cultural e educacional, aprovisionamento e de suporte, com percentagens que variaram de 60 a 92%. à Das causas percecionadas a conservação da biodiversidade, destacaram-se, a falta de conhecimento (38%), o crescimento da população humana (37%), poluição e saneamento do meio deficiente (30%), governação, políticas e recursos humanos (26%). Relativamente as propostas para melhorar a conservação e manutenção dos espaços verdes e biodiversidade, os inquiridos sugeriram a elaboração de uma estratégia de comunicação e sensibilização (69%), o restauro da vegetação autóctone (59%), e a melhoria da governância e das políticas ambientais (40%).
- Do sensível nasce a obra do humano: um estudo sobre resistência e superação das epistemologias hegemónicas para outros significados plurais na formação humanaPublication . Lourenço, Sónia Filipa da Silva Santos; Tavares, Manuel; Joaquim, TeresaNo cenário do mundo atual, temos vindo a assistir a crescentes tensões locais, nacionais e globais que acentuam a degradação das relações humanas, fragilizam as democracias e expõem o olhar dual e maniqueísta com que temos sido conduzidos na delineação de estratégias políticas e sociais, que reforçaram/reforçam lógicas de hierarquização e subordinação. Este estudo pretende contribuir com uma proposta decolonial para a formação do ser humano, enfatiza a urgência de um projeto de interculturalidade crítica que reúna novas formas de solidariedade, que aluda ao descentramento do pensar e sentir para aspirar a uma educação de liberdade e esperança. A análise revê fundamentos ontológicos e epistemológicos que justificam a escolha de uma abordagem hermenêutica, conduzida à luz de um referencial decolonial no encontro com a dimensão da arte através da música e a relação desta com o indivíduo que resulte na projeção de uma constelação decolonial, a configuração de muitos centros de ação, em interdependência e equidade, que trará um novo significado ao que se entende essencial no processo de aprendizagem do ser humano. Acreditamos que este novo significado possa revelar-se por meio da linguagem do sensível, via da desconstrução de um pensamento construído pelos filtros da razão fria e hegemónica, no acesso a um conhecimento-outro. A arte, como experiência privilegiada da esfera do sensível, indica-nos que contém em si o potencial de liberdade, da exploração do individual profundo que se integrará e manifestará no coletivo vibrante, contribuindo, assim, para o desafio de uma possível conversão dos atuais paradigmas ontológicos e epistemológicos.