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- Governança global humanitária e linchamentos de gênero no Estado Brasileiro: contextos e análises necessárias a partir das necropolíticas contemporâneasPublication . Jesus, Thiago Allisson; Martinez Quinteiro, Maria EstherGovernança global humanitária e linchamentos de gênero no Estado Brasileiro. Para essa investigação, que segue sendo implementada e é fomentada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), elegeu-se o problema central: Em que consistem, como se relacionam e repercutem as diversas tensões, racionalidades e dispositivos de controle e dominação de corpos femininos nos casos de linchamentos de gênero ocorridos no Brasil pós-2016? A pesquisa faz abordagem predominantemente qualitativa, possui natureza exploratória e fará uso da triangulação de métodos, combinando procedimentos que permitam a compreensão da realidade, com prevalência do método crítico-dialético, rompendo com estruturas postas e observando as tensões nas diversas relações sociais permeadas por contradições que demarcam o fenômeno dos linchamentos de mulheres, com as suas circunstâncias veladas e reveladas na ótica da desigualdade de gênero. Portanto, o estudo dos linchamentos que vitimizam mulheres afigura-se como um contributo à literatura especializada para a compreensão do sacrifício de grupos vulneráveis, inovando a partir da escolha do critério para análise determinante, a saber a desigualdade de gênero, e expressão de processos históricos de dominação e de busca pela afirmação de direitos de mulheres.
- Educação, memórias e cultura digital: reflexões para hoje e os próximos futurosPublication . Kenski, Vani M.A complexidade e amplitude apresentadas pelo trinômio – educação, memórias e cultura digital – extrapolam os limites desta breve reflexão. A urgência de tratar do tema, no entanto, me encaminha para primeiras aproximações para melhor compreensão dessas relações na contemporaneidade e nos próximos futuros. O tema, ou melhor ainda, esses temas, unidos ou separados são relevantes. Eles me provocam e me fascinam de formas distintas há algum tempo. Diremos, décadas. Desde o início dos anos 90 do século passado tenho pesquisado e produzido publicações sobre as transformações ocasionadas pelas mídias nas relações entre memórias e educação. A memória individual é parte essencial do processo de educação que permeia todos os momentos de nossas vidas. Define nossos conhecimentos, lembranças, hábitos, paixões, valores e movimentos pessoais. Nossas escolhas em cada época são sempre mediadas pelas memórias que temos do que já vivemos, aprendemos e valorizamos, ou não. Escolas são instituições de memórias culturais, definidoras das nossas formações. Elas se pautam pelos valores, construções e práticas históricas e sociais características de cada época. Assim, o privilégio de acompanhar o progressivo e ágil processo desencadeado pela incorporação massiva dos meios digitais em nossas vidas e na sociedade, nos leva a considerar a urgente necessidade de compreender essa nova realidade em que a memória se articula com a cultura digital e a educação na atualidade e nos próximos futuros.
- De Baptista a Baxixa: percurso dos músicos Francisco Xavier e Joaquim Félix XavierPublication . Nejmeddine, MafaldaFrancisco Xavier Baptista é um dos compositores mais marcantes do repertório português para tecla da segunda metade do século XVIII. A sua coleção de doze sonatas figura entre as raras obras para instrumentos de tecla publicadas em Portugal nessa época. Além destas, existem duas sonatas manuscritas da sua autoria e outras duas indicando a autoria de Francisco Xavier Bachixa, num manuscrito preservado na Bibliothèque nationale de France. A partir de pesquisas biográficas e do estudo de documentação da época, este vídeo-artigo esclarece acerca do sobrenome Baxixa (ou Bachixa) e da identidade deste músico e compositor português, bem como do seu filho, Joaquim Félix Xavier.
- Gamification elements and engagement: exploring students’ perception in an English reading coursePublication . Ramos, Samantha; Ferreira, Rafael AlvesGamification has been widely employed as a pedagogical tool for fostering interaction and learning in class, including in foreign language teaching contexts. The gamification process may modify the structure or the content of a course with the use of specific strategies, such as the attribution of points and acknowledgements, ranking systems, storytelling, and others. Still, there is a lack of formal methodological procedures on how to design such strategies, as well as how they affect the engagement of students. As an attempt to expand the studies on the use of gamification as a pedagogical tool, this research aims at identifying which elements are likely to promote or limit engagement opportunities in class according to the student’s perception. Data was generated through a questionnaire, which was applied on a remote instrumental reading course, and components of quantitative and qualitative research were used to analyze responses to open-ended and Likert-scale questions. The results indicate positive and challenging aspects of certain gamification elements. High importance was attributed to elements that provided task guidance and content feedback, fostered decision-making opportunities towards content, and created moments for interaction with the environment and peers. Elements that appeared to limit engagement were related to individual collaboration in group work, content complexity regarding the target language, introduction of new digital tools and systems, and personal topics of interest; accordingly, these items require careful implementation.
- Porque eles (elas) não abriram as câmeras?: reflexões sobre as aulas síncronas no Ensino Remoto EmergencialPublication . Nascimento, Rute Elen do; Mello, Diene Eire de; Ferreira, Camila Fernandes de Lima; Barros, Daniela Melaré VieiraA pandemia chegou ao Brasil no início do ano de 2020, exigindo assim, que as aulas fossem ministradas em diversos formatos, entre eles, o uso de plataformas para acompanhamento e aulas por meio de videoconferência. As aulas passaram de presenciais em salas físicas para salas on-line. Entretanto, dentre as diversas dificuldades encontradas, uma causou grandes críticas dos professores, a “não abertura de câmeras” pelos estudantes. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo compreender a visão dos estudantes no que se refere a abertura de câmeras no decorrer do ERE (Ensino Remoto Emergencial) e identificar quais as principais causas não desveladas para a grande quantidade de estudantes não abrirem as câmeras no decorrer das aulas. O estudo em questão, de abordagem qualitativa, teve como fonte de dados um questionário on-line enviado de forma conveniente a estudantes do Ensino Superior de várias instituições brasileiras (públicas e privadas) por meio da plataforma Google Formulários. Ao todo, responderam o instrumento 269 estudantes. Os resultados apontam diversas justificativas para a não abertura das câmeras como: falta de privacidade, ambiente inadequado, falta de obrigatoriedade e equipamentos e rede inadequados para o ERE. Os dados revelam que os estudantes tiveram muitas dificuldades nesse formato de estudo, e muitas delas não se referem exatamente às especificidades das aulas remotas síncronas mediadas pelas tecnologias, mas pelas próprias condições de vida dos estudantes. Assim, a análise aponta que as mudanças da sala de aula presencial para a sala virtual implicaram não só em mudanças pedagógicas ou estratégicas didáticas, mas em alterações profundas no modo de ser e estar em uma sala on-line.
- Origens e futuro do constitucionalismo moderno: diálogo com Paulo Ferreira da CunhaPublication . Caetano, João RelvãoEste trabalho resulta de um diálogo com Paulo Ferreira da Cunha, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e Professor Catedrático da Faculdade de Direito do Porto, sobre o seu livro O constitucionalismo moderno, Origens e futuro (1820-2023), publicado em 2023. Procura-se perceber o pensamento do autor sobre o papel do Direito e dos juristas na construção da democracia, perante inúmeras ameaças que levam a descrer na sobrevivência do Estado de direito. O constitucionalismo português é uma experiência bem-sucedida, mas que deve ser aprofundada e cuidada. Do diálogo resultam várias pistas de leitura da realidade e de como agir perante as ameaças existentes. A extraordinária capacidade de comunicação ao autor é expressão de um tempo novo que dá mais responsabilidades aos juristas na defesa do Estado de direito e dos direitos individuais. O trabalho de Paulo Ferreira da Cunha como magistrado é exemplo e possibilidade de colocar em prática os princípios democráticos em que acredita e que durante tantos anos ensinou.