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- Os smartphones e a educação musical no 5.º ano de escolaridadePublication . Gonçalves, Jorge Manuel Parra; Cardoso, Teresa Margarida LoureiroComo utilizar o smartphone como instrumento pedagógico no 5.º ano de escolaridade, em Educação Musical, nos três domínios comuns à Educação Artística? Esta questão, à qual se pretendeu dar resposta, motivou o presente estudo, que decorreu no ano letivo de 2018-2019. Metodologicamente optámos por um estudo de caso – uma turma do 5.º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade. A recolha de dados foi efetuada durante as atividades letivas através de observação e inquéritos. Para a análise dos dados recorreu-se à estatística descritiva e à análise de conteúdo. Os resultados obtidos relevam que os alunos percecionam o smartphone como um instrumento de entretenimento, o que, contudo, não inviabilizou o seu uso, dialógico e colaborativo, e consequente construção das aprendizagens essenciais, nomeadamente através das aplicações Doodle Bach, Padlet e Kahoot. Conclui-se, que tal é possível desde que as atividades letivas desenvolvidas no âmbito da aprendizagem ativa sejam enquadradas por um código de conduta.
- Beja setecentista: o senado camarário, poderes e representaçõesPublication . Mósca, Joaquim Filipe; Avelar, Ana PaulaA tese de doutoramento que ora se apresenta, à qual subjaz a renovação teórico- -historiográfica que suportou a ruptura com a doutrinação e o paradigma estadualista herdados de Herculano e da historiografia novecentista, versa sobre o senado camarário bejense, o seu papel no exercício do poder local e as representações que esse mesmo poder assumia no universo setecentista. Porque o poder não se exerce no vazio tomou-se, como ponto de partida, a análise do espaço natural e social onde os agentes do poder camarário viviam e exercitavam as suas funções, no pressuposto de que essas condicionantes, para além da mundividência e do ordenamento jurídico e político coetâneos, se constituíam como os elementos estruturantes que moldavam e orientavam os comportamentos. Caracterizava-se essa mundividência, fundamentalmente, de um ponto de vista social, pela ética e estética barrocas e pela assunção da desigualdade e da excepção, plasmadas no corpus jurídico coevo; de um ponto de vista político, pelo absolutismo e, já na segunda metade do século, pela emergência do despotismo esclarecido; e, de um ponto de vista económico, pela autarcia insolidária e pela regulamentação camarária da economia local. Abrange este estudo, em termos espaciais, a cidade de Beja e o seu termo concelhio durante o período setecentista, até aos finais do reinado josefino. Particular atenção mereceram os processos eleitorais, não somente da oligarquia como dos agentes menores do poder camarário, que esta elegia numa lógica a que não eram estranhos propósitos de criação de redes clientelares baseadas em critérios de amizade, parentesco, fidelidade, honra e serviço instituidores de deveres recíprocos. Tomando como institutos fulcrais do exercício desse poder a Câmara Municipal, a Misericórdia e as ordenanças, adoptou-se uma estratégia de identificação e delimitação dos intervenientes no seu exercício, numa prática de investigação de carácter prosopográfico. Para tal, recorreu-se a um conjunto de fontes que possibilitaram, através do seu cruzamento, delinear uma lógica de compreensão desses protagonistas, em moldes de preeminência política e social e sua consequente estratificação no exercício desse poder. Nesta conformidade, pretendeu-se captar as diferentes estratégias de conquista e manutenção do poder, formas de exercício desse mesmo poder e situações de conflitualidade resultantes desse exercício, não apenas entre os institutos e protagonistas locais, mas entre estes e o poder central.