Gestão | Management
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Gestão | Management by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 34
Results Per Page
Sort Options
- Contributo para a concepção de um modelo de classificação racional das operações empresariais e seu tratamento contabilístico (POC)Publication . Caiado, António Campos Pires; Ferreira, Rogério Fernandes; Gonçalves, AmílcarA Contabilidade, ao longo dos séculos, tem procurado dar resposta às crescentes solicitações de informações de cariz contabilístico suscitadas pelos seus diversos destinatários. A divulgação nos finais do século XV, do conhecimento contabilístico decorrente da adopção do método das partidas dobradas, inserto num tratado de matemática, representou um marco decisivo na evolução da Contabilidade. Em consequência do significativo aumento dos fenómenos empresariais decorrentes da Revolução Industrial, a Contabilidade teve avanços importantes durante o século XIX, época em que surgiram diversas correntes doutrinárias – as denominadas escolas contabilísticas. O aparecimento do computador, em meados do século XX, não proporcionou alterações imediatas no processamento de dados contabilísticos. Tal só veio a ocorrer nas últimas duas décadas, com a introdução generalizada do computador junto das empresas, designadamente as de menor dimensão. Entretanto, um outro movimento veio dar impulsos decisivos à Contabilidade – a harmonização ou normalização contabilística –. Após a coexistência de vários modelos estamos a assistir a um movimento de normalização contabilística à escala internacional. O tradicional dualismo, inerente ao método das partidas dobradas, pode ser alargado a outras perspectivas contabilísticas. Para além da determinação de posição financeira e do apuramento dos resultados na óptica do acréscimo, importa ainda calcular e repartir os custos na óptica interna da gestão e elaborar a demonstração dos fluxos de caixa. Tendo em vista a obtenção simultânea das informações, em consequência das mencionadas perspectivas contabilísticas, apresentamos um contributo para a definição de um modelo de classificação racional das operações empresariais e do seu tratamento contabilístico na óptica do Plano Oficial de Contabilidade (POC). O modelo prevê a identificação, codificação e apresentação das operações empresariais subjacentes às contas do POC e dos correspondentes lançamentos contabilísticos simples ou de primeira fórmula e a sua relação com os lançamentos a débito e a crédito das contas das classes da Contabilidade Geral ou Externa, Interna e de Fluxos de Caixa. Tratando-se de um modelo descritivo e de natureza teórica e considerando as diversas linguagens informáticas possíveis para o tratamento automático do modelo, não se apresenta qualquer caso concreto de aplicação da metodologia. No entanto, é possível antever que a informatização e tratamento das operações empresariais, segundo as ópticas referidas, irá facilitar as tarefas adstritas aos profissionais da Contabilidade, designadamente nos procedimentos de entrada, de processamento, de produção e de análise dos dados e dos relatórios. Por último, importa assinalar que é relativamente fácil adaptar o presente modelo a qualquer outro plano de contas, o que pode trazer benefícios significativos à estruturação da Contabilidade.
- Portugal e os novos desafios do processo de integração europeia : estratégias e perspectivas de evoluçãoPublication . Pinto, Nuno Gama de Oliveira; Gonçalves, AmílcarOs efeitos do alargamento da União Europeia sobre as necessidades no domínio da coesão económica e social são hoje inquestionáveis, embora difíceis de quantificar. Prevê-se que os candidatos à adesão e os novos Estados membros irão absorver cerca de 30% dos recursos financeiros dos fundos estruturais no período compreendido entre 2000 e 2006. De facto, não só a diferença de desenvolvimento entre os Países da Europa Central e Oriental e a União Europeia é mais acentuada do que aquela que, na década de 80, separava a, então, Comunidade Económica Europeia da Grécia, Portugal e Espanha, como, também, o próprio acervo comunitário é hoje consideravelmente mais vasto do que naquela altura. Adquire, assim, maior expressão a necessidade de compatibilizar a construção monetária europeia, o alargamento da União Europeia e a coesão económica e social. Ao manterem-se, no essencial, os parâmetros-base condicionadores das Perspectivas Financeiras actuais (1994-1999) para o período 2000-2006 não se toma na devida conta o considerável aumento das necessidades financeiras associadas à política de coesão económica e social que resultará do alargamento da União Europeia. Essa posição corresponde, aliás, à dos países com maior peso nas decisões comunitárias e acaba por explicar porque razão na preparação da União Económica e Monetária se insistiu tanto no cumprimento dos critérios de convergência nominal, sem que, no entanto, se tenha dado a mesma atenção à convergência real. No entanto, as análises da teoria económica sobre as uniões monetárias (englobadas na teoria das zonas monetárias óptimas) fariam esperar exactamente o contrário. De acordo com essas análises, a convergência nominal imposta pelos critérios de Maastricht e pelo Pacto de Estabilidade não é um pré-requisito indispensável, sob o ponto de vista económico, ao bom funcionamento de uma União Monetária. Em contrapartida, a teoria das áreas económicas óptimas assinala que existem sérios riscos de uma União Monetária não funcionar bem quando se verifica uma grande heterogeneidade entre as estruturas económicas das regiões que a compõem. É, pois, por isso que se tem sustentado que a União Económica e Monetária fará aumentar a necessidade de reforço das políticas de coesão económica e social e, em particular, tornará necessário que se aumente substancialmente o montante dos recursos do orçamento comunitário a aplicar em tais políticas. Contudo, é hoje evidente que a Europa já não avança a um só ritmo e que a diferenciação foi, de facto, aceite como princípio essencial no processo de construção da União Europeia do futuro. A Europa dos anos 80 e do início dos anos 90, a Europa que concluiu o Mercado Único aprofundando a coesão, corre sérios riscos de enfraquecer enquanto processo integrador e aglutinador. A Europa vive um fenómeno inédito que se traduz na criação de um espaço de integração, baseado na cooperação qualificada e na partilha de soberanias, dotado de instituições para a defesa de interesse comuns, que após a criação de um mercado único, baseado nas liberdades de circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais, avança agora para a introdução de uma moeda única. A integração deixou, pois, de ser um fenómeno puramente económico, provocado pela globalização das relações comerciais, para se afirmar como um processo com inevitáveis e profundas repercussões políticas. Não existe um «modelo» de integração regional, havendo sim diferentes propostas para diferentes situações. Numa tipologia que vai da zona de comércio livre, que deixa sem alteração as pautas aduaneiras de cada país, a uma integração mais profunda, com políticas comuns em mercado único, passando pela união aduaneira, com pauta aduaneira exterior comum, pelo mercado comum, com liberalização da circulação de factores de produção e um mínimo de coordenação de políticas, e pela união económica, com harmonização das políticas financeiras e monetárias. A lógica de «desenvolvimento partilhado» obriga, porém, a pôr em prática um conceito de integração que salvaguarde uma composição equilibrada dos interesses comuns em presença; respeite as regras de concorrência comummente aceites, designadamente no âmbito da Organização Mundial do Comércio; favoreça os factores de integração e a coesão económica e social; considere a competitividade, a empregabilidade, as exigências de educação e formação e o combate à exclusão social. Não se trata, pois, de alargar os espaços de proteccionismo, mas de criar realidades abertas, nas quais a subsidariedade ganhe sentido e força, para a defesa dos interesses e valores comuns.
- Modelo funcional de gestão da manutenção baseado na fiabilidadePublication . Sena, Francisco Manuel Vicente; Pereira, Filipe José Didelet; Gonçalves, AmílcarA manutenção e a sua gestão assumem uma importância primordial no contexto produtivo devido, fundamentalmente, ao aumento da complexidade dos sistemas técnicos e à rede relacional estabelecida por estes com outros sistemas existentes na sua envolvente. O relacionamento com os sistemas na envolvente poderá fazer-se num ou em ambos os sentidos. Torna-se fundamental, para uma gestão completa dos sistemas tecnológicos complexos, que haja da parte dos operadores o conhecimento claro e conciso das potenciais condições e consequências de exploração normal e em falha. Para o desenvolvimento de uma estratégia de manutenção baseada na fiabilidade, será o ponto essencial de partida. É fundamental o conhecimento do sistema e da sua relação com os componentes físicos. Assim, para que a estrutura funcional possa manter a sua capacidade normal é necessário identificar e caracterizar tarefas de manutenção preventiva dirigidas aos componentes. As falhas funcionais nos sistemas complexos poderão ocasionar consequências em termos de segurança, de ambiente e de custos de perda de operacionalidade e de qualidade. O aprofundamento da modelação funcional de sistemas complexos permite a construção de modelos hierárquicos funcionais formais, possibilitando, na sua sequência, a criação de modelos do sistema em que os processos de manutenção serão baseados na função e na fiabilidade. A estrutura hierárquica funcional será desenvolvida por diversos níveis sendo as subfunções na base da árvore funcional, pela sua negação, usadas como os eventos de topo das árvores de falhas. As árvores de falhas ligarão de forma lógica e sistemática as falhas funcionais (eventos de topo) com as falhas de componentes físicos (eventos básicos) responsáveis por aquelas falhas. A criação de diagramas de decisão específicos permitirá a definição de critérios e a sistematização na escolha das tarefas de manutenção adequadas para a eliminação ou atenuação das falhas dos componentes físicos. Na escolha das tarefas de manutenção serão consideradas as consequências das falhas, a importância das falhas e as alternativas de operação face à ocorrência das falhas. O modelo desenvolvido no trabalho será aplicado a um navio de transporte de produtos petrolíferos.
- A integração dos portos nacionais e do "Ro-Ro" nos sistemas logísticos globais do automóvel : a formação de bipolaridadesPublication . Dias, João Carlos Quaresma; Gonçalves, AmílcarA emergência da globalização das economias e a explosão das redes da informação, está simultaneamente a globalizar e a acelerar a circulação física das mercadorias e produtos que, neste inicio de século e de milénio, assume proporções nunca antes imaginadas A racionalização dos recursos que intervêm nos diversos processos da produção e distribuição, já não é hoje vista apenas no âmbito estrito de cada um dos elementos que compõem o respectivo segmento, mas sim de uma forma integrada, de maneira a obter-se um processo global optimizado, ou seja, uma cadeia logística harmoniosa, sem atritos e tão porta-a-porta quanto possível. Uma cadeia optimizada em termos dos recursos consumidos, dos custos e dos tempos de circulação, e que, fundamentalmente, acrescente valor satisfazendo o cliente final que é a entidade que puxa toda a cadeia e promove o arranque de todos os ciclos nos respectivos sistemas logísticos. Tais sistemas, que quando se destinam à produção e distribuição de veículos automóveis, correspondem a um dos exemplos mais paradigmáticos desta movimentação logística global. Portugal, país ribeirinho, apesar de funcionar actualmente e em termos económicos, como periferia do centro, participa nas cadeias de valor deste produto cada vez mais popular e personalizado, o veículo automóvel e consegue, ainda, integrar a ligação por transporte marítimo entre a produção e o consumo deste bem. Consideramos que a investigação mostrou que, para o caso português, existe um modelo funcional de integração do transporte marítimo de curta distância nas cadeias logísticas dos veículos automóveis o qual reside na formação de bipolos logísticos entre pólos portuários e plataformas logísticas terrestres. Finalmente, espera-se que os diversos níveis de decisores possam encontrar neste trabalho informação útil à formulação das estratégias que, a bem da competitividade da economia nacional, é necessário implementar.
- Estratégias empresariais e flexibilidade na gestão dos recursos humanos : o impacto na banca comercial portuguesaPublication . Silva, Victor Paulo Gomes da; Pereira, Maria João da CostaPara os dirigentes empresariais privados, a maximização da rendibilidade financeira da empresa, numa perspectiva de longo prazo , constitui o fim / objectivo último da actividade económica prosseguida. Estrategicamente, a maximização referida no parágrafo anterior pode ser conseguida actuando primordialmente, ora sobre os custos ora sobre os proveitos. No primeiro caso, conforme Porter (1980) , encontramo-nos perante uma estratégia de liderança no custo total. Os recursos humanos serão, necessariamente, afectados pela lógica supracitada. Adoptando uma estratégia de liderança no custo total com base no factor de competitividade ‘recursos humanos’, este será gerido por via de políticas que flexibilizem a sua utilização na perspectiva de lhe reduzir relevância financeira, essencialmente face ao produto da actividade económica prosseguida ; e, desta forma, será utilizado como contributo para a maximização da rendibilidade financeira. Alternativamente, a estratégia poderá basear-se na manutenção ou, até, no aumento da relevância financeira do factor competitivo em apreço, procurando maximizar a rendibilidade empresarial por via de outros elementos de custo e/ou por via dos proveitos - para o que os recursos humanos poderão contribuir de forma relevante, reduzindo os primeiros e aumentando os segundos. Face ao exposto nos parágrafos anteriores, o que constatamos na banca comercial portuguesa; concretamente, na banca integrada nos - actualmente - cinco principais grupos financeiros? Face às oportunidades de funcionamento em novos moldes, provenientes das tecnologias da informação, face à desregulamentação e à concorrência acrescida, verificou-se uma resposta estratégica baseada na tríade segmentação, concentração, flexibilização. Centrando-nos neste último aspecto, constatamos por via da análise dos IRCT’s uma inequívoca flexibilização da relação laboral - permitida e incentivada pela correspondente flexibilização ao nível legislativo - incidente essencialmente: • na gestão do tempo de trabalho; • na mobilidade geográfica e nas carreiras profissionais (neste último caso, apenas no grupo BCP); • em aspectos de natureza pecuniária. Da mesma, resultou: • uma configuração dos recursos humanos caracterizada basicamente pelo acréscimo da relevância dos trabalhadores com funções comerciais, técnicas e de enquadramento e com habilitações escolares de nível superior; • a redução da relevância financeira dos recursos humanos - no âmbito do custo total de exploração e, principalmente (pela sua maior dimensão), face ao produto bancário. O segundo item supracitado permite, portanto, indiciar a utilização do factor de competitividade ‘recursos humanos’ ao serviço de uma estratégia que, de forma prevalente, se assume como de liderança no custo total.
- A presença na Internet : diferenças entre os principais órgãos nacionais da imprensa, rádio e televisãoPublication . Sousa, Ivo Dias de; Guimarães, NunoEsta dissertação centrou-se, prioritariamente, na presença na Internet dos principais órgãos nacionais da imprensa, rádio e televisão, e, secundariamente, na sua actuação fora dela. O objectivo central da dissertação foi investigar a seguinte hipótese: a forma e intensidade da presença na Internet dos órgãos da comunicação social tradicional são influenciadas pelo sector dos meios de comunicação a que estão ligados à partida. Foi realizada uma revisão de literatura com o fim de melhorar a investigação que está na base desta dissertação. A revisão está dividida em duas partes: contexto geral e contexto específico. Na primeira parte, o objectivo central foi fornecer uma visão geral para perceber de uma forma mais adequada o seu posicionamento face aos temas maiores onde a dissertação se enquadra; os assuntos abordados são o processo de investigação; a evolução da comunicação humana e dos respectivos meios de comunicação, a Internet (evolução e as suas características), e, finalmente, os conceitos de hipertexto e hipermédia. No contexto específico, os assuntos estão mais próximos do problema de pesquisa; as matérias abordadas são, fundamentalmente, os média tradicionais de massas (imprensa, rádio e televisão), os diferentes aspectos da presença, e, por fim, modelos de análiser da presença na Internet. A pesquisa realizada, enquadrada e suportada pela revisão bibliográfica, foi dividida em três etapas. Na primeira foi realizada uma comparação da imprensa, rádio e televisão (enquanto meios de comunicação social) com o objectivo principal de fornecer inputs para as duas outras etapas da pesquisa. Na segunda, foi feita uma caracterização da presença na Internet dos principais órgãos nacionais de imprensa, rádio e televisão, com os objectivos de diferenciar os três grupos e sustentar a última fase. Finalmente, foram determinados formas como a presença na Internet dos três grupos é influenciada pela sua actuação fora dela, de forma a comprovar a hipótese central da tese. Secundariamente, verificar situações inversas onde a actuação fora da Internet é influenciada pela presença nela. No sentido de levar a cabo as diferentes fases de pesquisa anteriormente referidas, foram desenvolvidos os seguintes instrumentos passíveis de utilização em futuras investigações: • estruturas de comparação da imprensa, rádio e televisão, com base nos modelos PHIMA e nas dimensões sofisticação e customização do modelo ICDT; • estruturas dos modelos PHIMA e ICDT (e respectivos guiões de observação) especialmente adaptados à caracterização de presenças na Internet de órgãos da comunicação social; • guião de determinação de formas como a presença na Internet de órgãos da imprensa, rádio e televisão, é influenciada pela sua actuação fora dela; • guião de determinação de formas como a actuação de órgãos de comunicação social "tradicional" é afectada pela sua presença na Internet. Os resultados obtidos apoiam a hipótese central da dissertação (a forma e intensidade da presença na Internet dos órgãos da comunicação social tradicionais são' influenciada pelo sector dos meios de comunicação a que estão ligados à partida) para os principais órgãos nacionais da imprensa, rádio e televisão. Secundariamente, os resultados obtidos indicam que a actuação dos principais órgãos da imprensa, rádio e televisão fora da Internet é influenciada pela sua actuação nela. Relativamente à hipótese central da dissertação foi possível chegar a diversas conclusões. Primero, as cinco dimensões do modelo PHIMA são afectadas, com especial destaque para a profundidade, horizontalidade e multimédia. Segundo, os quatro espaços virtuais do modelo ICDT são influenciados, com destaque para a distribuição e a informação. Terceiro, os dados indicam que o grupo da televisão é o mais influenciado, seguido da rádio e da imprensa. Quanto à influência da presença na Internet na actuação fora dela para os órgãos da imprensa. rádio e televisão, os dados indicam que os órgãos da imprensa são os mais influenciados. seguidos dos da rádio e. finalmente, pelos da televisão. Na caracterização da presença na Internet dos três grupos (imprensa, rádio e televisão) do ponto de vista dos modelos PHIMA e ICDT. foi verificado que os órgãos da televisão são o grupo que mais explora as potencialidades da Internet, seguidos da imprensa, e da rádio. Na comparação relativa dos três meios de comunicação (imprensa, rádio e televisão) os dados indicam diversas inferências. Primeiro, quanto ao modelo PHIMA, a televisão explora mais as suas dimensões, seguida da imprensa, e, por fim, da rádio. Segundo, relativamente às dimensões sofisticação e customização do modelo ICOT, a televisão é o meio que melhor as aproveita, seguida da rádio e da imprensa.
- Implicações psicossociológicas da gestão da qualidadePublication . Pereira, Maria Odete de Almeida; Jesuíno, Correia; Gonçalves, AmílcarO objetivo geral deste trabalho consistiu em analisar as Perceções dos trabalhadores sobre a Gestão da Qualidade, o potencial efeito moderador dos Níveis de Organização para a Qualidade das empresas nas referidas perceções, bem como noutras variáveis relacionadas com o Bem-estar no Trabalho, designadamente a Satisfação no Trabalho, a Autoestima Baseada na Organização e o Stresse Laboral. A metodologia utilizada foi de natureza quantitativa. Foram utilizados cinco questionários, sendo quatro de natureza multidimensional e outro de natureza unidimensional. As características psicométricas dos instrumentos respeitam os requisitos sustentados na bibliografia da especialidade. A amostra foi composta por 622 pessoas, pertencentes a organizações que operam nos setores industrial e de serviços, subdivididas em três grupos: 1 - Trabalhadores de empresas sem um sistema formal de gestão da qualidade; 2 - Trabalhadores de empresas com um sistema de gestão da qualidade certificado de acordo com a norma ISO 9001; 3 - Trabalhadores de empresas vencedoras do Prêmio de Excelência do Sistema Português da Qualidade - PEX / SPQ. Os resultados evidenciam a estrutura relacional entre o conjunto de variáveis analisadas. Neste contexto, observa-se que: - A Perceção da Gestão da Qualidade influencia, significativamente a Satisfação no Trabalho, a Autoestima baseada na Organização, o Stress Laboral e as Expectativas face à Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade. Enquanto, estas últimas evidenciam correlações significativas entre si. - O Nível de Organização para a Qualidade medeia as mesmas ligações entre variáveis, com exceção da relação Perceção da Gestão da Qualidade, Autoestima baseada na Organização. Exercendo, esta última variável, igualmente, um efeito de mediação entre, respetivamente a Satisfação no Trabalho e a Perceção da Gestão da Qualidade e o Stress Laboral. - Por seu lado, as variáveis sociodemográficas e o Nível de Organização para a Qualidade, possuem, em termos genéricos, efeitos diretos sobre as variáveis referidas nos parágrafos anteriores. Possuindo as variáveis demográficas efeitos de moderação sobre grande parte das ligações entre a Perceção da Gestão da Qualidade com as restantes variáveis. O conjunto de dados é traduzido num modelo interpretativo e objeto de discussão e análise.
- Portugal e a integração europeia à luz da nova geografia económica : as implicações no domínio da estratégia empresarialPublication . Porfírio, José; Pinto, Nuno Gama de OliveiraA divergência entre países e regiões, como consequência dos processos de integração económica, parece ser hoje uma regra, mais que uma excepção. Na origem deste fenómeno parecem estar, assumindo cada vez um maior protagonismo, as atitudes estratégicas dos agentes económicos perante os desafios que estes processos lhes colocam. Com a globalização e a perda de poder dos estados soberanos, estas atitudes estratégicas, protagonizadas pelos agentes económicos mais activos, têm origem, de uma maneira geral, numa crescente capacidade evidenciada pelos mesmos para conceberem e implementarem estratégias que, devidamente orientadas no sentido da competitividade, acabam por ter a virtude de catalizar o desenvolvimento das próprias nações e promover a sua prosperidade. Perante a inconsistência de alguns dos critérios das teses da economia neoclássica, nomeadamente em termos de convergência automática entre países ou regiões, a teoria económica parece ter sido capaz de desenvolver um novo corpo teórico à altura das novas exigências, consubstanciado através do surgimento, na década de 90, da Nova Geografia Económica. Este novo corpo teórico tem a grande virtude, em nosso entender, de aliar saberes de índole macro e microeconómica, aumentando o seu carácter explicativo através do uso intensivo de técnicas matemáticas, desenvolvidas a partir dos conhecimentos da economia industrial, e ajustando os seus pressupostos a uma realidade cada vez mais caracterizada pela concorrência imperfeita e por essa importância acrescida que os agentes económicos assumem – em particular as empresas – na definição dos padrões competitivos das regiões onde se localizam. Desta forma, a NGE contribui para explicar, de uma maneira mais adequada, estes processos de convergência e divergência regional. Todavia, este novo corpo do saber económico evidencia, em nosso entender, algumas lacunas em matéria dos próprios pressupostos inerentes a esta actuação estratégica dos agentes económicos – a qual constitui a essência da dinâmica dos respectivos modelos. Estas, se devidamente consideradas, poderão ajudar a retirar-lhe algum carácter determinístico em matéria de resultados, nomeadamente no que concerne às suas previsões quase inevitáveis de divergência para as regiões periféricas dos processos de integração económica. Entendemos que a reacção empresarial, empreendida através de estratégias empresariais pró-activas ou, pelo contrário, mais reactivas, não constitui, até ao presente, um campo devidamente explorado neste novo corpo teórico. Ao tentarmos enriquecer a teoria com apports teóricos do campo da gestão estratégica, acreditamos que a dotaremos de maior poder explicativo e maior aderência à realidade, fazendo com que a mesma possa, desta forma, contribuir de forma mais efectiva, para o desenvolvimento e para a diminuição das desigualdades regionais hoje patentes, ao mesmo tempo que se promove um encontro mais efectivo entre dois ramos tão complementares do saber do mundo de hoje: a Economia e a Gestão. Todavia, aquilo que defendemos a este respeito só se torna activo, se os agentes económicos destas regiões periféricas tiverem, efectivamente, essa capacidade de actuação estratégica e não assumirem uma atitude padronizada e passiva que parece ser, afinal, aquilo que a teoria contempla em matéria da sua actuação. Perante o ciclo de divergência com os padrões europeus em que Portugal se encontra – e que parece dar razão ao que preconiza a NGE para regiões periféricas como é o caso do nosso país –, a pergunta que fizemos foi a seguinte: será que as empresas a operar em Portugal evidenciam capacidade em matéria de gestão estratégica que lhes permita contrariar a evolução vivida nos últimos anos em matéria de divergência com a Europa? A resposta a esta questão passou, na presente tese, por várias etapas: (i) em primeiro lugar por perceber o melhor possível os mecanismos de funcionamento da NGE, como teoria que enquadra todo o cenário de integração europeia, o qual constitui o cenário de base para o funcionamento das empresas portuguesas; (ii) em segundo lugar, alertar para as possíveis falácias de alguns pressupostos da NGE, nomeadamente no que concerne ao mecanismo de actuação estratégica empresarial, o motor crítico dos mecanismos de convergência e divergência que se operam nas regiões; (iii) em terceiro lugar tentar provar o efectivo ciclo de divergência que a economia portuguesa vem atravessando nos últimos anos, fazendo-o, não apenas na perspectiva macroeconómica mas, igualmente, indo de encontro ao que preconiza a NGE e avaliando as alterações estruturais, em matéria microeconómica e no padrão de especialização evidenciado pela indústria portuguesa; (iv) finalmente, analisar, à luz dos princípios teóricos essenciais da Estratégia, qual o estado da arte da gestão estratégica que é praticada pelas empresas nacionais e, a partir daqui, avaliar a capacidade das mesmas para implementarem verdadeiras estratégias competitivas, as únicas que têm efectiva capacidade para contrariar o ciclo de divergência previsto pela NGE para a região periférica que é Portugal. No final, concluiu-se que não era possível dizer que as empresas portuguesas, na sua maioria, demonstram padrões estratégicos objectivos que lhes permitissem, na prática, contrariar os efeitos negativos decorrentes dos movimentos de integração, bem como as próprias estratégias competitivas dos seus concorrentes além fronteiras. Acreditamos que os resultados deste trabalho ajudaram a desvendar algumas das relações que se estabelecem no interior dessas “caixas negras” que ainda continuam a ser as organizações empresariais para a teoria económica em geral, particularmente no que respeita às relações do domínio estratégico que se estabelecem no seu seio. Ao identificarmos aspectos concretos onde falha a capacidade da gestão no domínio estratégico, acabámos por apontar áreas críticas que dificultam a capacidade competitiva da economia nacional, identificando, simultaneamente, áreas prioritárias de actuação das políticas públicas e, em particular, de educação mas, igualmente, dos próprios gestores e outras instituições ligadas ao mundo empresarial. Assumindo-se que a principal fonte de criação de riqueza, nas economias contemporâneas são as suas organizações empresariais com fins lucrativos, os resultados obtidos poderão ajudar a perceber que tipo de condições se devem criar dentro dessas organizações para que as mesmas possam conceber e implementar verdadeiras Estratégias Empresariais e, só depois, pensar em matéria de competitividade (para elas próprias, e para o país, como um todo). Para um país como Portugal, a importância desta análise é manifesta. Este é um assunto que, não só tem a ver com a posição e desenvolvimento relativo do país no seio de outros países comunitários, como também se prende com a prosperidade da população e a posição relativa de desenvolvimento de cada região face às demais, e ao nível de desenvolvimento regional entre diferentes regiões e países no seio da UE.
- Os indicadores de gestão nas universidades públicas portuguesas : uma metodologia para análise da sua eficiênciaPublication . Marques, Maria da Conceição da Costa; Almeida, José Joaquim Marques deEsta dissertação tem como tema de estudo a mediação da performance nas universidades públicas portuguesas. Para tal, é proposto um conjunto de indicadores de gestão que permita aos diferentes “stakeholders” o acesso a dados que avaliem o seu desempenho. A introdução proporciona uma visão sobre o desenvolvimento do estudo, motivação para a sua elaboração, meios utilizados e descrição dos capítulos e matérias neles abordados, ou seja, uma visão de conjunto do trabalho. A instituição universitária é inserida no contexto de uma nova Administração Pública, mais moderna e dinâmica, sem perder de vista as particularidades destas instituições quer no passado, quer nos tempos mais recentes e ainda qual o seu papel no futuro próximo. A evolução do sistema de ensino superior nos últimos anos e o bom funcionamento das universidades, fomentaram nestas instituições a necessidade de avaliar a qualidade dos serviços prestados, pelo que temas como a avaliação, a acreditação, a qualidade total, são alvo de estudo. O relacionamento entre o Estado e as universidades, em especial no que se prende com a sua forma de financiamento, missão e objectivos, foi decisivo para que se procedesse ao exame das formas de financiamento das universidades públicas. Os modelos de governação e as regras do bom governo universitário, bem como a capacidade de oferecer produtos e serviços inovadores por parte destas, são apresentados na tese. Por outro lado, realça-se a importância da investigação e o desenvolvimento na actualidade, bem como a relação entre a Universidade, o Estado e a Indústria, pressupostos indispensáveis à inovação e à competitividade destas instituições. No que se prende com a mediação da performance das universidades, nesta dissertação elaborou-se um estudo aprofundado dos indicadores de gestão: primeiro com a sua aplicação ao sector público em geral e depois com a aplicação específica às universidades. O modo como se usam os indicadores de gestão nas universidades, e quais são os principais modelos ou sistemas, foram preocupações que nortearam a nossa abordagem, tendo sempre como destino propiciar uma visão clara e concisa destes assuntos. O Balanced Scorecard surge como uma ferramenta importante neste domínio. Esta investigação não estaria completa, sem a apresentação de um conjunto de indicadores de gestão para as universidades, passíveis de utilização por estas, com o fim de avaliar e apreciar o seu desempenho. No sentido de demonstrar a validade dos indicadores concebidos, procedemos à sua aplicação, pelo que acreditamos constituirá uma fonte de informação verdadeiramente importante e valiosa para as universidades, para todo o sistema de ensino superior, para a comunidade científica, para sociedade em geral e acima de tudo para o país.
- Biblioteca digital : avaliação da qualidade em ensino superior a distância : a construção de um objecto de aprendizagemPublication . Bandeira, Fernando da Cruz; Mendonça, Maria CristinaNa tese de doutoramento em avaliação da qualidade em ensino a distância, é apresentada uma biblioteca digital, cujo objectivo é proporcionar um acervo de textos, que satisfaçam as necessidades de uma pesquisa inicial para uma tese de mestrado. Esta foi constituída de acordo com as Normas ISO, contendo documentos em texto integral, descarregados da Internet. Para além dos textos, a biblioteca apresenta um Thesaurus para essa área de conhecimento, cujo objectivo é permitir, por um lado, catalogar os documentos e, por outro, possibilitar ao utilizador o acesso racional à informação. O sistema de indexação é compatível com as normas Dublin Core, e os documentos podem ser percorridos directamente ou a partir de pesquisas booleanas. A tese apresenta também uma componente teórica, cujo índice remissivo constituiu a base do desenvolvimento do Thesaurus, respectivas relações hierárquicas e Microthesauri.