Browsing by Author "Francisco, Maria Manuela Amado da Silva"
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- Contributos para uma educação online inclusiva : estudo aplicado a casos de cegueira e baixa visãoPublication . Francisco, Maria Manuela Amado da Silva; Mendes, António QuintasO estudo relatado neste trabalho pretende responder à questão de partida que lhe deu origem – O que é necessário para criar cursos online acessíveis, particularmente a pessoas com problemas de acuidade visual? Esta questão colocou-se no momento em que, em contexto profissional, se procurou criar um curso online inclusivo, acessível a todos. Enquanto Designer Instrucional, e juntamente com a restante equipa envolvida na criação do novo curso, foram procuradas soluções práticas que assegurassem a igualdade de oportunidades a todos os participantes do referido curso. Isto desencadeou a testagem de estratégias e soluções, promovendo uma reflexão crítica sobre as várias facetas da inclusão digital. Num primeiro momento considerou-se este desafio relativamente simples, uma vez que existem normas para a criação de páginas Web e a plataforma a utilizar estava em conformidade com uma dessas normas. A prática, no entanto, viria a revelar barreiras reais que obrigaram ao questionamento das normas, a aplicação e testagem dessas mesmas normas e um constante recomeçar de cada fase. Este constante questionamento foi enriquecido com a participação de 3 pessoas cegas que colaboraram enquanto participantes e informantes na 1ª e 2ª edição deste curso. Sendo a inclusão um tema pouco trabalhado no ensino online, este estudo reveste-se de carácter exploratório. Não se pretende apresentar conclusões de carácter definitivo, pretende-se que o estudo seja visto como um contributo para futuros projectos de cursos online com preocupações de inclusão.A abrangência do tema obriga a que neste trabalho se incluem assuntos relacionados com outros tipos de deficiência, estratégias pedagógicas adequadas a cada necessidade, estilos cognitivos de aprendizagem, leitura e interpretação de imagens, percepção da cor e da forma, conhecimentos de programação para adequar ferramentas e aplicações, sem que com tal se esgotem todas as ramificações que um estudo desta natureza potencia.
- A descrição parametrizada da imagem para um eLearning acessível e inclusivoPublication . Francisco, Maria Manuela Amado da Silva; Mendes, António QuintasConsiderando que os conteúdos educativos digitais e os ambientes virtuais recorrem frequentemente a imagens que assumem diversas funções, é necessário descrever estes elementos para que possam ser percecionados por quem não tem acesso visual aos mesmos. Apesar das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) explicarem as questões técnicas relativas aos alternativos textuais e darem sugestões de como descrever, a maioria das imagens não é descrita ou apresenta texto alternativo inútil. Assim, colocam-se 2 problemas: o que descrever e que descrição é mais eficaz para quem não tem contacto visual com a imagem. Face a esta problemática, este estudo apresenta uma matriz para descrever uma imagem digital em contexto de eLearning. Para validar esta matriz foram escolhidas 2 imagens, uma da categoria “Pessoas” e outra da categoria “Arquitetura”. Foi solicitada a descrição destas imagens a 2 grupos de “descritores”, 32 descreveram as imagens com base nos parâmetros encontrados (a matriz) e 34 sujeitos descreveram as imagens de forma livre. Das descrições obtidas com base na matriz elaborou-se uma descrição parametrizada com base na frequência de palavras, para a qual se desenvolveram testes de “memória”, “preferência” e “correspondência”, procurando verificar a sua eficácia. Para verificar esta eficácia de forma comparativa foram desenhados os mesmos testes com uma das descrições livres. Estes testes teriam de ser realizados por 2 grupos: um grupo que não utiliza a função visual e um grupo que utiliza a função visual. Elaborou-se um questionário de perfil para identificar os sujeitos que seriam incluídos nestes 2 grupos criados na plataforma Moodle. Foram envolvidos 23 sujeitos que não utilizam a função visual (com cegueira congénita e cegueira adquirida) e que realizaram os testes de memória auditiva e de preferência; e 97 sujeitos que utilizam a função visual (sem deficiência visual, com deficiência visual moderada e severa), sendo que metade realizou os mesmos testes que o grupo que não utiliza a função visual e a outra metade realizou os testes de correspondência e memória visual. Dos resultados obtidos podemos concluir que a descrição segundo os parâmetros apresentados é mais eficaz que a descrição “livre” e vai ao encontro da preferência dos indivíduos que não utilizam a função visual ou não têm contacto visual com a imagem.