Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas | Master's Degree in Portuguese Literature and Culture - TMLCP
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Browsing Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas | Master's Degree in Portuguese Literature and Culture - TMLCP by Author "Johansson, Maurienne Caminha"
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- O Modernismo português e o Modernismo brasileiro : questões de identidade literária e socioculturalPublication . Johansson, Maurienne Caminha; Pais, Carlos CastilhoEste trabalho apresenta a investigação realizada para conhecer as manifestações estéticas, ideológicas e sociais dos movimentos literários que ficaram conhecidos como Modernismos, quer em Portugal quer no Brasil. Pretende contribuir para traçar os contornos dos perfis dos modernismos (português e brasileiro) de modo a perceber-se como estes tomaram forma de projetos de modernização das nações e procuraram redimensionar suas identidades culturais por meio da renovação da estética e da expressão, seu alvo comum num tempo específico. Algumas questões fornecem-nos um olhar mais focalizado em direção às posturas assumidas pelos modernistas no tocante à inovação. Deparamo-nos com algumas que consideramos significativas: o cariz do nacionalismo levado a cabo nas duas instâncias; a emoção e o comportamento dos poetas frente ao urbanismo; a noção de fingimento/sinceridade na expressão estética; o tipo de cosmopolitismo proposto; a consideração à dialética internacional com outros modernismos anteriores; o fator linguístico e suas “fobias”, a religiosidade, entre outras. O Futurismo e sua recepção, em Portugal e no Brasil, é relevante neste âmbito por representar um ‘lugar’ de aglutinação (e redefinição estética e cultural) proposto por esses movimentos. Os manifestos literários, ocupando espaço preponderante nas vanguardas portuguesa e brasileira, esboçam os primeiros desenhos do rosto moderno que desejam para si ‘Portugal’ e ‘Brasil’ como nação e povo à frente de seu tempo. Esses manifestos, para nivelar os países no âmbito das novas estéticas – europeias, principalmente - expõem um painel visível das opções de modernidades reivindicadas pelos modernistas a partir do contexto sociocultural em que se inscrevem, que é, originalmente, sua problemática. Esta reside no bojo da relação colonizador-colonizado ou vice-versa e necessita de soluções: modernidades plurais que, paradoxalmente, encontrariam na própria tradição o gérmen para a renovação em forma de resposta coletiva. Todavia, são alicerçadas na diferenciação que entre os dois países se tornou o fundamento essencial que balizaria suas saídas: no caso português, a nova imagem de império, no brasileiro, a autoafirmação nacional. Perceber estes fatores equivale a traçar um autorretrato de Portugal ou do Brasil.