Mestrado em Estudos Francófonos | Master's Degree in Francophone Studies - TMEF
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Browsing Mestrado em Estudos Francófonos | Master's Degree in Francophone Studies - TMEF by advisor "Coelho, Paula Mendes"
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- Escrever a cidade : Charles Baudelaire, Georges Rodenbach, e Fernando Pessoa/Bernardo SoaresPublication . Faia, Maria Teresa Gens de Azevedo de Matos; Coelho, Paula MendesNa literatura, várias cidades assumiram a condição de símbolos literários vinculados à escrita de autores significativos. Nas poéticas de Charles Baudelaire, Georges Rodenbach e Fernando Pessoa / Bernardo Soares, a cidade assume a condição de um universo simbólico, no qual as vivências mais profundas dos poetas encontram eco. Paris, Bruges e Lisboa são presenças permanentes nas obras destes três autores. Indo para além de meras descrições de cidades, geografias urbanas individuais vão com efeito emergir, verdadeiras formas de arte que acabam por tecer paisagens interiores bem singulares. As cidades que se lêem nas páginas de Le Spleen de Paris, Le Carillonneur e Livro do Desassossego confirmam-se como criações artísticas e tornam-se cidades literárias, reflexos de uma estética urbana particular. Pretendeu-se, assim, neste trabalho, através do estudo comparativo destas três obras e das poéticas por elas reveladas, detectar especificidades, semelhanças e diferenças no que à temática da cidade diz respeito.
- A problemática da cidade no universo poético-narrativo de Georges Rodenbach (1955-1898)Publication . Ribeiro, Isabel Teixeira; Coelho, Paula MendesEste projecto insere-se no âmbito do primeiro Mestrado em Estudos Francófonos leccionado em Portugal pela Universidade Aberta e propõe-se investigar um poeta primordial para as letras francesas da Bélgica e para as letras de expressão francesa, em geral, no que respeita ao movimento simbolista. Este autor foi dado a conhecer no Seminário de Literatura Francófona II, orientado pela Professora Doutora Paula Mendes Coelho, tendo suscitado um grande interesse e curiosidade. Considerado como o mais parisiense dos belgas da sua época e um dos membros mais originais e autónomos do simbolismo belga, Georges Rodenbach ainda é muito pouco conhecido no nosso país, apesar de ser um autor com uma obra muito multifacetada, em virtude de ter trabalhado diferentes géneros, tanto literários, como jornalísticos: poesia (Ex. La Jeunesse Blanche, 1886), romance (Ex. Bruges-la-Morte, 1892), teatro (Ex. Le voile, 1894), conto (Ex. Musée de Béguines, 1894), crónicas e crítica literária, como por exemplo, no jornal Le Figaro, e de ter apresentado uma moderna e inovadora poética de correspondências a partir das quais reproduz as impressões mais sensíveis da (sua) vida interior, partindo do universo (citadino) exterior para uma procura incessante da identidade pessoal / colectiva. Rodenbach centra-se num espaço psicológico circunscrito à memória de um tempo passado na pátria-mãe: a Flandres. Deambulando imaginariamente, capta na paisagem, nas fachadas, nas ruas, nos canais, a nostalgia típica das cidades do norte e, com os seus sentidos despertos, apodera-se da «alma das coisas». Conhecido o fascínio deste poeta pela cidade, enquanto sinónimo de vida e de morte, é precisamente a problemática da cidade no universo poético-narrativo deste autor flamengo do século XIX de língua e cultura francesas que esta dissertação pretende questionar. Esta temática está sempre presente na sua obra; seja, através dos elementos materiais: torres, muros, cais, sinos, «pignons», cortinas de renda; seja, através das reminiscências distantes dos domingos tristes de Inverno ou do tocar melancólico dos sinos, quebrando o silêncio soturno das praças e das ruas desabitadas e penumbráticas. O trabalho em questão tenciona demonstrar que a arquitectura e o espírito das cidades flamengas condicionam / inquietam o discurso de Georges Rodenbach, ao ponto dos elementos humanos se (con)fundirem com o espaço envolvente e vice-versa.
- Représentations de la femme dans Bruges-la-morte de Georges Rodenbach, La chevelure de Guy de Maupassant et Ligeia de Edgar A. PoePublication . Wildschütz, Maria Clara de Sá Couto; Coelho, Paula MendesO presente trabalho de investigação baseia-se fortemente numa abordagem comparativista, centrada na leitura interpretativa/analítica/comparativa (temática, formal, estilística) da obra Bruges-la-Morte, de Georges Rodenbach, em articulação com os contos Ligeia de Edgar Allan Poe e La chevelure de Guy de Maupassant, no sentido de descodificar os vectores que compõem as representações da mulher, no âmbito mais específico do imaginário finissecular. Centra-se na leitura comparativa e rigorosa do corpus formado pelas obras supracitadas, no seu cruzamento e confronto, no sentido de descodificar a coincidência fortuita ou não dos traços da “mulher”, tendo em conta as marcas da decadência e da poética simbolista que enformam essa literatura de finais do século XIX. Mas acima de tudo as marcas duma literatura fantástica, ainda pouco representada, no que concerne o autor Rodenbach. Define-se também a representação da mulher no imaginário finissecular a partir das obras destes autores de nacionalidades diferentes. Evidenciam-se as características mais importantes. Apesar das semelhanças entre os três textos referidos, analisa-se de que modo algumas dessas características, já presentes nos textos de Poe e de Maupassant, se vão equacionar com a obra maior de Rodenbach, que as retoma e reescreve de forma curiosa, original e imaginativa, integrando novos elementos do imaginário preponderantemente decadente do “fin de siècle” e do mundo fantástico. Em simultâneo, estudam-se os elementos-chave da estética simbolista com o intuito de compreender melhor a transcendência de um discurso assente nos símbolos e nas alegorias, na construção metafórica e nas imagens inéditas, capazes de sugerir em vez de significar. Complementarmente, recorre-se à contextualização da época, sobretudo da obra de Rodenbach. Recorre-se também a métodos de análise e a perspectivas da história da literatura, assim como a estudos e a trabalhos de crítica literária. Visa-se, por um lado, investigar e dar a conhecer um autor fundamental, que é Georges Rodenbach, no que concerne o 10 movimento simbolista, a realidade fantástica e a literatura de finais do século XIX. Por outro lado, e mais concretamente, pretende-se com esta investigação estudar e analisar as representações da mulher a partir da obra mais emblemática do autor belga – Bruges-la-Morte. Para tal, considera-se necessário partir do confronto com outros autores de expressões francesa e inglesa, com os quais é pertinente relacioná-lo, tendo em vista a temática escolhida. Trata-se de autores tão diferentes como Maupassant (autor francês) e Poe (autor de língua inglesa). A integração de um autor anglófono, como Poe, num corpus francófono, deve-se ao facto de se tratar de um grande mestre do “fantástico” e um dos maiores autores do imaginário, o qual teve um peso enorme neste período, tendo influenciado Rodenbach, entre muitos outros, nomeadamente Baudelaire e Mallarmé. Ao analisar o autor belga (praticamente incógnito no nosso país, nos países francófonos e até no seu), cuja importância reside, em grande parte, nas fórmulas fecundas por ele encontradas em domínios onde as pesquisas dos colegas franceses ficaram estéreis. Pretende-se, também, apreender a especificidade da poética que subjaz à sua obra, contribuindo igualmente deste modo para o conhecimento e divulgação do simbolismo belga de expressão francesa, tão pouco conhecido e estudado entre nós, entre os franceses e essencialmente, entre os belgas
- O topos da "doença" nos universos poéticos de Georges Rodenbach (1855-1898) e António Nobre (1867-1900)Publication . Pouseiro, Ana Cristina Ferreira; Coelho, Paula MendesOs universos poéticos de Georges Rodenbach e de António Nobre apresentam pontos convergentes e divergentes, tanto ao nível da forma como ao nível dos temas. Este trabalho centra-se particularmente na análise do topos da doença, tendo em conta a especificidade de cada um destes autores, a forma como a doença é representada em cada um deles, tendo em conta o meio em que vivem e no qual se movem, sobretudo o contexto finissecular em que as suas obras apareceram. Tentou-se, em suma, analisar a forma como o topos da doença se manifesta nas suas obras poéticas, em consonância com uma escrita, uma estética e um imaginário bem distintos que acabam, no final deste percurso, por associar indubitavelmente os nomes do autor belga e do autor português aqui convocados.