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Authors
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Abstract(s)
A substituição de Salazar por Marcelo Caetano no poder ocorre num momento de crise social e política agudizada pela guerra colonial. A “Primavera Marcelista” com as falsas esperanças que criou contribui para tornar mais prementes os sentimentos de revolta e frustração de um número sempre crescente de cidadãos que, cada vez mais abertamente, contesta o sistema e se alia à oposição. Os ecos das mudanças que ocorrem no resto do mundo repercutem-se em Portugal, sobretudo entre a jovem geração, em particular nos meios estudantis. Aí nasce e se desenvolve um movimento artístico-cultural de contestação que, não se esgotando na música popular, tem nela a sua expressão mais visível. Novos cantores com novas propostas de música, nova postura e, sobretudo, com um discurso diferente, popularizam-se e repudiam a música ligeira em voga e quem a representa. Este repúdio estará na origem de um confronto a que chamei “Guerra de Cantigas” e constitui o objecto de estudo deste trabalho. A principal questão que se coloca nesta pesquisa é saber quais os valores que o discurso musicado de cada um destes grupos transmite. Procurei também compreender e retratar o contexto socio-político em que se desenvolve, para melhor apreender o fenómeno e responder a outras questões subsidiárias como o papel desempenhado pela indústria discográfica e os media, a origem social de cada grupo e os objectivos que pretende alcançar. Para tal, utilizam-se como fontes de análise os textos das cantigas e das críticas e comentários da imprensa especializada e dos diferentes actores envolvidos no processo.
Description
Dissertação de Mestrado em Estudos Portugueses Multidisciplinares apresentada à Universidade Aberta
Keywords
Caetano, Marcelo, 1906-1980 História de Portugal Regimes políticos Ditadura Censura Oposição política Música Canções populares Meios de comunicação social
