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As racionalidades leigas não são exclusivamente modernas, elas são plurais - sobre os modos de compreensão da saúde mental em Portugal
dc.contributor.author | Alves, Fátima | |
dc.date.accessioned | 2020-02-07T15:38:13Z | |
dc.date.available | 2020-02-07T15:38:13Z | |
dc.date.issued | 2011-08-09 | |
dc.description.abstract | As racionalidades leigas contemporâneas no Ocidente continuam a incorporar formas de conhecimento (com as suas classificações, representações, saberes), provenientes de vários campos, onde se inclui a ciência a par da religião, da moral, da magia, da natureza, enfim, da cultura (De Rosa, 1987; Bellelli, 1987; Serino, 1987; Jodelet, 1995; Alves, 1998; Wagner et al., 1999; Rabelo, et al., 1999a; Charmillot, 2002). O conhecimento de que se servem os agentes sociais na interacção não corresponde em absoluto à hegemonia do poder/saber médico, sendo um conhecimento de tipo diferente do da ciência moderna, onde as necessidades de produzir sentidos exigem modelos bem mais próximos dos universos simbólicos culturais locais. Em Portugal a penetração dos conceitos e das práticas psiquiátricas seguiu com atraso as tendências das sociedades complexas ocidentais (Alves, 1998). A sociedade providência desempenha um papel fundamental na “compensação” das deficiências da produção estatal. No campo do mental, a sociedade civil secundária (Santos, 1990) tem protagonizado algumas responsabilidades sociais, no entanto, na realidade, quando entre nós se fala de integração comunitária das pessoas com doença mental, está-se quase exclusivamente a falar de integração nas famílias (Alves, 1998). Os estudos desenvolvidos para o campo da saúde e da doença em geral permitem-nos constatar a coexistência de modos de produção da saúde: a par da medicina oficial, reconhecida oficialmente como a instituição exclusiva da responsabilidade pela doença (Carapinheiro, 1993), encontramos as "medicinas alternativas", que actuam num registo semiclandestino, e a "medicina popular", reconhecida informalmente pela “comunidade” que a ela recorre num registo personalizado e clandestino face à racionalidade oficial. Os trabalhos desenvolvidos atestam essas diferenças para o caso da saúde em geral (Nunes, 1987; Hespanha, M. J., 1987; Bastos et al. 1987; Fontes et al., 1999;) bem como nos conduzem para a reflexão em torno das racionalidades leigas enquanto campo povoado por lógicas de produção de sentidos plurais (Carapinheiro, 2001; Lopes, 2003; Silva, 2008) que urge compreender, visto que são essas racionalidades leigas que orientam as trajectórias sociais de saúde e de doença. Neste contexto, procuramos perceber a configuração do modo de produção de sentido para o campo mental, ou seja as racionalidades leigas. As informações que apresentamos resultam de uma pesquisa empírica que se centra nas racionalidades leigas sobre saúde e doença mental, efectuada numa região (Norte) de Portugal. Procurámos, neste contexto, ‘cartografar’ as concepções que existem para além do modelo psiquiátrico dominante. Quais as concepções de sofrimento mental que povoam o mundo da vida? Em Portugal, o edifício explicativo sobre a doença mental é complexo e multifacetado, simultaneamente moderno e tradicional (Alves, 2009). | pt_PT |
dc.description.version | N/A | pt_PT |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.2/9211 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.peerreviewed | yes | pt_PT |
dc.subject | Racionalidades leigas | pt_PT |
dc.subject | Saúde mental | pt_PT |
dc.title | As racionalidades leigas não são exclusivamente modernas, elas são plurais - sobre os modos de compreensão da saúde mental em Portugal | pt_PT |
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oaire.citation.conferencePlace | Universidade Federal da Bahia | pt_PT |
oaire.citation.title | XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais - Diversidades e (Des) igualdades | pt_PT |
person.familyName | Alves | |
person.givenName | Fátima | |
person.identifier.ciencia-id | F41D-6E75-A58D | |
person.identifier.orcid | 0000-0003-2600-8652 | |
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relation.isAuthorOfPublication | 01db740c-0644-4274-a03f-4c348c8b8ac5 | |
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