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Authors
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Abstract(s)
O estudo de uma
comunidade religiosa em particular, como o mosteiro eborense de S. Bento de Cástris,
afigura-se-nos de particular importância para a compreensão da história local e regional,
particularmente num período significativo para a sua história, contribuindo ainda para
um melhor conhecimento acerca da presença, neste caso, da Ordem de Cister em
Portugal e, mais especificamente, no Sul do país.
De facto, a presença desta Ordem não se confinou aos limites naturais traçados
pelo Douro e pelo Tejo, mesmo em tempos medievos, embora em meados do século
XVI a maior parte das casas cistercienses se localizasse entre essas linhas de água. E
isso fica demonstrado na presença da comunidade cisterciense feminina de Évora,
derivada de um retiro de emparedadas; nos extensos domínios agrários que a
comunidade alcobacense possuía a Sul do Tejo; ou mesmo na presença da milícia de
Avis na zona da freiria de Évora, originando mais tarde o braço armado de Cister em
solo português. Estudar comunidades femininas é tradicionalmente mais difícil que estudar as
masculinas, numa realidade em que a clausura estrita limita os dados referentes à sua
vida religiosa e social. O seu estudo, porém, permite colocar questões pertinentes.