Repository logo
 
Loading...
Thumbnail Image
Publication

A transcrição do medo: a abordagem de João de Melo e José Martins Garcia nas obras Livro de Vozes e Sombras e O Medo

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
TMELP_RobertoReis.pdf1.19 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

O medo é inerente à condição humana, seja pelo instinto de sobrevivência, seja pela condição física e química que o nosso corpo desenvolve. Porque sentimos medo? Como vencemos o medo? Estas e outras questões são-nos colocadas diariamente enquanto caminhamos pela vida. Sentir medo é inato, perante o que vemos, pela interação com os outros, por nos sentirmos impotentes em determinada situação. As circunstâncias por que sentimos medo são inúmeras e, por isso, continuam a ser estudadas. Neste estudo, veremos que o medo, como emoção, é uma resposta complexa que envolve experiências subjetivas, reações fisiológicas e comportamentos expressivos. Nas duas obras referenciadas em título, vivenciam-se diversos aspetos do medo ou, aliás, diversos tipos de medo, de acordo com o decorrer das ações, com o tipo de personagens escolhidas e caracterizadas física e psicologicamente, assim como dependendo dos cenários em que cada autor as coloca e das situações a que as sujeita. O presente estudo tem como objetivo estudar as duas obras, recorrendo à atitude comparatista (Buescu, 2009) e à forma como cada autor nos apresenta o medo, criando-se um diálogo implícito entre elas. As épocas — algo distintas — não deixam de ter uma similitude no que ao tema as une: descolonização, ditadura e o medo, nas suas diferentes facetas. Ambas as obras abordam o 25 de Abril de 1974, dando uma visão dos acontecimentos que tiveram impacto na vida social portuguesa. Os narradores refletem o desalento que os consome ao imaginar um Portugal diferente. A intervenção política é transmitida através das vozes e olhares das personagens, que ecoam os seus maiores medos. Os narradores refletem o desalento que os consome ao imaginar um Portugal diferente. A intervenção política é transmitida através das vozes e olhares das personagens, que ecoam os seus maiores medos.
is inherent to the human condition, either because of our survival instinct or because of the physical and chemical condition developed by our body. Why are we afraid? How do we overcome fear? These and other questions are asked daily as we walk through life. Feeling fear is an innate act because of what we see, because of our interaction with others, because we feel powerless in the face of a situation. The circumstances that lead us into feeling fear are endless and, therefore, continue to be studied. In this study, we will see that fear derives from emotions and that without them, possibly, we would not feel afraid. In the two works referenced in the title, different aspects of fear are experienced, or, rather, different types of fear, according to the course of the actions, the type of characters chosen and characterized physically and psychologically, as well as the scenarios in which each author places them and depending on the situations to which they subject them to. The purpose of this paper is to study the two works, using comparative literature and the way each author presents fear, creating an implicit dialogue between them. The different eras have similarities in terms of their themes: decolonization, dictatorship and fear, in all its different facets. Both works address the 25th of April 1974, giving a vision of the events that had an impact on Portuguese social life. The narrators reflect the dismay that consumes them when imagining a different Portugal. Political intervention is transmitted through the voices and looks of the characters, which echo their greatest fears.

Description

Tese de Mestrado em Estudos de Língua Portuguesa, apresentada à Universidade Aberta

Keywords

Medo Revolução Ditadura Portugal Fear Revolution Dictatorship

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue