Repository logo
 
Publication

A cultura do Estado Novo (1930-1960)

datacite.subject.sdg04:Educação de Qualidadept_PT
datacite.subject.sdg05:Igualdade de Géneropt_PT
datacite.subject.sdg10:Reduzir as Desigualdadespt_PT
datacite.subject.sdg16:Paz, Justiça e Instituições Eficazespt_PT
dc.contributor.authorMelo, Daniel
dc.date.accessioned2024-10-18T15:03:11Z
dc.date.available2024-10-18T15:03:11Z
dc.date.issued2024-04
dc.description.abstractDos anos 30 aos anos 50 muitas transformações se deram na cultura e na educação portuguesas, tal como no resto do mundo. Mas, estando então o país sujeito a uma das mais longas ditaduras contemporâneas, a mudança foi mais lenta e tiveram mais impacto as tendências autoritárias e conservadoras, bem como o papel do Estado. Com efeito, à I República marcada pela efervescência e pluralismo de intervenções – na afirmação de correntes modernistas, no reforço de experiências de democratização cultural como as universidades e bibliotecas populares, etc. – sucede uma Ditadura Militar, em 1926, cujo programa mínimo foi um nacionalismo de direita, inspirado na fórmula fascista italiana e em correntes autoritárias, integralistas (como o Integralismo Lusitano e a Action Française) e conservadoras (integrismo católico e democracia cristã). Com a constitucionalização desta ditadura em «Estado Novo», novas fontes de inspiração e diálogo emergem: o nazismo, o varguismo brasileiro, o franquismo e um certo modelo desenvolvimentista, controlado desde cima. Esta tensa convergência de influências e interesses será aproveitada por António de Oliveira Salazar para firmar a sua condição de ditador incontestado e inamovível, arbitrando vontades e compondo equilíbrios em prol duma superior política nacional, que de tudo se ocupará, incluindo duma cultura que serve para trabalhar a imagem do regime e duma instrução pública que serve agora a «educação nacional». Se no campo literário a oposição tem ascendente duradouro, já nas artes plásticas e na arquitectura o regime consegue aliciar muitos modernistas, para conciliarem formulações de vanguarda com a exaltação do nacional, do historicista, do tradicional e da sugestão folclórica. Na educação, a escola oficial torna-se um espaço central. Abrindo o foco, as contradições e conflitos internos mais marcantes deste período fizeram-se em torno da relação entre tradição e moderno, entre particular e universal, entre formação para grupos restritos ou para todos, entre quantidade e qualidade, entre autonomia e controle artístico. Este regime fechado – por natureza mais avesso a mudanças – marcará de modo indelével a evolução da cultura e da educação. Desde logo porque a expressão do pensamento e o pluralismo serão fortemente cerceados, com a propaganda, a censura e a repressão políticas, sustentáculos essenciais da «nova ordem». Ainda assim, subsiste algum experimentalismo vanguardista e afirmam-se novas correntes artístico-literárias, como os modernistas da revista Presença (1927-40), os neo-realistas, os surrealistas, todos contrários à ditadura. A estas acrescem tendências existencialistas, mundividências espirituais marcadas pelo catolicismo e/ou pelo neo-romantismo, além de se reforçar a corrente nacionalista.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationMELO, Daniel (2024), “A cultura do Estado Novo (1930-1960)”, in Nuno Gonçalo Monteiro e António Costa Pinto (dir.), História cultural contemporânea. Portugal: 1808-2010, Lisboa, Objetiva, p. 165-210, ISBN 978-989-787-540-3.pt_PT
dc.identifier.isbn978-989-787-540-3
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.2/16651
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherObjetivapt_PT
dc.subjectHistória de Portugalpt_PT
dc.subjectHistória culturalpt_PT
dc.subjectHistória contemporâneapt_PT
dc.subjectDitadurapt_PT
dc.subjectHistória dos intelectuaispt_PT
dc.subjectResistência culturalpt_PT
dc.subjectHistória do livropt_PT
dc.subjectHistória da ediçãopt_PT
dc.subjectCensurapt_PT
dc.subjectRepressão culturalpt_PT
dc.titleA cultura do Estado Novo (1930-1960)pt_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapt_PT
oaire.citation.endPage210pt_PT
oaire.citation.startPage165pt_PT
oaire.citation.titleHistória cultural contemporânea. Portugal: 1808-2010pt_PT
person.familyNameMelo
person.givenNameDaniel
person.identifierH-2176-2011
person.identifier.ciencia-id071E-92AA-A686
person.identifier.orcid0000-0003-4573-3497
person.identifier.scopus-author-id39763753900
rcaap.embargofctA editora apenas permitiu a divulgação de cópia do livro em acesso restrito e autorizado pelos autores.pt_PT
rcaap.rightsrestrictedAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT
relation.isAuthorOfPublication04106df6-8e67-4296-8bb3-abb079466e6c
relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery04106df6-8e67-4296-8bb3-abb079466e6c

Files

Original bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
melo cap a cultura no estado novo (2024).pdf
Size:
849.45 KB
Format:
Adobe Portable Document Format
License bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
license.txt
Size:
1.97 KB
Format:
Item-specific license agreed upon to submission
Description: