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O sujeito em Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e António Ferro : crise e superação

datacite.subject.sdg04:Educação de Qualidade
dc.contributor.advisorReis, Carlos
dc.contributor.authorVila Maior, Dionísio
dc.date.accessioned2013-04-18T12:17:42Z
dc.date.available2013-04-18T12:17:42Z
dc.date.issued2001
dc.descriptionTese de Doutoramento em Estudos Portugueses e Franceses na especialidade de Literatura Portuguesa apresentada à Universidade Abertapor
dc.description.abstractNeste estudo, procurou-se empreender um exercício analítico assente numa avaliação gradativa, tendo sempre em conta uma visão integrante de conjunto, bem como a conformidade a dois objetivos primordiais: por um lado: redimensionar linhas de leitura que delimitam a problemática da crise do sujeito na esfera da produção estético-literária de Pessoa, Almada, Sá-Carneiro e Ferro — uma problemática normalmente circunscrita pelas ideias de incerteza, angústia e desassossego; por outro lado: demonstrar a tese segundo a qual aquela crise poderia ser avaliada de acordo com uma dinâmica afirmativa — dinâmica essa da qual, numa primeira abordagem, a noção de crise se desviaria. Ao tentar demonstrar essa tese, procurou-se analisar a extrema lucidez que cada um dos quatro autores possuía de si mesmo, bem como o alcance da especificidade da prática literária, ligados que estavam à ideia de superação de uma crise que os inquietava, bem como à ideia de totalidade. Por isso, por diversas vezes encaram o ato de escrita como uma atividade através da qual consideram poder aceder, pelo menos de um ponto de vista estético, a uma determinada plenitude. E se, entre eles, as considerações são semelhantes, também não é menos verdade que as estratégias utilizadas não se distanciam muito: ou pela produção de ismos, ou pela atitude alteronímica, ou pela quase enciclopédica teorização sobre os mais diversos assuntos, ou ainda pela exploração de questões relacionadas com o reconhecimento da sua obra pela posteridade, os quatro autores acabam por se distinguir como sujeitos em busca, no fundo, da sua própria identidade. Ora, confirmando-se o alcance e o interesse hermenêutico dos exercícios comparativos desenvolvidos, o âmbito de pesquisa das potencialidades informativas comprometemo-nos, então, com a perceção destes autores como sujeitos em busca de uma plenitude. Essa perceção encontra-se ligada ao conceito de sujeito genial, com qualidades sublimadas. As reflexões apresentadas convergem, então, em duas linhas de leitura motrizes: uma, atinente à equacionação pelos quatro autores da ousadia em querer alcançar a totalidade — por esta noção se colocando em causa o próprio sentido negativo de crise; a outra linha, regida pela noção segundo a qual poderemos compreender melhor o modo como Pessoa, Sá-Carneiro, Almada e Ferro encaram o homem de excelência, um homem com qualidades e objetivos superlativos. Procurou-se, então, ver de que forma atestam, cada um a seu modo, uma preocupação fundamental: condicionar a representação da crise do sujeito pela instauração de um outro nível de integração estética, isto é, um nível capaz de os conduzir à representação que de si fazem enquanto sujeitos marcados pelo “ardente desejo de totalidade”. A partir daqui, são sistematizados princípios e estratégias de incidência estético-literária que permitem perceber melhor a problemática deste sujeito de exceção, cuja obra permanecerá… o mesmo que Almada Negreiros diz ter as qualidades para “influenciar milhões” e “construir civilização”; o mesmo, afinal, que cada um dos quatro autores (tácita ou explicitamente) considera ser. Em que termos aquela totalidade tantas vezes almejada por cada um deles se relaciona com a dimensão afirmativa da crise do sujeito é, portanto, o que pretende nesta tese, em última instância, demonstrar — o que permitiu, só depois, retirar a ilação final. Essa ilação aponta para uma noção segundo a qual o sujeito pode transcender qualitativamente qualquer motivação ou circunstância que determine a produção ou o perfilhamento de uma mensagem literária dependente de uma conceção desassossegada. E se se legitimar o intuito de empenhamento em consonância com essa transcensão, convalida-se o sentido estético, inteligível no plano das sugestões teóricas, que outorga a articulação orgânica entre uma plangente negatividade e um fulgente triunfalismo. E justamente porque também se analisou de que forma Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e António Ferro se ocuparam da interação negatividade / triunfalismo, pudemos inferir que, em muitos dos seus textos, prevalece colateralmente a noção de que a ideia de plenitude (ou estética, ou literária, ou identitária) se pode afinal encontrar no entusiasmo depositado por cada sujeito no propósito de com essa plenitude conviver.
dc.identifier.citationVila Maior, Dionísio - O sujeito em Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e António Ferro [Em linha] : crise e superação. Lisboa : [s.n.], 2001. 644 p.por
dc.identifier.tid101100116
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.2/2521
dc.language.isoporpor
dc.subjectMário de Sá Carneiro, 1890-1916por
dc.subjectAntónio Ferro, 1895-1956por
dc.subjectFernando Pessoa, 1888-1935por
dc.subjectLiteratura portuguesapor
dc.subjectModernismopor
dc.subjectSéculo XXpor
dc.subjectCultura portuguesapor
dc.subjectAlmada Negreiros, 1893-1970
dc.titleO sujeito em Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e António Ferro : crise e superaçãopor
dc.typedoctoral thesis
dspace.entity.typePublication
person.familyNameVila Maior
person.givenNameDioníasio
person.identifier.ciencia-id7A1D-3726-CD73
person.identifier.orcid0000-0002-5425-0051
rcaap.rightsrestrictedAccesspor
rcaap.typedoctoralThesispor
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