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Research Centre for General and Applied Linguistics

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Discurso, texto e género: abordagens díspares ou complementares?
Publication . Santos, Joana Vieira; Silva, Paulo Nunes da
O artigo discute a possibilidade de construir um modelo compósito para análise de géneros em Estudos do Discurso. Compara o conceito de género no Interacionismo Sociodiscursivo (ISD, Bronckart, 1997), na Linguística Sistémico-Funcional (Rose e Martin, 2012) e na Linguística Textual (Adam, 2008), sublinhando divergências e abordagens comuns. O modelo inclui contributos do Discurso Académico em Inglês, como os movimentos e passos da fórmula Create a Research Space (Swales, 1990, 2004), tal como adaptados por Bunton (2002) às introduções de teses de doutoramento; pacotes lexicais (Biber, 2005) e mecanismos de realização textual (Coutinho e Miranda, 2009). Este modelo é aplicado à análise de textos retirados do género incluído introdução em 60 artigos científicos publicados entre 2013 e 2022. Independentemente da área disciplinar, emergem padrões de pacotes lexicais no plano composicional do texto, uma preferência por ligações lógicas de oposição num esquema problema-solução e opções por adjetivos persuasivos para caracterizar a pesquisa. Estes resultados sugerem haver vantagens em combinar conceitos de enquadramentos distintos na análise dos géneros textuais.
Géneros textuais, oralidade e escrita no discurso académico: conceptualizações e contextos
Publication . Barbeiro, Luís Filipe; Caels, Fausto; Marrengula, Emília; Alexandre, Marta Filipe; Silva, Paulo Nunes da; Marques, Carla; Faquir, Osvaldo; Sitoe, Marta
A língua constitui-se em discurso ao ser utilizada num contexto. Nessa utilização, procura alcançar objetivos sociocomunicativos ligados aos diferentes campos da atividade humana. Não constitui somente um instrumento, um instrumento de comunicação, mas consiste num elemento estruturante das nossas vivências, configurando e reconfigurando a própria atividade social. Nesta, expressa e constrói o conhecimento, o posicionamento e a atuação do sujeito, em interação com os outros, ou seja, integrado numa comunidade. A comunidade em que o sujeito se integra faculta-lhe o domínio do sistema da língua, oral e escrita, e também padrões da sua organização em texto e em discurso. Estes padrões estão associados à sua utilização nos diversos contextos para alcançar finalidades. A apropriação desses padrões faz-se ou consolida-se, de forma geral, pela própria participação nas (sub)comunidades em que são utilizados. A essa dimensão, junta-se uma outra: a aprendizagem explícita proporcionada pela escola. A análise e descrição do discurso serve de base à aprendizagem escolar, relativa ao conhecimento do próprio discurso. Contudo, esta aprendizagem não se circunscreve à capacidade de enunciação das características encontradas e aprendidas. O seu alcance estende-se à própria atuação, ou seja, à concretização na comunidade da utilização da língua. Deste modo, a aprendizagem e as conceptualizações que estão na sua base projetam novamente o discurso para a comunidade. O papel das conceptualizações é, assim, relevante, nas duas dimensões: para construir o conhecimento e para mobilizar esse conhecimento em novas utilizações. O presente livro incide sobre as dimensões referidas: a sistematização ou organização do conhecimento por meio da conceptualização e a análise de concretizações do discurso, em contextos específicos, tendo como finalidade alargar e configurar essa utilização, segundo novas potencialidades.
O conceito de género na linguística sistémico-funcional e no interacionismo sociodiscursivo
Publication . Alexandre, Marta Filipe; Silva, Paulo Nunes da; Barbeiro, Luís FIlipe; Caels, Fausto; Marrengula, Emília
Este artigo apresenta um conjunto de reflexões em que se compara e contrasta as conceções de género inerentes à Linguística Sistémico-Funcional (LSF) e ao Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), tendo como objetivo sistematizar as semelhanças e as diferenças entre ambas. Ainda que, nos dois enquadramentos, se use a designação “género”, as etiquetas e as classes consideradas, bem como os critérios adotados para as identificar e delimitar, são distintos. Uma reflexão crítica e a subsequente sistematização justificam-se, então, para evitar equívocos suscitados pelo uso da mesma designação para referir conceitos diferentes e classes genológicas distintas. Partindo da contextualização inicial do problema, expõem-se os elementos fundamentais para o entendimento do conceito de género no âmbito da LSF e do ISD e procura-se avançar com uma análise comparativa das propriedades inerentes às classificações em géneros no âmbito destas duas correntes teóricas. Por fim, são sistematizadas as diferenças entre as duas perspetivas acerca dos géneros e são indicadas as características que estão na origem das diferenças mais relevantes. Entre os resultados, destaca-se o que sublinha os pontos de contacto entre a classificação em famílias de géneros da LSF (Rose & Martin, 2012) e as classificações em tipos de textos (Werlich, 1983), proposta no seio das gramáticas textuais, e em sequências textuais (Adam, 1992), proposta no âmbito da Linguística Textual.

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