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- Considerações sobre o gênero da primeira parte do «Compêndio Narrativo do Peregrino da América» (1728)Publication . Lachat, MarceloEste trabalho discute o gênero da primeira parte do Compêndio Narrativo do Peregrino da América (1728), de Nuno Marques Pereira. Com base nos indícios que se encontram nessa obra de ficção em prosa do século xviii, propõe-se que ela consiste em uma «história fingida», conforme a concepção desse gênero de história que se esboça no diálogo i de Corte na Aldeia (1619), de Francisco Rodrigues Lobo. Não tendo a pretensão de definir tal gênero (ou espécie), este artigo apresenta considerações que visam a contribuir para uma leitura crítica do Peregrino da América adequada às letras portuguesas e luso-brasileiras da primeira metade do Setecentos.
- Apresentação [do] Dossiê Temático: Arte(fatos) e Expedientes HistóricosPublication . Felipe, Cleber; Chauvin, Jean Pierre; Lachat, MarceloDesde meados do século XX, as investigações literárias passaram a se orientar por critérios relacionados à materialidade, produção e circulação dos textos, levando em conta os gêneros a que se filiam, as circunstâncias de escrita, os estilos de elocução e a audiência (mais ou menos heterogênea), constituída por leitores discretos ou vulgares; cortesãos ou burgueses, etc. Sob essa perspectiva, categorias um tanto congeladas, como «autor», «obra» e «público», assim como as noções de história e literatura, são construtos datados, multifacetados. Para manuseá-los é preciso desnaturalizar o sistema hegeliano, que emprega termos como «evolução» e «progresso» para dividir e dispor os movimentos artísticos em sucessões homogêneas, que nasceriam de rupturas e, supostamente, não dialogariam entre si. Os textos aqui reunidos trazem em comum um quesito fundamental, que consiste em estimular o diálogo entre a literatura, a história e outras artes. Dado o caráter interdisciplinar deles, o leitor perceberá que os artigos discorrem sobre códigos artísticos; discutem conceitos; resgatam expedientes retóricos e poéticos; problematizam os gêneros literários e iconográficos, etc., sem negligenciar as sutilezas políticas, teológicas, estilísticas e institucionais subjacentes à recepção crítica do que se produziu em outros tempos e lugares.