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  • Da ars historica : a cronística portuguesa da expansão no confronto com a alteridade : (1ª metade do séc. XVI)
    Publication . Avelar, Ana Paula; Tavares, Maria José Ferro
    A dissertação tem como objectivo demonstrar a existência de um modelo de escrita da História comum aos cronistas da Expansão na primeira metade do séc. XVI, assumindo como núcleo de análise a História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses, de Fernão Lopes de Castanheda, a Ásia…, de João de Barros e as Lendas da Índia, de Gaspar Correia. Considerando que estes textos denunciam uma concretização específica de afirmação de poder, o de um autor, o cronista, e o de um reino, Portugal afirmando-se num Oriente e numa Europa. Deste modo, desvendamos quer os processos de construção de um texto quer o cronista, o arquitecto da História que escreveu; o agente que se deseja tradutor da realidade. Consequentemente, revelamos estruturas temáticas que, no espelhar de vivências, denunciam a formulação ou recuperação de ficções ou imaginários. Fundamentamos o nosso percurso analítico a partir do princípio metafórico da viagem, a nossa, e a dos homens de Quinhentos. Definimos assim três momentos aos quais correspondem três capítulos. No primeiro – À descoberta do sujeito e da História- A construção da Ars Histórica-, observamos de que forma se concebe um modelo de cronista da Expansão, em diálogo com a percepção de novas formas de ver o espaço e os outros. No segundo – A viagem – Desvendando a diferença, construindo a novidade-, analisamos a concepção de um paradigma em torno da primeira viagem de Vasco da Gama, entendendo-se igualmente o conceito de viagem como percurso iniciático e indiciador dos primeiros contactos com as novidades. No terceiro – Construções do Outro nos horizontes da Ars Histórica-, centramo-nos na chegada à Índia e nos vários processos de conhecimento do Outro, sejam eles a memória do que foi feito e dito, ou a actuação pessoal. Com este percurso metodológico propomos uma abordagem do objecto, sustentada pelo desvendar de afinidades, interacções e diálogos, que nos permitem entender os textos da Expansão num espaço mais amplo de um tempo novo que emerge.
  • Do orientalismo de António Lopes Mendes nos escritos sobre O Oriente e a America..
    Publication . Avelar, Ana Paula
    A escrita de António Lopes Mendes (1835-1894) revela como, no nosso século XIX, se vivenciou o orientalismo em Portugal. É tendo em atenção o modo como foi entendido o conceito de império e percecionada a sua evolução que se devem ler os seus textos, seja A India Portugueza: breve descripção das possessões portuguezas na Ásia, o qual foi pela primeira vez publicado em Lisboa em 1886, sejam os escritos vários que redige sobre a América, muito em particular sobre o Brasil. Foi exatamente quatro anos depois da saída da sua India Portugueza que Lopes Mendes publicou na mesma editora (Imprensa Nacional) o seu O Oriente e a America: Apontamentos sobre os Usos e Costumes dos Povos da India Portugueza Comparados com os do Brazil. Estas narrativas são o nódulo da sua análise. Parte-se do conceito multissecular de memória imperial, atendendo tanto ao modo como Lopes Mendes o concebe no contexto alargado do seu tempo e como manipula as suas etno e ideo-paisagens nos espaços imperiais que descreve.
  • A imagem de Magalhães pelas vozes de António Pigafetta e Giovan Battista Ramusio
    Publication . Avelar, Ana Paula
    Tendo como nódulo analítico a compilação de viagens, Delle Navigationiet Viaggid e Giovan Battista Ramusio, analisa- se como, no século XVI, se construiu uma imagem de Fernão de Magalhães e da sua viagem de 1519 às “Índias”. Aplicando instrumentos hermenêuticos usados pelos “Encounter studies“ e conceitos como tradução cultural desoculta-se, a partir da descrição da viagem magalhânica de Antonio Pigafetta, e da sua incorporação numa colectânea de textos, o perfil de um comandante. Nesta análise expõe-se como Pigafetta transmite as acções que testemunhou e com o seu olhar se transfigura quando as suas palavras são incorporadas numa compilação de viagens como a Giovan Battista Ramusio.