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- Octopus fishing in the Tagus estuary and contributions to sustainable managementPublication . Santos, Marco Pais Neves dos; Seixas, SóniaThe Tagus estuary, in Portugal, with about 320 km2, is one of the largest estuaries in Europe, thus, several fishing communities dedicated to octopus’ fisheries can be found in it. For the first time, a comprehensive study was done with report to all the vessels triangulated with the answers of all fishermen, which allows us to know the exact quantity captured in the estuary. For this purpose, in 2018, data from all vessels were collected and all the fishermen were interviewed. In this study, the different types of fishing gears employed are described, as well as the purpose and the procedures of their construction. On the other hand, the real volume of captures in the estuary and the fishing efforts were thoroughly calculated. Furthermore, the main problems reported in this activity were: environmental damages, legal issues, usages and the relationship between all the intervenients in the process. In the end, several changes were proposed in the management of sustainable octopus’ fisheries in this area, which can be replicated to other areas.
- A pesca enquanto atividade humana: pesca artesanal e sustentabilidadePublication . Santos, Marco Pais Neves dos; Seixas, Sónia; Aggio, Raphael Bastos Mareschi; Hanazaki, Natalia; Costa, Monica; Schiavetti, Alexandre; Dias, João Alveirinho; Azeiteiro, UlissesEste trabalho, numa abordagem monográfica, descreve a evolução da relação humana com os recursos pesqueiros marinhos, nomeadamente a evolução da relação portuguesa e brasileira com tais recursos. A perspetiva enquadrante é a da Pesca Artesanal e Sustentabilidade das Pescas. A pesca artesanal representa uma atividade aglutinadora de valor económico e social, e serve de âncora para diversas atividades a jusante e a montante das pescas, inclusive para o setor turístico. No entanto, não é objeto de grande atenção, ou até mesmo esquecida, por oposição com o que se verifica com a pesca industrial. Em Portugal representou uma alternativa permanente à pesca longínqua, uma almofada para as oscilações ocorridas na pesca industrial, tal como se verificou aquando da restruturação da frota de pesca por altura dos choques petrolíferos ocorridos em 1973/74. No entanto, apresenta-se em decadência acentuada, com um número de efetivos reduzido e envelhecido (não consegue estimular os jovens), pouco lucrativa, e está ameaçada pela crescente regulamentação imposta pela União Europeia no âmbito da Politica Comum de Pescas (PCP), sobretudo no que diz respeito à pesca artesanal de xávega. Desvalorização similar ocorre no contexto brasileiro. Além disso, a realidade brasileira mais recente realça o valor de áreas protegidas marinhas como as Reservas Extractivistas (RESEX) e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) enquanto ferramentas de Conservação e Sustentabilidade. A sustentabilidade só pode ser assegurada enquanto não forem esquecidos os pescadores artesanais e de subsistência, inseridos nas suas Comunidades Piscatórias e capacitados para intervir nos processos Participativos e de Governança da Zona Costeira. Também os seus Conhecimentos Plurais e saberes locais devem ser incorporados nas soluções técnicas de gestão costeira, a par com a valorização social da própria atividade pesqueira. Por outro lado, para que a pesca artesanal possa ser assegurada em continuidade, eoferecer vantagens competitivas, é necessário que a atividade seja considerada fundamental para a conservação da natureza (devido às artes seletivas), para o desenvolvimento sustentado do setor e para o desenvolvimento local (criando emprego, sinergias e complementaridades, preservando a memória das comunidades locais). Sobretudo é necessário valorizar os produtos decorrentes desta pesca, porque os pescadores produzem um pescado de elevada qualidade e frescura, em nada inferior ao proveniente da pesca industrial, fundamental para a saúde e qualidade de vida das populações e capaz de responder às exigências dos “eco-consumidores”.