Repository logo
 

Search Results

Now showing 1 - 4 of 4
  • A ocupação neolítica de Leceia (Oeiras) : materiais recolhidos em 1987 e 1988
    Publication . Cardoso, João Luís; Soares, Joaquina; Silva, Carlos Tavares da
    Desde a quarta campanha de escavações realizada no povoado pré-histórico de Leceia (1986) que ficou definitivamente comprovada a existência de uma ocupação neolítica no local, consubstanciada por uma camada directamente assente no substrato geológico, imediatamente sob a sucessão calcolítica, representada pelas três fases culturais identificadas na Estremadura: o Calcolítico inicial, o Calcolítico pleno e o Calcolítico final (período representado pelas cerâmicas campaniformes). Leceia passou a constituir, deste modo, o povoado pré-histórico da Estremadura com a mais completa sucessão cultural conservada, com expressão estratigráfica (CARDOSO et al., 1987; CARDOSO, 1989, 1994, 1995). Neste trabalho serão estudados os materiais correspondentes à primeira fase de ocupação, exumados em 1987, em estrutura habitacional arrasada, subjacente às fundações da segunda linha defensiva, esta última datada da base do Calcolítico inicial - a Estrutura R - e em 1988, em estrutura igualmente muito mal conservada - a Estrutura QQ - representada por um muro rectilíneo, de finalidade desconhecida. Nos anos ulteriores, a camada neolítica foi atingida em diversos locais da área que, progressivamente, veio a ser escavada, configurando a existência, no Neolítico final, de um vasto povoado aberto que teria ocupado boa parte da extensa plataforma calcária, dominando todo o vale da ribeira de Barcarena até à sua confluência com o Tejo, 4 km a jusante. O grande volume de materiais ulteriormente exumados nesta camada, justifica estudo a ser concretizado logo que possível, o qual poderá precisar algumas das conclusões obtidas dos materiais dos dois loci agora estudados.
  • A ocupação do Neolítico Antigo do povoado do Carrascal (Leceia, Oeiras)
    Publication . Cardoso, João Luís; Silva, Carlos Tavares da; Soares, Joaquina
    Do período de quase 500 anos em que se observou coexistência sem sobreposição territorial entre os grupos neolíticos de cerâmica predominantemente impressa (incluindo, naturalmente, a cardial) da Estremadura e os grupos mesolíticos do vale do Tejo, entre cerca de 5400 e cerca de 5000 anos a.C., evoluiu-se para outra realidade, em que as cerâmicas incisas se desenvolvem, situável entre finais do VI e abarcando todo o V milénio a.C. É nessa altura que, finalmente, se deverá ter produzido interacção entre as comunidades neolitizadas e as derradeiras comunidades mesolíticas sedeadas nos concheiros, conforme atestam as cerâmicas do Neolítico Antigo Evolucionado encontradas nas camadas superiores dos concheiros do vale do Tejo (FERREIRA, 1974), bem como nos concheiros do vale do Sado, de que é exemplo o concheiro do Cabeço do Pez (SANTOS, SOARES & SILVA., 1974). Resta, contudo, saber se não se trata de simples reocupações dos mesmos sítios, depois de intervalos de abandono mais ou menos longos.