História, Arqueologia e Património | Capítulos/artigos em livros nacionais / Book chapters/papers in national books
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- Os Impérios da História do Antigo Egito: em torno do conceito de “Império”Publication . Sales, José das CandeiasNo seio da Egiptologia científica portuguesa convencionou-se uma divisão da história da civilização faraónica em três períodos principais designados por «Império», isto é, três épocas de grande estabilidade política e apogeu civilizacional: o Império Antigo, o Império Médio e o Império Novo. Será, todavia, adequada a aplicação do conceito de «império» para estas épocas da história egípcia? No contexto lusófono, este conceito é o que melhor exprime, representa e discrimina o sentido do que se pretende qualificar? É este o termo que se adequa com maior clareza e propriedade ao que pretendemos significar? É essencialmente em torno da procura de resposta a estas questões que se desenvolve o presente texto. A nossa reflexão organiza-se em torno das características essenciais e definidoras da classificação e do conceito de «império» e da «validade» da sua aplicação ao caso da antiga história egípcia.
- Literacia e bilinguismo : novas configurações da administração egípcia no período ptolomaicoPublication . Sales, José das CandeiasA escrita foi sempre uma actividade fundamental na realidade existencial do antigo Egipto. Desde muito cedo, a profissão de escriba gozou de enorme prestígio, como ocupação administrativa segura e valiosa e como exercício mágico de registo e de criação. Muitos altos sacerdotes eram igualmente escribas (sacerdotes-funcionários). No Período Ptolomaico, a política dos novos senhores do Egipto, com a assumida política pro-helénica e com o consequente afastamento dos Egípcios dos níveis superiores das administrações central, promoveu particularmente a língua grega como língua de administração e estimulou o interesse dos Egípcios das classes de nível mais elevado por se assimilarem à língua dos conquistadores, alterando assim profundamente a situação linguística do país. A importação e utilização do grego como língua oficial pública e obrigatória, processo lento mas inexorável, representou, portanto, uma alteração radical nos hábitos intelectuais multimilenares do Egipto. Neste sentido, o (novo) bilinguismo assumiu outra característica preponderante: excedeu a sua dimensão pragmática para se tornar num elemento fundamental da relação de força entre as culturas em presença. A complexidade do bilinguismo alexandrino não deve, porém, ser analisado apenas sob o prisma dos indivíduos, o mesmo é dizer que o bilinguismo se construiu também em função da relação linguística. É preciso, segunda esta concepção, considerar as circunstâncias envolventes do fenómeno linguístico, apurar que tipo de grego se falava (e escrevia) e perceber se se tratava de um bilinguismo superficial ou profundo.