Educação Multicultural
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Browsing Educação Multicultural by Subject "Atitude"
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- Intimidade em adolescentes de diferentes grupos étnicosPublication . Pinto, Maria da Conceição Paninho; Neto, FélixEsta tese procurou analisar a Intimidade na Amizade e no Amor em adolescentes de diferentes grupos étnicos a residir em Portugal e a frequentar o ensino secundário, considerando a importância sociocultural das relações interpessoais. A Intimidade na Amizade como uma condição para preservar o bem-estar (Prager, 1995) e um postulado necessário para alcançar a felicidade (Argyle, 2001; Lees, 1993) foi analisado com as Atitudes em relação ao Amor tendo em conta a influência das relações íntimas e a importância decisiva do amor para a sociedade (Neto, 1998). Foram realizados dois estudos. O primeiro apresenta a adaptação à população portuguesa da Escala da Intimidade nas Relações de Amizade entre amigos do mesmo sexo (Intimate Friendship Scale – IFS, Sharabany, 1994). O estudo foi aplicado a 341 estudantes do ensino secundário sendo analisadas as características psicométricas da escala que comprovam a sua unidimensionalidade. Verificou-se que o género influencia a intimidade nas relações de amizade, tendo as raparigas scores mais elevados. No que se refere à religião, pode dizer-se que os adolescentes que tinham religião tinham scores mais elevados. Para além da escala da intimidade, utilizaram-se outros instrumentos – a escala da solidão (UCLA) e a escala da satisfação com a vida (SWLS). Conforme os resultados obtidos a intimidade nas relações de amizade correlaciona-se positivamente com a satisfação com a vida e negativamente com a solidão. O segundo estudo pretende fornecer elementos que permitam a reflexão sobre a influência da diversidade étnica na amizade com o amigo do mesmo sexo e as atitudes face ao amor com o namorado(a) em adolescentes entre os 16 e os 19 anos. A amostra é constituída por 1359 adolescentes sendo 589 rapazes e 770 raparigas, pertencentes a 7 grupos étnicos. Os resultados encontrados no estudo final em relação à amizade são semelhantes aos encontrados no estudo preliminar. As raparigas, os adolescentes crentes e praticantes e os que estão apaixonados apresentam scores mais elevados de intimidade nas relações de amizade. As relações de amizade são influenciadas positivamente pela satisfação com a vida e com a felicidade e negativamente com a solidão. Foram encontradas diferenças significativas nos diferentes estilos de amor em relação ao género – os rapazes são mais lúdicos, mais pragmáticos e mais altruístas; em relação à prática religiosa, os adolescentes crentes e praticantes revelaram ser mais Ludus e menos pragmáticos, os não praticantes (crentes e não crentes) são mais pragmáticos e os que não são crentes nem praticantes são mais eróticos e mais stórgicos. No que se refere aos grupos étnicos estudados os estudantes cabo-verdianos e os guineenses são os mais eróticos e os moçambicanos e os portugueses os menos; os moçambicanos e os guineenses são os mais pragmáticos e os são-tomenses e os indianos os menos e os guineenses são os mais altruístas. Ter um(a) melhor amigo(a), ter namorado(a) e estar apaixonado também influenciou os estilos de amor. No que se refere às outras medidas psicológicas utilizadas no estudo, pode dizer-se que os jovens mais satisfeitos com a vida são mais eróticos e mais pragmáticos e menos maníacos, os mais felizes são mais eróticos, mais lúdicos, mais stórgicos e mais pragmáticos e menos maníacos. Os adolescentes que têm scores mais elevados de amizade com amigos do mesmo sexo são mais eróticos e maníacos, correlacionando-se negativamente com os estilos Ludus e Pragma. Na escala da solidão encontraram-se relações positivas e significativas com os estilos Ludus, Pragma e Ágape e negativas com o Mania. Os resultados obtidos são discutidos em função dos quadros teóricos que fundamentaram a investigação efectuada.
- Jovens da Europa e do Magrebe entre alfândegas e pontos do Mediterrâneo [Em linha] : uma abordagem comparativa e interculturalPublication . Cunha, Albino; Ferreira, Manuela Malheiro; Piepoli, Sónia Infante Girão FriasO principal inimigo nas relações entre países, povos e culturas é a ignorância e o desconhecimento, geradores de incompreensões e mal-entendidos, preconceitos e discriminações, especialmente, num mundo globalizado marcado pela aceleração da informação e da comunicação. Neste sentido, a educação, através da escola, ao promover a dimensão do conhecimento intercultural, constitui uma das melhores formas de reconciliar pontos de vista diferentes e permitir que prevaleçam os valores de compreensão e de aceitação do «outro» e de comunicação com «o outro.» O presente estudo pretende explorar, identificar e analisar os conhecimentos culturais, as perceções, os valores e os imaginários de jovens alunos de escolas secundárias públicas da Europa do Sul e do Magrebe, mais precisamente, de Lisboa, Madrid, Paris e Rabat, (Argel), Tunes, no contexto de um espaço civilizacional comum que é o Mediterrâneo. Procurámos valorizar o papel que poderá ter a educação intercultural, num espaço de forte mobilidade transfronteiriça, para o desenvolvimento de boas práticas relacionais e para a aquisição de competências interculturais. Procurámos, ainda, identificar o contributo dos jovens na construção do projeto mediterrânico considerando o contexto e a proximidade geográficos, o legado cultural e histórico, o desenvolvimento económico e a dinâmica da mobilidade humana, em particular, pelo contexto geocultural do estudo, entre o Magrebe e a Europa. Para alcançar estes objetivos, adotámos uma metodologia consubstanciada numa perspetiva comparativa e intercultural. Desenvolvemos duas componentes analíticas. Uma primeira, de natureza mais teórica, consubstanciou-se no desenvolvimento do paradigma da pluralidade mediterrânica na análise e estudo das práticas e contextos de atuação culturais. Uma segunda, de natureza mais empírica, consubstanciado na aplicação de um inquérito por questionário, procurou explorar e analisar a valorização do conhecimento intercultural no meio escolar (ensino secundário) como mecanismo operacional para diluir a estigmatização cultural e para promover uma melhor mobilidade humana, individual e coletiva. Dos procedimentos de recolha da informação através da aplicação de um inquérito por questionário e da sua respetiva análise quantitativa e qualitativa, resultou a verificação de um conhecimento intercultural pouco consistente entre os jovens europeus e magrebinos, embora os jovens magrebinos mostrem mais interesse em conhecer os seus pares europeus; a importância do conhecimento intercultural entendido simultaneamente como conhecimento de si e do outro para um melhor entendimento entre culturas; e, por último, um desconhecimento significativo do Mediterrâneo como referência cultural comum embora aqueles jovens mostrem a relevância de se aprender mais e melhor acerca do Mediterrâneo.
- Religiosidade em alunos e professores portuguesesPublication . Ferreira, Ana Maria Mendes dos Santos Veríssimo; Neto, FélixEsta tese pretende analisar a religiosidade em alunos e professores, sendo a religiosidade entendida como o grau de ligação ou aceitação que cada indivíduo tem face à instituição religiosa (Alston, 1875) e à forma como põe em prática as crenças e os rituais (Shafranske e Malony, 1990). Para medir a religiosidade foram utilizados diversos instrumentos – a escala de Atitudes face ao Cristianismo, a escala de Orientação Religiosa, a escala de Internalização Religiosa Cristã, a escala do Bem-estar Espiritual e a escala Comportamental da Religiosidade, que foram validados para a população portuguesa. O trabalho foi organizado em duas partes – o enquadramento teórico e estudos empíricos. No enquadramento teórico foram focados diversos aspectos da religiosidade, a influência das variáveis socio-psicológicas e a religiosidade, o envolvimento social e o bem-estar. No que se refere à segunda parte, foram realizados três estudos – o estudo piloto (com 323 alunos do ensino superior) que teve como principal objectivo validar em Portugal os instrumentos a utilizar nos estudos finais, um estudo sobre a religiosidade com 602 alunos e um sobre a religiosidade numa amostra de 743 professores. Nos estudos finais foram analisadas as influências de diversas variáveis nas medidas de religiosidade em estudo, podendo dizer-se que o género, a idade, a prática religiosa e a frequência da igreja influenciam a religiosidade, as alunas e as professoras mais velhas e crentes praticantes, que frequentam a igreja com mais assiduidade têm níveis mais altos nas atitudes face ao cristianismo, na orientação intrínseca, na identificação, no bem-estar religioso e nos comportamentos religiosos do que os alunos e professores. No estudo realizado com alunos verificou-se que as raparigas com atitudes mais favoráveis ao cristianismo sentem-se menos sós; os intrínsecos são mais satisfeitos com a vida e têm mais ansiedade face à morte; os extrínsecos são menos felizes, mais sós e mais ansiosos face à morte; os alunos com maior nível de identificação têm maior ansiedade face à morte; os introjectivos são menos satisfeitos com a vida e menos felizes, sendo mais sós e mais ansiosos face à morte; os alunos com maior bem-estar religioso e bem-estar existencial são mais satisfeitos com a vida e mais felizes e sentem menos solidão; os que têm mais bem-estar existencial também têm menos ansiedade face à morte; as raparigas com maiores médias nos comportamentos religiosos são mais felizes. No estudo com professores – os que manifestaram atitudes mais favoráveis face ao cristianismo, os mais intrínsecos, com maiores níveis de identificação, bem-estar e comportamentos religiosos são mais satisfeitos com a vida e mais felizes; os extrínsecos e os introjectivos são os mais sós; as atitudes face ao cristianismo e o bem-estar existencial têm correlações negativas com a solidão; os professores com atitudes mais favoráveis face ao cristianismo, orientados intrínseca ou extrinsecamente face à religião e com maiores níveis de identificação e introjecção demonstraram ser mais ansiosos face à morte. Verificou-se que existem correlações positivas entre as atitudes face ao cristianismo, a orientação intrínseca, a identificação, o bem-estar religioso e os comportamentos religiosos.