Estudos Globais
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- Integração de imigrantes da Costa do Marfim em LuandaPublication . Muhongo, Orlando Victor; Magano, Olga; Caetano, João RelvãoAs migrações representam a necessidade de mobilidade, que caracteriza o ser humano, e ocorrem independentemente do tempo e do espaço. O sentido e a característica que as migrações assumem têm sido determinadas por fatores de ordem histórica e pelas circunstâncias em que os fluxos migratórios se desenvolvem, sendo que, contextos políticos, económicos e sociais são preponderantes para o sentido de abordagem que vem sendo feita sobre este fenómeno, podendo variar para um quadro político suscetível de gerar fluxos consideráveis (na origem), ou ainda, passível de promover e atrair imigração (no destino), por necessidade de força de trabalho ou por outra razão. A atenção prestada aos fatores de atração e de repulsão dos fluxos migratórios, a necessidade de considerar as envolventes do estabelecimento de imigrantes nas sociedades anfitriãs, o estudo das diversas nuances atinentes à integração de imigrantes na sociedade de acolhimento, a sua relação com a identidade, com as instituições e as populações locais, assim como o resultado do estabelecimento no território de destino, o impacto dos contactos quotidianos e das trocas culturais nos modus vivendi dos imigrantes, para além dos reflexos deste cruzamento na sociedade acolhedora, constituem vertentes de análise para uma compreensão mais abrangente do fenómeno migratório em geral, bem como constituem o leitmotiv da abordagem específica focalizada na realidade angolana. A maioria dos imigrantes em Angola é oriunda de países da África Subsaariana, sobretudo imigrantes da região ocidental de África, da qual faz parte a comunidade de cidadãos da Costa do Marfim, que tem Luanda como lugar de residência. O objetivo desta investigação é conhecer como vivem os imigrantes costa-marfinenses e a sua integração na sociedade angolana. Para o efeito, recorreu-se a uma metodologia mista, com a aplicação de entrevistas a interlocutores privilegiados e inquéritos a imigrantes costa-marfinenses. Os resultados permitem perceber as várias dimensões do processo de integração e os constrangimentos da vida quotidiana destes imigrantes. A principal conclusão é a de que apesar de respeitar os direitos individuais e coletivos dos imigrantes, assim como não interferir nas práticas culturais e identitárias dos mesmos, o Estado angolano não financia nenhum tipo de ação em prol da comunidade costa-marfinense em Luanda, e não existe a garantia da participação dos mesmos de forma ativa e inclusiva na sociedade de acolhimento.