Psicologia | Psychology
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Browsing Psicologia | Psychology by Sustainable Development Goals (SDG) "16:Paz, Justiça e Instituições Eficazes"
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- A identidade nacional : do mito ao sentido estratégico : uma análise psicossociológica das comparações entre os portugueses e os outrosPublication . Miranda, Joana; Amâncio, Lígia; Rocha-Trindade, Maria BeatrizA presente tese representa uma tentativa de reconstruir e de compreender os processos concretos que regem as dinâmicas de expressão da identidade nacional dos Portugueses. Em termos de objectivos, pretendem-se analisar as dinâmicas intergrupais dos Portugueses, enquanto grupo nacional, em relação a outros grupos que deles se distinguem em termos de nacionalidade e a nível de dimensões simbólicas, históricas e económicas. No plano teórico, a investigação situa-se no âmbito das identidades sociais enquanto representações sociais e a hipótese geral é a de que a identidade social não constitui uma criação do próprio grupo, inscrevendo-se, antes, numa dinâmica intergrupal de ordem psicossociológica. O ser Português é um processo de construção, desempenhando os demais alvos de comparação, um papel determinante na construção da identidade nacional. Dado que a questão da tolerância e das relações com grupos particulares está ligada à dinâmica intergrupal, não se pretende quantificar o grau de tolerância dos Portugueses, mas demonstrar que, enquanto atitude, a tolerância dos Portugueses pode variar consoante os alvos e os contextos de comparação social. Desta hipótese decorre considerar-se que a identidade se toma tanto mais saliente quanto mais comparações entre a nacionalidade portuguesa e outras nacionalidades forem suscitadas e que as representações daí resultantes podem ser captadas mediante as respostas a um conjunto de indicadores com os quais construímos o questionário que serviu de instrumento de recolha de dados. Com base na concepção de que a representação da identidade nacional é situacional, ou seja, que é influenciada pelas dinâmicas de comparação social, considerámos que as representações dos participantes sobre a sua nacionalidade e a dos outros poderiam depender, não só da posição do grupo nacional com o qual se comparam numa escala de poder simbólico, como da posição que o grupo nacional e o alvo de comparação ocupam no contexto concreto da comparação.
- As percepções e as práticas das famílias face às competências e ao desenvolvimento das crianças : um estudo na região dos Açores e do ContinentePublication . Silva, Ana Isabel Mateus da; Ramos, NatáliaO desenvolvimento da criança, nos seus múltiplos aspectos – físico, psicológico, afectivo, relacional, cognitivo, linguístico, perceptivo e motor – bem como as necessidades e atitudes da criança, é basilar para todo o seu percurso como ser humano. Neste estudo, partimos do desenvolvimento da criança, e das percepções da família, para a representação social da educação e práticas de cuidados, a fim de melhor compreendermos o contexto envolvente da criança na actualidade ao nível sócio-educativo e desenvolvimental. Baseamo-nos na teoria das representações sociais por considerarmos que esta teoria é um instrumento da compreensão e transformação da vida social e por consequência de captação e compreensão dos seus significados. Realizámos um estudo comparativo, para o qual seleccionámos 100 participantes em três ilhas dos Açores – São Miguel, Pico e Terceira, e 100 participantes no Continente, em várias regiões – Lisboa, Almada, Santarém, Almeirim e Portalegre, através da aplicação de Inquérito por Entrevista. Um estudo etnográfico complementar realizado na ilha de São Miguel, com a finalidade de conhecer como eram e são prestados os cuidados aos bebés nesta ilha, a partir dos anos 50 e até aos dias de hoje, possibilita comparar práticas do passado com as práticas do presente. A análise qualitativa e quantitativa da relação entre as representações sociais dos pais e cuidadores, as práticas familiares e o desenvolvimento da criança, em que se centra este estudo, permite-nos identificar os vários aspectos que contribuem para um bom desenvolvimento físico e psicológico da criança nos dois primeiros anos de vida ao nível das representações e das práticas das famílias.
- Contributos para a análise de modelos organizativos de Intervenção Precoce na Infância em PortugalPublication . Gronita, Joaquim; Ramos, Natália; Pimentel, Júlia SerpaA presente pesquisa pretende contribuir para uma caraterização pormenorizada dos modelos organizativos da Intervenção Precoce na Infância, clarificando a sua diversidade organizativa e a sua relação com as práticas. Procurou-se recolher as ideias dos profissionais sobre a operacionalização da Intervenção Precoce na Infância na comunidade onde desenvolvem a sua atividade profissional. Participaram no estudo organismos/equipas de doze distritos, a partir dos quais caraterizamos modelos organizativos da Intervenção Precoce na Infância em Portugal. O primeiro estudo incide sobre as perceções dos profissionais e é um estudo descritivo, onde se analisam 62 respostas a um questionário aplicado ao mesmo número de equipas sobre o modelo organizativo e funcional da intervenção precoce na área geográfica do inquirido. O segundo é um estudo de caso, onde são observadas as práticas. É um estudo qualitativo e exploratório, que visa compreender quais os procedimentos dos profissionais de intervenção precoce observados no âmbito do desempenho das suas tarefas profissionais. Analisámos a heterogeneidade dos organismos/equipas de Intervenção Precoce na Infância e as suas implicações nas dimensões organizacionais e nas práticas profissionais. Os resultados confirmam que têm coexistido em Portugal diferentes modelos organizativos das respostas em Intervenção Precoce na Infância e a inexistência de opções políticas nacionais consistentes, claras e amplas, com vista ao atendimento das crianças nos primeiros anos de vida e das suas famílias. Esta diversidade organizativa tem repercussões nas práticas profissionais. Encontramos caraterísticas dos modelos organizativos e das práticas de gestão que agrupam os organismos/equipas de intervenção precoce na infância entre si e percebemos a influência destas modalidades na prática dos profissionais, aproximando-as ou afastando-as das práticas recomendadas. Emergiram recomendações que parecem adequar as práticas profissionais à realidade da sociedade portuguesa. A par da afetação de pessoal, assinala-se a necessidade de concertação com os de outros programas, de modo a afirmar uma estratégia global para a resolução dos problemas que afetam as crianças com menos de seis anos, na sociedade portuguesa. Reconhecemos a importância da participação das Contributos para a Análise de Modelos Organizativos de Intervenção Precoce na Infância em Portugal organizações não governamentais e da sociedade civil em geral, no desenvolvimento das comunidades, influenciadoras do desenvolvimento das crianças e das suas famílias. As organizações não governamentais, envolviam e articulavam muito mais com toda a comunidade, incluindo as estruturas oficiais o que nem sempre acontecia, quando a iniciativa da resposta social era das entidades públicas. A legislação fomentou a estatização da IPI, desresponsabilizando e condicionando a iniciativa privada e a participação da sociedade civil na resolução dos problemas das crianças e das suas famílias. No segundo estudo observámos práticas de profissionais de um organismo de Intervenção Precoce na Infância. Procuramos compreender a apropriação dos profissionais em relação às teorias, modelos, conceitos e recomendações internacionais. Neste estudo estivemos mais centrados no que efetivamente acontece, nas funções/tarefas dos profissionais, no âmbito do atendimento às crianças/famílias. Os casos observados proporcionaram a compreensão do que se passa no atendimento das crianças e das famílias e a sua relação com a maneira como a resposta social está organizada. Concluímos que as práticas dos profissionais são diferentes, mesmo quando partilham o mesmo enquadramento teórico e combinam práticas. Esta diferença, quando relacionada com as características específicas das famílias/crianças e dos seus contextos de vida, pode ser considerada como uma prática recomendada e um procedimento de adequação à realidade social e cultural portuguesa. Reconheceram-se procedimentos dos profissionais que visam reunir informação da criança e da família, numa perspetiva holística e que, genericamente correspondem às recomendações internacionais. O estudo identifica práticas recomendadas.
- Crianças e jovens maltratados e suas famílias : uma abordagem clínica e da saúdePublication . Rego, António Alves do; Ramos, Natália; Pires, Carlos M. LopesMúltiplos factores pessoais, familiares, sociais, económicos, políticos e culturais estão na origem da emergência da violência e maus-tratos contra crianças, jovens e mulheres. São factores que actuam, frequentemente de forma associada, perturbam a saúde e a qualidade de vida das pessoas. À sociedade actual, globalizada e plena de recursos humanos e materiais, científicos e técnicos, mas também plena de precaridades e de injustiças, tem o dever de criar, aplicar, desenvolver e controlar mecanismos eficazes de equilíbrio entre liberdade e segurança, individuais e colectivas, tendo em vista o bem-estar dos seus cidadãos. Admitindo-se que as perturbações psicopatológicas se podem encontrar aquém e além (como causa ou consequência) do acto violento, o presente estudo investiga em que medida os pais maltratantes de seus filhos são indivíduos com tais perturbações e em que medida as crianças e jovens maltratados sofrem de depressão. Para isso, apoiámo-nos em testes aferidos e válidos, de reconhecido mérito. Avaliamos um conjunto de dados que nos permitem compreender hábitos, atitudes e valores e, deste modo, distinguir famílias sinalizadas como maltratantes, das famílias não sinalizadas e, para isso apoiámo-nos em inquéritos. Dos dados da investigação, concluímos: os pais maltratantes de seus filhos apresentam perturbações psicopatológicas com significativo índice de mal-estar; as crianças e jovens maltratados não apresentam sintomas de depressão; os hábitos, atitudes, valores e cuidados educacionais e familiares, influenciam o comportamento das famílias maltratantes.residentes no concelho de Torres Novas, onde se desenvolveu o estudo.
- Representações e vivências do corpo doente em diferentes culturasPublication . Nunes, Maria de Lourdes Martins Saraiva da Silva; Ramos, NatáliaO processo de cuidar do Homem, quer em contexto de saúde quer em contexto de doença representa o fundamento do corpo teórico em que se baseia a prática de cuidados de saúde. Cuidar comporta, na sua estrutura saberes técnicos e saberes relacionais visando o atendimento das necessidades humanas. As mudanças sociais resultantes da livre circulação de pessoas acarretam, para quase todos os países do mundo, uma grande diversidade cultural de religiões e etnias, formas de estar e de viver que impõem necessidades de se redefinirem novas prioridades nos cuidados de saúde. Em Portugal, país multicultural por excelência assiste-se já à necessidade de apoiar, na saúde e na doença, pessoas oriundas de outros países, de diferentes raças, credos e culturas. A nossa escolha recaiu em pessoas doentes e suas famílias de cultura muçulmana e hindu uma vez que as encontrámos já, no nosso dia a dia em situação de grande sofrimento, essencialmente preocupadas com a forma como cuidávamos dos seus corpos doentes dando pouca ou nenhuma importância às questões relacionadas com os princípios religiosos e culturais. Realizámos assim um estudo de cariz Etnográfico cujo principal objectivo foi o de conhecer nas culturas muçulmana e hindu,formas de viver a experiência de um corpo doente em contexto hospitalar e no seu contexto de vida, no seu dia a dia. Foram dez os participantes neste estudo. Os instrumentos de recolha de informação utilizados foram a Entrevistas, a Observação Participante e os Diários de Campo. Os dados recolhidos foram tratados por Análise de Conteúdo. Complementámos a nossa informação sempre que possível, com recurso à fotografia. Da Análise dos resultados salientamos: há diferenças na forma como cada cultura concebe a vida no seu dia a dia, no entanto, em situação de doença, as opiniões são muito similares no que diz respeito aos sentimentos vividos no corpo e a forma de os ultrapassar. Assim o Corpo Doente é vivido em ambas as culturas com maior numero de asserções como “Corpo Público” e “Corpo Desobediente”, causadores de agonia e sofrimento. A Vida para além do Corpo traduz-se essencialmente nos aspectos mais transcendentes que dizem respeito às orações e aos rituais; A Vida no Hospital enfatiza em ambas as culturas os “Hábitos”, a “Privacidade” e o “Pudor” e com maior número de asserções, a “Morte”; finalmente sobre a categoria O Regresso a Casa destacamos os aspectos relacionados com “A família” e todo o seu quotidiano envolvente após a doença.