Literatura | Literature
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Literatura | Literature by Sustainable Development Goals (SDG) "16:Paz, Justiça e Instituições Eficazes"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Discursos utópicos seiscentistas na Inglaterra e AméricaPublication . Guimarães, Alice Manuela Martins; Avelar, MárioO Interregnum Inglês proporcionou inúmeras possibilidades para se orientar e moldar o futuro da nação. Este período caracteriza-se por uma imensa manifestação da imaginação política que veio desencadear uma quantidade produções escritas e visões utópicas nunca dantes presenciada. Mais do que nunca, neste período, o utopismo orienta-se para uma realidade esperançosa. Nesta tese estudamos duas dessas utopias: The Law of Freedom de Gerrard Winstanley e The Christian Commonwealth de John Eliot. As visões utópicas destas duas obras fornecem-nos uma introspecção no imaginário político que vigorou durante o Interregnum inglês. Escritas em dois hemisférios diferentes e dentro do mesmo contexto político-religioso – o Puritanismo – ambas as utopias ilustram o grau da imaginação política dos seus autores e fornecem uma oportunidade de examinar diferentes formas de se lidar com as questões sóciopolíticas bem como diferentes perspectivas de serem encontradas soluções ideais. Apesar das diferenças substanciais, podemos encontrar alguns pontos comuns, tais como a esperança na mudança e num futuro melhor e um receio comum, tanto pelo regresso do poder monárquico quanto pela anarquia ameaçadora. Desta forma, ambas as utopias oferecem um código de leis para organizar e disciplinar a ordem social, através de um discurso retórico sancionado pelas Escrituras, baseando-se cada uma delas no pragmatismo das experiências prévias dos seus autores: As Praying Towns de Eliot e as comunidades Digger de Winstanley. Para além disso, ao examinarmos o objectivo comum e as diferentes estratégias para alcançar as sua utopias, elaboramos um estudo comparativo entre estes dois autores; estudo, esse, que está em falta na história da escrita utópica.
- A hegemonia involuntária dos Estados Unidos da AméricaPublication . Martins, Álvaro Joaquim Marcelino; Pires, Maria Laura BettencourtOs Estados Unidos são hoje indiscutivelmente a nação mais poderosa do planeta. Chegaram ao final deste século XX, que alguns autores rotularam de “século americano”, com uma supremacia militar, económica, cultura e diplomática que nenhuma outra nação conseguiu - mesmo aquelas que declaradamente a procuraram alcançar pela força. Em resultado disso, a influência da Europa no resto do Mundo, por exemplo, é hoje uma sombra do que era no princípio do século. Com o fim da bipolarização a que se assistiu, a partir de 1989, pôde, aliás, passar a falar-se de hegemonia, visto que nenhum outro país rivaliza agora com os Estados Unidos. É nossa firme convicção, que foi involuntariamente que os Estados Unidos se viram guindados à actual situação de hegemonia. Consideramos que, em momento nenhum, existiu qualquer plano - ou, se antes preferimos, qualquer premeditação - que tivesse conduzido aos status quo actual. É esse o ponto fulcral de todo este nosso trabalho e, em nosso entender, a maior ironia - feita de pequenas outras ironias que também não deixaremos de enfatizar - de toda a história da nação americana. Iremos, portanto, demonstrar que o povo americano- ao contrário de muitos outros- nunca premeditou o domínio do Mundo com a sua cultura ou as suas forças armadas: foi sendo ciclicamente levado - contra vontade- pelas circunstâncias e pelos erros das outras potências, para conjunturas que lhe eram de facto cada vez mais favoráveis e que acabaram por o guindar ao primeiro plano que hoje ocupa, por mais arreigado que fosse o isolacionismo a que pretendia entregar-se, e por mais que se quisesse ocupar unicamente com as actividades económicas, que desde cedo foram ditando a sua História, e para as quais assumidamente se sente bem mais vocacionado.