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- A violência no namoro jovem em São Tomé e Príncipe: impactos e desafiosPublication . Cruz, Carla Vera; Vieira, Cristina Pereira; Nunes, Catarina S.A violência nas relações entre parceiros íntimos tem ganho cada vez mais atenção, tanto no contexto de relações entre pessoas adultas, como nas relações de namoro, entre jovens. E foi neste último contexto que se refletiu o presente estudo, por reconhecer a importância de poder contribuir para um melhor conhecimento deste fenómeno, em São Tomé e Príncipe. E sendo São Tomé e Príncipe um país maioritariamente jovem, entendemos ser relevante compreender a perceção dos/as jovem face as mais diversas formas de violência retratadas pela literatura e perceber como eles e elas vivem as suas relações amorosas em contextos de violência, avaliando se a legitimação e a vitimização estão relacionadas ao género. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo geral analisar o grau de incidência da violência no namoro entre os jovens de São Tomé e Príncipe e o nível de entendimento dos mesmos perante as atitudes e situações abusivas. Para o presente estudo foi escolhida a metodologia quantitativa, com a aplicação de inquéritos por questionário no estabelecimento de ensino Liceu Nacional, dada a concentração significativa dos jovens, tendo escolhido uma população juvenil de idades compreendidas entre 14 anos e 19 anos, todos estudantes do 9º ano, 10º ano, 11º ano e 12º ano de escolaridade. O estudo empírico permitiu concluir que na sua essência e maioria, os/as jovens têm presente os comportamentos que configuram abuso, com destaques às atitudes de violência física, sexual e verbal, atendendo que a sua explicitude permite a rápida perceção. Em relação a violência psicológica, a dominação e o controlo, por assumirem nuances de subtileza, nem sempre são de fácil perceção, sendo por isso que embora igualmente repudiada pelos/as jovens inquiridos/as, elas apresentaram níveis ligeiramente inferiores de discordância. Por fim, na violência social, foi notória que existe uma boa perceção e repúdio quando exercido o controlo digital, embora, no que respeita ao controlo físico e atos de dominação, não se verificaram níveis percentuais que representassem mais de metade da população inquirida.