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- Consumo de polvo seco: análise de relatos junto das comunidades de Vila Nova de Milfontes e Longueira/AlmogravePublication . Silva, Margarida Maria Palma Ribeiro da; Seixas, SóniaO polvo comum, Octopus vulgaris, é uma das espécies de cefalópodes mais consumidas em Portugal com crescente número de capturas e valor por kg. Edível na sua quase totalidade, apresenta um elevado valor biológico e baixo teor de gordura. A estrutura muscular do polvo é responsável pela textura rígida quando incorretamente confecionado. O polvo seco é um produto alimentar nutritivo, muito apreciado e de confeção versátil e faz parte da gastronomia litoral mais antiga com tradição de consumo em certas regiões de Portugal. Pretendeu-se com este trabalho analisar os relatos sobre os conhecimentos dos processos de secagem, armazenagem, consumo, gosto e confeção em relação ao polvo seco com vista a viabilizar a sua divulgação e promoção. Escolheram-se as freguesias de Longueira/Almograve e de Vila Nova de Milfontes, no litoral do concelho de Odemira pela tradição de longa data com o polvo seco. Foram aplicados questionários a uma amostra de conveniência constituída por 65 participantes adultos, com média de idade de 64.85 anos (DP = 13.38) e com conhecimentos no processo de secagem. Os resultados obtidos parecem indicar que quem come polvo, desenvolve apetência para comer ainda mais e quanto mais cedo o contacto com o polvo seco, maior a apreciação por este produto. O polvo seco possibilita uma experiência de consumo diferente, elegível para ser um produto de valor acrescentado com potencial gourmet a par com certificação de qualidade.
- Perspetivas sobre a utilização da rotulagem de precaução de alergénios a nível nacionalPublication . Severino, Joana Filipa Fernandes; Caetano, Fernando J. P.O aumento de alergias e intolerâncias alimentares e de reações anafiláticas tem vindo a crescer consideravelmente nos últimos anos, sendo amplamente evidenciados ao nível científico como uma preocupação emergente de saúde à escala mundial. Provenientes da relação comportamental do indivíduo face à sua ingestão alimentar, a informação disponibilizada no rótulo alimentar é um dos fatores chave para uma aquisição de alimentos segura, contudo, o aumento da Rotulagem de Precaução neste, gerou no consumidor uma perda de credibilidade, insegurança e stresse nas suas escolhas alimentares. Objetivos: Pretende-se analisar as perspetivas existentes ao nível nacional sobre o aumento de Rotulagem de Precaução e o possível impacto na qualidade de vida do consumidor, considerando a identificação da prevalência destas patologias, as principais causas deste aumento e barreiras encontradas, sendo desenvolvida uma proposta de atuação. Os recursos utilizados incidiram-se na revisão bibliográfica e desenvolvimento de 3 inquéritos para os grupos definidos: População em Geral, Profissionais de Saúde e Indústria Alimentar, cujo tratamento estatístico foi efetuado através do programa estatístico “Real Statistics”. A prevalência de alergias e intolerâncias alimentares incidiu-se em 8% e 20%, existindo uma predominância no sexo feminino 75%. A Rotulagem de Precaução tem influência e impacto nas escolhas alimentares do consumidor. As principais barreiras para o seu aumento de utilização, deveu-se a falta de diretrizes, sendo os motivos referidos nos sectores alimentares provenientes da necessidade de cumprir com funções de gestão e de comunicação de risco. O comportamento do consumidor é limitado devido a uma insegurança e dúvida existente sobre a real presença ou não dos alergénios, existindo um nível de risco identificado quando não tida em atenção. À semelhança das perspetivas encontradas a nível mundial, existe uma necessidade aumentada em reformular/atualizar e/ou desenvolver um regulamento e/ou diretrizes, extensíveis e normalizadas a nível mundial que regulem e permitam melhor orientar os sectores alimentares sobre a utilização da Rotulagem de Precaução, mas também, apostar na educação nas demais frentes e possibilitem a aquisição de conhecimento mais sólido sobre os presentes temas abordados, sendo esta, uma excelente ferramenta preventiva e essencial na diminuição da exposição acidental de alergénios. É apresentada uma proposta de uso de pictogramas específicos para a presença de alergénios e quando em quantidade superior a 0,5 mg /100 g do produto alimentar.