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- Eletromobilidade na União Europeia: a transição energética no setor automóvel utilitárioPublication . Duarte, Nuno Filipe Lopes; Branco, Carlos Rafael dos SantosUm dos maiores obstáculos na Europa à transição energética atualmente, provém da falta de infraestrutura de carregamento elétrico. Nos dias de hoje em que um veículo elétrico a bateria tende a ficar mais barato, a par de um veículo de motorização térmica, o mercado está mais estagnado do que deveria tendo em conta a falta de pontos de carregamento, a funcionalidade integral dos que já existem e a ainda a simplificação do seu uso. Os avanços tecnológicos e as mudanças sociais desencadearam uma evolução drástica na mobilidade rodoviária. Juntamente com outras tendências, como a digitalização, e a mobilidade compartilhada, a mobilidade elétrica ganhou força no mercado de consumo. A mobilidade elétrica pode ajudar a União Europeia atingir os seus objetivos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a poluição do ar, o ruído e a dependência do petróleo. No entanto, a extensão desta ajuda depende de vários fatores, como sejam a aquisição de veículos eletrificados na frota geral de veículos de empresas e particulares. A necessidade de aumentar a quota de mercado neste sector, não só em Portugal como no resto da Europa, só depende dos Estados e das empresas dedicadas ao fabrico e manutenção do equipamento necessário. A tecnologia dos veículos elétricos, já permite ir mais além do que somente em circuitos urbanos, sendo possível efetuar carregamentos em corrente contínua na maioria dos veículos. Este tipo de carregamento permite a um utilizador de deslocar-se grandes distâncias sem ter o incómodo, de há poucos anos, de passar várias horas à espera de um carregamento. Os primeiros carregadores elétricos com passagens de corrente máxima a 3,70 kWh, poderiam constituir um constrangimento e um obstáculo à aquisição de um veículo elétrico. O elevado preço de um automóvel com estas características também não facilitava que a transição energética se efetuasse. A mobilidade elétrica, entretanto, avançou muito não só tecnologicamente, mas também beneficiou de incentivos criados pelo Estado, num mercado em franco crescimento.
- “Ti Zé quando chupa a mbeta começa a sabular”: para uma análise sociolinguística do calão do português angolanoPublication . Osório, Paulo; João, João Paulino; Cavalieri, RicardoEmbora o português de Angola (PA) siga fundamentalmente a norma do português europeu (PE), existem, na verdade, diferenças significativas entre as duas variedades nas mais diversas estruturas linguísticas. Em Angola, a profusão de contactos entre línguas e povos diversificados, ao longo da sua história, perfila-se como fator preponderante no distanciamento das referidas estruturas, configurando-se, pois, no espaço angolano, um convívio da língua portuguesa com as línguas nativas, maioritariamente de origem Bantu, em ambiente sociolinguístico de imposição idiomática. Esta hibridização resulta numa variedade metaforicamente mestiça, que, a partir do período de pós-independência, fez emergir um calão particular, enquanto emblema da angolanidade. Este estudo, de caráter sociolinguístico, analisa usos do calão no PA, contrastando-os, sempre que possível, com o PE. Recorremos, para o efeito, à análise de um inquérito dirigido a 114 inquiridos, o qual mostrou que o calão angolano tem inclusive influenciado a variedade europeia do português.
