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- A escrita poliédrica de Ana Hatherly: caminhos de um território reinventadoPublication . Milheiro, Dalila Maria Teixeira; Vila Maior, DionísioAtravés do nosso estudo, pretendemos investigar os contornos e as particularidades de algumas facetas da escrita literária de Ana Hatherly, comprovando que constituem novos caminhos que originam uma escrita singular, com criações originais e registos híbridos, em constante reinvenção. Como corpus literário, selecionamos três obras hatherlyanas que se apresentam mais representativas da temática em estudo e que abarcam a variedade da sua escrita: O Mestre (1963), na linha da narrativa de ficção experimental, Anacrusa – 68 sonhos (1983), enquanto escrita onírica, e 463 Tisanas (2006), compilação das suas criações poéticas em prosa. Ambicionamos confirmar que as palavras na obra literária hatherlyana tomam diferentes formas e sentidos e, nesta perspetiva, destacamos os processos de experimentação discursiva e as reinvenções da linguagem em sintonia com a Autora que vê a escrita como o seu território de investigação e de improvisação. No nosso ponto de vista, a escrita hatherlyana visa criar outras escritas, fornecendo pistas para desvendar o conhecimento e a aprendizagem. Tal como Ariadne dá o fio a Teseu para este encontrar a saída do labirinto, também Ana Hatherly, através do ato criador/criativo da sua escrita/das suas palavras, dá ao leitor a ponta do novelo para encontrarmos o sentido labiríntico da escrita, uma escrita com muitas vertentes e riquezas. Ao dar-nos o fio, a Autora concede-nos igualmente a memória (o passado) e, portanto, o reconhecimento do caminho para a sua escrita enquanto território fértil de desafios e reinvenções. Assim, o nosso desejo é encontrar o sentido em aberto que une os fios/as linhas da escrita/dos textos à semelhança de Ariadne.