Browsing by Issue Date, starting with "2006-12"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Expressão do movimento em água (AQUA-Motion) no Português Europeu: contribuição para tipologia lexicalPublication . Batoréo, HannaPropomo-nos, no presente trabalho, analisar alguns dos paradigmas de lexicalização que se observam no Português Europeu na descrição tipológica do MODO como o MOVIMENTO é efectuado (Cf. Talmy, 1975, 1985 e 2000; Batoréo [1996] 2000). Os referidos paradigmas dizem respeito a um campo lexical restrito de verbos que referem movimento efectuado em água − e, por extensão, em qualquer meio líquido −, designado na literatura de especialidade por AQUA-motion (cf. Lander, Maisak & Rakhilina 2005, Lemens & Divjak e Arad, no prelo). Com a análise efectuada com base nos dados provenientes dos corpora linguísticos disponibilizados electronicamente, procura demonstrar-se que as línguas naturais diferem de um modo estruturado e previsível não apenas a nível estritamente gramatical, mas também a nível do seu léxico (Newman 1997, 2002).
- Sheaf cohomology in o-minimal structuresPublication . Edmundo, Mário Jorge; Jones, G. O.; Peatfield, N. J.Here we prove the existence of sheaf cohomology theory in arbitrary o-minimal structures.
- “Suponhamos que...” : aspectos da retórica do discurso matemáticoPublication . Moreira, DarlindaNão sou uma estudiosa da literatura, nem das línguas, nem mesmo da linguagem. Antes sou uma estudiosa do processo educativo e, em especial, interesso-me pelas influências culturais nos processos de produção e aprendizagem da matemática. É com a atenção nestas temáticas que, nos anos 80 do século XX, começo a procurar o significado da frase “a matemática é uma linguagem”, a qual não só estava na moda na época, como parecia igualmente promissora de novas perspectivas pedagógico-didácticas na área do ensino da matemática. O desenrolar da investigação nestas temáticas rapidamente realizou as expectativas esperadas, tendo não só acrescentado novas visões sobre o acto comunicativo e discursivo das aulas de matemática, mas também uma maior complexidade ao assunto, já por si bastante complexo, do ensino da matemática. Com efeito, ainda na década de 70, surgem estudos que identificam os textos dos problemas matemáticos como possíveis locais de distúrbios linguísticos que poderiam afectar o desempenho matemático, evidenciando que as variáveis estruturais do enunciado de um problema, como por exemplo, o tamanho do texto, o número de orações principais, as orações subordinadas e expressões preposicionais e o número de palavras da pergunta do problema, influenciam a resolução dos problemas aritméticos (Jerman e Mirman, 1973). Na década de 80, as relações entre a linguagem e a matemática são analisadas, por exemplo, por Pimm (1988) que, inspirado pela noção de registo de Halliday (1975a), foca a sua atenção naquilo que se passou a denominar “o registo matemático”. Depois de um detalhado estudo sobre as características próprias do falar matemático, observa como este não só exige um alto domínio de competências linguísticas, como requer mesmo, em certas situações uma forma diferente do uso da língua-mãe. Ainda nesta época, começa a divulgar-se a ideia de discurso aplicada às especificidades do campo científico e, em especial, à comunicação inerente aos processos de ensino-aprendizagem da matemática (NCTM, 1990). Actualmente, a investigação sobre temáticas da comunicação e da linguagem em contextos de educação matemática continua vigorosa e merecedora de vasta atenção. Gostaria, aqui, de destacar dois temas de pesquisa com os quais me relaciono especialmente: o papel dos diferentes tipos de texto que se utilizam em contextos matemáticos e a comunicação em contextos da educação matemática em salas de aula multiculturais e multilingues.