Browsing by Author "Tavares, Ana Maria Fernandes Silva"
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- A avaliação externa das escolas e seu impacto nas práticas de liderança num agrupamento de escolas: um estudo de casoPublication . Tavares, Ana Maria Fernandes Silva; Seabra, Filipa; Henriques, SusanaA preocupação com a qualidade da organização escolar (e os seus fracos resultados) já vem de longa data. Esta preocupação levou à instituição da avaliação das escolas. No nosso país o processo, no seu formato presente, iniciou-se com a publicação da Lei nº31/2002, porém, só em 2006 foi implementado um projeto-piloto, desenvolvido por um Grupo de Trabalho. Em 2007, finalmente, começou o primeiro ciclo da avaliação externa das escolas, orientado e executado pela IGE. O Decreto-Lei 75/2008, veio aprovar o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. Com este normativo pretendia-se tornar as escolas mais eficazes e eficientes. Segundo o legislador, a melhoria passaria, por reforçar as lideranças das escolas, sendo criado, assim, o cargo de diretor. As lideranças intermédias viram-se também valorizadas. O 2.º ciclo avaliativo das escolas iniciou-se sem realizar-se a meta avaliação do 1.º processo avaliativo. Assim sendo, entendemos que seria pertinente investigar os impactos do 1.º ciclo avaliativo nas práticas de liderança de escolas /agrupamentos. Com este estudo, que se centrou num agrupamento de escolas de um concelho de Viseu, pretendeu-se compreender como se posicionaram os vários agentes da comunidade educativa, à data, sobre os impactos da avaliação externa das escolas (AEE) ao nível das lideranças. São objetivos do presente estudo: 1 - Compreender como se posicionaram os vários agentes da comunidade educativa, sobre os impactos da AEE, após o primeiro ciclo avaliativo, no que toca: a) à visão estratégica e fomento do sentido de pertença e de identificação com o agrupamento de escolas; b) à valorização das lideranças intermédias do agrupamento de escolas; c) ao desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções inovadoras do agrupamento de escola; d) à motivação das pessoas e gestão de conflitos do agrupamento; e) à mobilização dos recursos da comunidade educativa do agrupamento de escolas; 2 - Compreender as circunstâncias/razões subjacentes ao posicionamento da comunidade educativa sobre o impacto do 1.º ciclo avaliativo nas lideranças do agrupamento. Na investigação, de cariz qualitativa, realizou-se uma entrevista, a dezassete indivíduos da comunidade associados a papeis de liderança. Recorremos, posteriormente, à análise documental de atas do Conselho Pedagógico, bem como o projeto educativo do agrupamento e o relatório da AEE do 1º ciclo de avaliação. Os resultados encontrados vão no sentido de uma apropriação superficial do processo avaliativo, por parte dos docentes e não docentes da comunidade educativa. A maioria dos entrevistados reconheceram que a AEE (1ºciclo) causou impacto no que diz respeito a cinco das dezassete questões que lhes colocamos acerca de fatores que caraterizam o domínio Liderança. Para os fatores em que consideraram não ter havido impacto a AEE, dão como justificação a cultura da escola, a liderança do diretor e a maturidade e profissionalismo docente.
- As representações dos professores acerca de Escola de Qualidade e de factores que a promovem : um estudo de caso baseadoPublication . Tavares, Ana Maria Fernandes Silva; Barreto, Maria AntóniaO reconhecimento de que as qualificações profissionais e académicas dos portugueses se situam abaixo dos níveis desejados face a outros países levou o Ministério da Educação, em 2006, a despoletar um processo de avaliação das escolas portuguesas. O mesmo, cujo objectivo é aumentar a qualidade da acção das organizações escolares nas suas múltiplas dimensões, tem por orientação o documento ―Quadro de Referência Para a Avaliação das Escolas e Agrupamentos‖. Este referencial veio, bem como o Decreto-Lei n.º75/2008, de 22 de Abril, introduzir novas concepções/representações no campo organizacional escolar nacional acerca do que se entende por ―escola de qualidade‖. Assim, com o presente estudo pretendeu-se conhecer as representações sociais de ―escola de qualidade‖ que estão presentes na cultura organizacional de escolas consideradas de pouca qualidade, após a implementação do processo de avaliação externa. O mesmo envolveu sessenta e um educadores/professores do Agrupamento Vertical de Escolas de Sernancelhe, agrupamento cujo desempenho foi considerado de pouca qualidade na avaliação externa realizada em 2007. A fim de recolher os dados foi aplicado um questionário, cujas perguntas tiveram como referencial os documentos acima indicados, constituindo objectivo das mesmas detectar as representações que os educadores/professores diziam ter acerca de escola de qualidade e de factores que a promovem. Os resultados revelam que os educadores/professores, dum modo geral, se identificam nas suas representações com os aspectos tidos como relevantes no documento que orienta a avaliação externa das escolas. Esta constatação faz-nos pensar que, pelo facto das representações sociais serem factores produtores de realidade, se encontram reunidas condições potenciadoras de dinâmicas que ajudem à emergência duma escola de qualidade. Porém, as repostas dadas revelam, igualmente, a permanência de algumas concepções que não se encontram tão em sintonia com os parâmetros oficiais, reflectindo, inclusivamente, aspectos da cultura organizacional vigente à época da implementação do processo de avaliação externa. Tal situação leva-nos a questionar, por um lado, porque tal acontece e, por outro, como poderá o processo de avaliação externa potenciar, de forma efectiva, mudanças na cultura organizacional que contribuam para o desenvolvimento pessoal e organizacional.