Browsing by Author "Silva, Adelina Maria Pereira da"
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- Mundos reais, mundos virtuais: as relações interpessoais em (na) redePublication . Silva, Adelina Maria Pereira da; Ribeiro, José da SilvaCom as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vivemos tempos de mudança. Esta mudança reflecte-se no quotidiano do(s) indivíduo(s) – elementos que constituem, mantêm e reproduzem uma comunidade ou sociedade. Palavras como espaço, comunidade, mundo, passam a ser referidas no plural. Deixamos de vivenciar um só espaço, uma só comunidade e um só mundo, para passarmos a co-habitar espaços, comunidades, mundos. Paralelamente ao espaço físico, comunidade real e/ou mundo real, surge o ciberespaço, a comunidade virtual, o mundo virtual. No campo das relações interpessoais, a utilização da Internet, particularmente num ambiente de Comunicação Mediada por Computador (CMC), poderá provocar mudanças a nível organizacional e estrutural de um grupo de indivíduos. Este trabalho tem como principal objecto de estudo as relações interpessoais que se estabelecem numa comunidade virtual, particularmente as relações que se estabelecem entre jovens numa sala de chat. Partindo da ideia de comunidade real, isto é, num contexto físico e em presença dos interlocutores, pretende-se saber qual o paralelismo existente entre estas duas comunidades – real e virtual. Existem alguns estudos sobre as relações virtuais, sobre as motivações e identidade(s) dos utilizadores das salas de chat, sobre as estruturas antropológicas no ciberespaço. Contudo, quais as alterações que se operam, de facto, na formação de amizades, nas relações de proximidade, nas interacções com os pares, que ocorrem nesse processo de transição do real para o virtual? Será que este processo implicará alterações na organização final do grupo? Será que a forma como cada um se representa face ao outro e, consequentemente, o modo como é pensado pelos outros leva a alterações na estruturação final das comunidades? Assim, de um ponto de vista antropossocial, pretendemos explorar, através de questionários e de técnicas sociométricas, e de consequente elaboração de sociogramas, a estrutura de um grupo de indivíduos que se relacionam numa comunidade real, com o mesmo grupo de pessoas em contexto virtual, escondidas atrás das suas máscaras – nicknames. Será que a máxima de defendida por Lavoisier - “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" – se aplica também a estes contextos
- Produção e utilização de saberes na era digital : um estudo antropológicoPublication . Silva, Adelina Maria Pereira da; Ribeiro, José da SilvaNum mundo em profundas e aceleradas transformações, a Internet e o Ciberespaço emergem como um objeto de pesquisa antropológica. O objetivo deste estudo é refletir sobre o papel da antropologia quando o objeto de estudo se localiza no espaço virtual, num “não-lugar”. O Ciberespaço apresenta-se como um novo espaço de vida e prática sociais que influenciam o quotidiano, alterando a forma como os sujeitos interagem, se relacionam, trabalham e aprendem. O estudo realizado durante o Trabalho de Campo - uma comunidade virtual de prática – incidiu na observação das mudanças das práticas sociais e nas relações dos sujeitos membros dessa comunidade, analisando: a colaboração, a participação, a identidade, a interação e sociabilidade, e a moderação. Reflete-se também sobre as mudanças metodológicas que decorrem deste novo objeto de estudo – para novos espaços/novas metodologias. Para a Recolha de Dados recorreu-se à netnografia, um método de pesquisa em ambientes virtuais inspirado na etnografia. A utilização de uma netnografia, permitiu o registo e captura de informações que nos levaram a concluir que, por um lado, os saberes desenvolvidos durante a prática social na comunidade virtual de prática observada, a colaboração, a participação e a interação são fatores essenciais à construção da identidade do “ser membro”, e estão associados aos mecanismos de aprendizagem, desenvolvendo o sentimento de pertença e que, por outro lado, as práticas sociais, na comunidade virtual de prática estudada, são (re)produtoras dos saberes e identidades.