Browsing by Author "Coelho, Eduardo Prado"
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- Estética e crítica literáriaPublication . Franco, José Eduardo; Coelho, Eduardo Prado; Real, MiguelManuel Antunes, para além dos seus trabalhos de filosofia, demonstra uma notável curiosidade real sobre todas as correntes europeias de literatura. O ponto de vista do Padre Manuel Antunes, no que diz respeito à historiografia literária, intenta entroncar a literatura portuguesa na literatura europeia e, no que diz respeito à vertente filosófica da literatura, na essencial e intemporal relação entre o homem e Deus, que animara os seus estudos sobre Pascoaes, Pessoa e Régio. Como escreve Vasco Graça Moura, a noção de crítica literária em Manuel Antunes assenta “numa concepção da literatura que acaba por ser inseparável da filosofia e numa concepção de filosofia voltada para o transcendente, em relação permanente com o Espírito, tal como ele o concebia, e em interacção permanente com a História”. Neste sentido, literatura e crítica literária vinculadas à filosofia, Manuel Antunes encara a literatura portuguesa do seu tempo maior (décadas de 50 a 70) tanto condicionada pela europeia quanto expressão de um tempo histórico de revolta do homem contra Deus.
- Estética e crítica literáriaPublication . Franco, José Eduardo; Coelho, Eduardo Prado; Real, MiguelEvidenciando já a sua filosofia da “sensatez”, do diálogo, da abertura a posições filosóficas ou literárias opostas da sua, entendendo a diversidade de teses como afirmação de complementaridade e não como afirmação de contraditoriedade, o Padre Manuel Antunes apela ao diálogo e ao entendimento entre críticos e autores “no terreno comum da realidade objectiva”: “o diálogo, o diálogo sereno e diáfano, eis a atitude em que o leitor os deveria [críticos e autores] encontrar”. Porém tem plena adverte que, em Portugal, “o diálogo é mais raro que o monólogo”, tendo-se instalado na crítica literária “o ressentimento, o pessoalismo, a visão deformada através do ângulo de interesses e de partido”. Nos seus estudos e recensões críticas, o Padre Manuel Antunes evidencia alguns dos processos por que o “ressentimento” e o “pessoalismo” interferem na vida literária portuguesa, contribuindo fortemente para uma abissal separação entre autor e crítico.
