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Um centenário duplo e paradoxal: Fundação da República Portuguesa e a expulsão das ordens e congregações
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Este artigo pretende reflectir sobre o significado extraordinário de que se reveste a comemoração do Centenário da República, em dimensão dupla. Com efeito, a revisitação celebrativa do processo de implantação e afirmação do regime republicano deve ser feita na sua globalidade e de modo a abrir novos horizontes de conhecimento e compreensão que implique a releitura da republicanização do país na sua dimensão de promoção de um projecto novo de sociedade, mas também do seu lado predador: de exclusão das experiências sócio-institucionais que não se coadunavam com a nova ideologia que se tornou dominante.