Repository logo
 
Loading...
Thumbnail Image
Publication

Da pirataria francesa ao corso holandês em São Salvador da Bahia de Todos os Santos (séculos XVI-XVII)

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
TD_ValeriaSouza.pdf5.09 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

Este estudo analisou como a pirataria francesa, com ações estanques no litoral do Brasil, no séc. XVI, forneceu subsídios que desembocaram no cerco e na ocupação de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, em 1624–1625, pela ação corsária neerlandesa. A investigação alicerçou-se em fontes primárias, bibliografia especializada e algumas fontes iconográficas. Neste contexto, o Brasil assume-se como eixo operativo da West-Indische Compagnie, WIC, no séc. XVII, servindo de plataforma para a expansão geoestratégica neerlandesa, que sustenta a sua projeção como um império naval assente na interdependência entre poder económico, força militar e ação corsária. Concluiu-se que, entre as práticas de predação nas incursões francesas no litoral brasileiro do séc. XVI, entendidas como atos de pirataria, e a invasão corsária de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, em 1624–1625, se verificaram sobreposições temporais entre agentes privados, paraestatais e estatais, franceses e neerlandeses, com continuidades funcionais e coexistência de funções. No decorrer evolutivo dessas conexões, uma inovação normativa articulou práticas piráticas e corsárias, conferindo legalidade ao corso por meio de carta de marca e regras de presas; essa rutura normativa conferiu à WIC capacidade ofensiva, pela qual deteve o privilégio dos Países Baixos do Norte para operar no Atlântico Sul.
This study analyses how French piracy, through discrete operations along the Brazilian coast in the sixteenth century, supplied the precedents and practical know-how that culminated in the Dutch privateering siege and occupation of São Salvador da Bahia de Todos os Santos in 1624–1625. The inquiry is grounded in primary sources, specialist scholarship and selected iconographic materials. In this context, Brazil emerges as an operational axis of the West-Indische Compagnie, WIC, in the seventeenth century, serving as a platform for Dutch geostrategic expansion that underpinned its projection as a naval empire based on the interdependence of economic power, military force and privateering. The study concludes that temporal overlaps between private, para-state and state actors—French and Dutch—generated functional continuities and the coexistence of roles from sixteenth-century predatory practices on the Brazilian coast to the 1624–1625 privateering invasion of São Salvador. Over the course of these connections, a normative innovation articulated piratical and privateering practices by granting legality to privateering through letters of marque and prize rules; this rupture endowed the WIC with offensive capability and the privilege of the Northern Netherlands to operate in the South Atlantic.

Description

Tese de Doutoramento em História na área de especialização em Representações, Poderes e Práticas Culturais, apresentada à Universidade Aberta

Keywords

Pirataria francesa Corso neerlandês Atlântico Sul Século XVI Século XVII Salvador da Bahia de Todos os Santos French piracy Dutch privateering São Salvador da Bahia de Todos os Santos West-indische compagnie WIC South Atlantic Sixteenth and Seventeenth centuries

Pedagogical Context

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue

Publisher

CC License

Without CC licence