Sociologia das Organizações
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Browsing Sociologia das Organizações by Sustainable Development Goals (SDG) "04:Educação de Qualidade"
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- Estrela sociológica : um modelo viável para o capital socialPublication . Paiva, Ana; Carmo, HermanoEste é um trabalho de investigação teórica sociológica articulado com as recentes conclusões da neurologia com implicação na epistemologia das ciências sociais. A tese afirma a necessidade de construir um modelo normativo de medida do capital social. Ao longo de uma longa revisão teórica de literatura especializadas a autora posiciona-se contra o reducionismo das abordagens clássicas do capital social, todos eles fundados nos pontos de vista da economia e das ciências política (Fukuyama, Puttnam e Coleman – autores seminais). Ana Paiva defende e constrói um modelo de análise sociológica com carácter multidimensional, interdisciplinar e normativo que permite superar a dicotomia acção-estrutura, avaliar o fenómeno social total assim como iniciar uma revisão crítica do pensamento sociológico baseado em novos pontos de vista. Este modelo de análise destina-se simultaneamente a qualificar e tipificar o capital social de sociedades de extensão variável e baseia-se num padrão normalizável de coesão social. O padrão da coesão social foi estabelecido cientificamente através de um perfil ontológico humano deduzido pela autora a partir das conclusões da neurologia contemporânea publicadas por António Damásio. Ana Paiva articula criticamente o seu modelo com a teoria sociológica clássica e contemporânea, reclamando-se plenamente identificada com o estatuto da disciplina na qual inscreve a sua tese. O referido perfil ontológico sustenta-se na crença da necessidade material da ética e no determinismo da liberdade humana, postulados cuja assumpção não pode dispensar uma revisão epistemológica das ciências sociais. O modelo é uma proposta teórica que requer comprovação empírica.
- Militares contratados : vivência e reinserção : da vivência à reintegração sócio-profissional dos oficiais do exército em regime de contrato, no mercado civil de trabalhoPublication . Cobra, Jorge Filipe de Oliveira Gonçalves; Neto, João Batista Nunes Pereira; Carmo, HermanoO avanço científico e tecnológico conduziu à substituição dos exércitos de massas por forças de elite, de dimensões reduzidas. Este facto e o de todos os cidadãos terem direitos iguais pôs em causa a conscrição. Em consequência os estados tiveram de recorrer ao recrutamento de voluntários para manter as Forças Armadas. Esta tarefa é tanto mais espinhosa quanto maior for a prosperidade desses estados e das entidades empregadoras que concorrem, no mercado de trabalho com as Forças Armadas. Estas tiveram de criar sistemas de incentivos muito apelativos tanto no que se refere ao período do contrato, como ao da reinserção na vida activa civil. Portugal possui um quadro legal adequado e regulamentado, mas a falta de coordenação entre as entidades envolvidas e a escassez de meios financeiros dificultam o recrutamento dos mais aptos, pelas Forças Armadas, que têm de recorrer aos Centros de Emprego. Esta situação torna ansiosos, quanto ao futuro, os voluntários em regime de contrato, frustra as expectativas dos ex-contratados e provoca desconforto nos militares do quadro permanente, face à dificuldade ou impossibilidade de concretizar um seu eventual desejo de reconversão profissional. Desta forma, a nossa investigação assenta essencialmente na dinâmica do recrutamento, da retenção e da reinserção dos militares contratados que passam alguns anos das suas vidas no interior da organização militar. Do estudo efectuado, concluímos que: 1) a variável «vínculo institucional» é importante na formação de atitudes e comportamentos nos militares do Exército; 2) existe cepticismo por parte dos militares contratados no que respeita à inserção ou reinserção no mercado civil de trabalho; 3) o «Sistema de Incentivos» é encarado como factor motivador para o recrutamento e não como mecanismo actuante de reintegração socioprofissional.