CEMRI | Capítulos/artigos em livros nacionais / Book chapters/papers in national books
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Browsing CEMRI | Capítulos/artigos em livros nacionais / Book chapters/papers in national books by Sustainable Development Goals (SDG) "16:Paz, Justiça e Instituições Eficazes"
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- Integração profissional das pessoas com deficiência ou incapacidadePublication . Ramos, Maria da Conceição PereiraA inserção laboral e a gestão da deficiência no local de trabalho colocam grandes desafios à sociedade, aos cidadãos com deficiência, aos empregadores, ao Estado e às políticas e estratégias nacionais, europeias e internacionais. Tem havido nas últimas décadas debates em torno dos direitos das pessoas com deficiência que envolvem os domínios da educação, do emprego, da autonomia pessoal e do envolvimento social, além das garantias legais, mas é ainda reduzida a investigação nesta matéria, nomeadamente em Portugal. Conseguir um lugar no mercado de trabalho é uma tarefa difícil para os cidadãos com deficiência ou incapacidade em comparação com os que não têm qualquer deficiência. A integração profissional desta população vulnerável requer considerar especificidades associadas ao emprego, à formação, às condições de empregabilidade, à luta contra a discriminação, à saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho. As transformações ocorridas nos modelos de organização e gestão laborais nos últimos anos, o aumento do desemprego e a intensificação do trabalho trazem novos riscos profissionais para a saúde e segurança dos trabalhadores com deficiência ou incapacidade. Há que promover a saúde nos locais de trabalho, ações de prevenção para garantir um trabalho seguro e saudável, o que implica adaptar o trabalho às necessidades do homem e da mulher e configurar adequadamente os postos de trabalho, as tarefas e os equipamentos ao tipo de deficiência, pois muitos locais de trabalho não estão preparados para integrar as funções dos trabalhadores com deficiências e incapacidades. A ergonomia, a formação, a informação e a sensibilização dos diferentes atores são essenciais. É fundamental aplicar as recomendações das Estratégias e Planos Nacionais, Europeus e Internacionais em matéria de deficiência e de saúde e segurança no trabalho (SST). É importante que o tipo de cuidados de saúde implementados no local de trabalho se adeque às necessidades individuais dos trabalhadores e à atividade profissional da organização. Há que melhorar a empregabilidade das pessoas com deficiência através de medidas que sensibilizem as empresas e informem os empregadores acerca das capacidades das pessoas com deficiência e dos seus diferentes tipos de limitações. Há necessidade de maior responsabilização social na sociedade e no meio laboral, de forma a promover condições de igualdade de participação e inclusão dos cidadãos com deficiência. O governo tem um papel de relevo em fazer cumprir uma legislação eficiente anti discriminatória e em certificar a harmonização de políticas públicas, de forma a oferecer aos cidadãos com deficiência e incapacidade e aos empregadores incentivos e apoios na procura de emprego e na contratação destes trabalhadores, evitando a sua exclusão.
- O valor das competências interculturais nas equipas das Agências Europeias descentralizadasPublication . Ramos, Natália; Cabaço, JoãoEstivemos dois anos num cenário de pandemia mundial que provocou milhões de óbitos, problemas sociais, economias devastadas, e de repente, quase em ato continuo, entramos num cenário de guerra na Europa, que nos ameaça a todos. No entanto, têm sido as Agências Europeias descentralizadas que, com os seus milhares de funcionários e colaboradores, em trabalho contínuo, têm suportado e influenciado, com conhecimento técnico e científico, as decisões políticas que afetam diretamente os mais de 750 milhões de habitantes na Europa, em matérias como a saúde, segurança, economia, proteção de refugiados, ciência e educação, entre muitas outras. Estas Agências são locais de realidades diárias de multiculturalismo e de grande diversidade de nacionalidades e culturas. Estas organizações são caraterizadas por uma grande diversidade cultural e étnica. Os profissionais destas Agências deverão possuir uma sensibilidade e consciência cultural acrescida, desenvolvendo competências interculturais para uma melhor atuação. Somos constantemente bombardeados de ideias e de manifestações relativas à tolerância, à paz, aos direitos humanos, ao antirracismo, às igualdades de oportunidades, entre tantas outras relacionadas com o multiculturalismo e com as missões prioritárias destas agências, mas também vislumbramos diariamente o outro lado da violência e do conflito multicultural, pelas diversas manifestações de preconceitos, estereótipos, intolerância, racismo, xenofobia, marginalização, exploração e exclusão social, que, apesar de serem “oficialmente” banidas dos diversos serviços e espaços públicos, continuam a manifestar-se de uma forma clara e por vezes sem qualquer tipo de controlo. O objetivo deste artigo foca-se na análise dos diferentes domínios da competência intercultural e nas perceções e importância que estes profissionais dão à mesma, em organizações onde todos têm de cooperar para um objetivo comum. A investigação apresenta dados recentes e originais sobre o objeto da pesquisa, que não se encontra descrito, nem estudado diretamente nas Agências Europeias, revelando e descrevendo fenómenos internos dentro das agências europeias ao nível das componentes da competência intercultural. Podemos encarar a competência intercultural como um processo de desenvolvimento e adaptação aos múltiplos contextos dentro das organizações. O diálogo, a cooperação, a comunicação e a resolução de problemas fazem parte do dia a dia destas organizações, onde a diversidade cultural é um chão comum, daí a possibilidade de se contribuir ainda para uma maior acomodação de boas práticas, para a comunicação e cooperação intercultural dentro e entre organizações, aumentando a sensibilidade e consciência intercultural e a promoção da competência intercultural nas Agências Europeias, onde os cenários europeus e mundiais estão em constante mutação.