Psicologia Clínica e da Saúde
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Browsing Psicologia Clínica e da Saúde by Sustainable Development Goals (SDG) "16:Paz, Justiça e Instituições Eficazes"
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- Contributos para a análise de modelos organizativos de Intervenção Precoce na Infância em PortugalPublication . Gronita, Joaquim; Ramos, Natália; Pimentel, Júlia SerpaA presente pesquisa pretende contribuir para uma caraterização pormenorizada dos modelos organizativos da Intervenção Precoce na Infância, clarificando a sua diversidade organizativa e a sua relação com as práticas. Procurou-se recolher as ideias dos profissionais sobre a operacionalização da Intervenção Precoce na Infância na comunidade onde desenvolvem a sua atividade profissional. Participaram no estudo organismos/equipas de doze distritos, a partir dos quais caraterizamos modelos organizativos da Intervenção Precoce na Infância em Portugal. O primeiro estudo incide sobre as perceções dos profissionais e é um estudo descritivo, onde se analisam 62 respostas a um questionário aplicado ao mesmo número de equipas sobre o modelo organizativo e funcional da intervenção precoce na área geográfica do inquirido. O segundo é um estudo de caso, onde são observadas as práticas. É um estudo qualitativo e exploratório, que visa compreender quais os procedimentos dos profissionais de intervenção precoce observados no âmbito do desempenho das suas tarefas profissionais. Analisámos a heterogeneidade dos organismos/equipas de Intervenção Precoce na Infância e as suas implicações nas dimensões organizacionais e nas práticas profissionais. Os resultados confirmam que têm coexistido em Portugal diferentes modelos organizativos das respostas em Intervenção Precoce na Infância e a inexistência de opções políticas nacionais consistentes, claras e amplas, com vista ao atendimento das crianças nos primeiros anos de vida e das suas famílias. Esta diversidade organizativa tem repercussões nas práticas profissionais. Encontramos caraterísticas dos modelos organizativos e das práticas de gestão que agrupam os organismos/equipas de intervenção precoce na infância entre si e percebemos a influência destas modalidades na prática dos profissionais, aproximando-as ou afastando-as das práticas recomendadas. Emergiram recomendações que parecem adequar as práticas profissionais à realidade da sociedade portuguesa. A par da afetação de pessoal, assinala-se a necessidade de concertação com os de outros programas, de modo a afirmar uma estratégia global para a resolução dos problemas que afetam as crianças com menos de seis anos, na sociedade portuguesa. Reconhecemos a importância da participação das Contributos para a Análise de Modelos Organizativos de Intervenção Precoce na Infância em Portugal organizações não governamentais e da sociedade civil em geral, no desenvolvimento das comunidades, influenciadoras do desenvolvimento das crianças e das suas famílias. As organizações não governamentais, envolviam e articulavam muito mais com toda a comunidade, incluindo as estruturas oficiais o que nem sempre acontecia, quando a iniciativa da resposta social era das entidades públicas. A legislação fomentou a estatização da IPI, desresponsabilizando e condicionando a iniciativa privada e a participação da sociedade civil na resolução dos problemas das crianças e das suas famílias. No segundo estudo observámos práticas de profissionais de um organismo de Intervenção Precoce na Infância. Procuramos compreender a apropriação dos profissionais em relação às teorias, modelos, conceitos e recomendações internacionais. Neste estudo estivemos mais centrados no que efetivamente acontece, nas funções/tarefas dos profissionais, no âmbito do atendimento às crianças/famílias. Os casos observados proporcionaram a compreensão do que se passa no atendimento das crianças e das famílias e a sua relação com a maneira como a resposta social está organizada. Concluímos que as práticas dos profissionais são diferentes, mesmo quando partilham o mesmo enquadramento teórico e combinam práticas. Esta diferença, quando relacionada com as características específicas das famílias/crianças e dos seus contextos de vida, pode ser considerada como uma prática recomendada e um procedimento de adequação à realidade social e cultural portuguesa. Reconheceram-se procedimentos dos profissionais que visam reunir informação da criança e da família, numa perspetiva holística e que, genericamente correspondem às recomendações internacionais. O estudo identifica práticas recomendadas.
- Crianças e jovens maltratados e suas famílias : uma abordagem clínica e da saúdePublication . Rego, António Alves do; Ramos, Natália; Pires, Carlos M. LopesMúltiplos factores pessoais, familiares, sociais, económicos, políticos e culturais estão na origem da emergência da violência e maus-tratos contra crianças, jovens e mulheres. São factores que actuam, frequentemente de forma associada, perturbam a saúde e a qualidade de vida das pessoas. À sociedade actual, globalizada e plena de recursos humanos e materiais, científicos e técnicos, mas também plena de precaridades e de injustiças, tem o dever de criar, aplicar, desenvolver e controlar mecanismos eficazes de equilíbrio entre liberdade e segurança, individuais e colectivas, tendo em vista o bem-estar dos seus cidadãos. Admitindo-se que as perturbações psicopatológicas se podem encontrar aquém e além (como causa ou consequência) do acto violento, o presente estudo investiga em que medida os pais maltratantes de seus filhos são indivíduos com tais perturbações e em que medida as crianças e jovens maltratados sofrem de depressão. Para isso, apoiámo-nos em testes aferidos e válidos, de reconhecido mérito. Avaliamos um conjunto de dados que nos permitem compreender hábitos, atitudes e valores e, deste modo, distinguir famílias sinalizadas como maltratantes, das famílias não sinalizadas e, para isso apoiámo-nos em inquéritos. Dos dados da investigação, concluímos: os pais maltratantes de seus filhos apresentam perturbações psicopatológicas com significativo índice de mal-estar; as crianças e jovens maltratados não apresentam sintomas de depressão; os hábitos, atitudes, valores e cuidados educacionais e familiares, influenciam o comportamento das famílias maltratantes.residentes no concelho de Torres Novas, onde se desenvolveu o estudo.