Psicologia Clínica e da Saúde
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Browsing Psicologia Clínica e da Saúde by Sustainable Development Goals (SDG) "05:Igualdade de Género"
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- Climatério/menopausa, relacionamento conjugal e qualidade de vidaPublication . Presado, Helena; Ramos, NatáliaO climatério é uma etapa especial do ciclo de vida natural da mulher que integra a menopausa. Esta fase de transição encontra-se associada a mudanças que podem influenciar a saúde e a qualidade de vida da mulher; as necessidades de adaptação bio-psico-sócio-culturais e espirituais devem ser consideradas nesta etapa de vida que apresenta características análogas a outras etapas do ciclo de vida da mulher. As repercussões no relacionamento do casal, implicam que ambos façam readaptações, a todos os níveis, no sentido de manter ou melhorar a qualidade do relacionamento conjugal e de vida de que desfrutavam. Desenvolvemos um estudo descritivo de abordagem mista em duas fases: na primeira pretendeu-se identificar as representações sociais através da resposta a palavras estímulos: menopausa, climatério, relacionamento conjugal e sexualidade. Na segunda fase pretendeu-se compreender as implicações do climatério no relacionamento conjugal, recorrendo-se ao questionário de auto-preenchimento com utilização das escalas EASAVIC, ISS e WOQOOL (Bref) a 116 casais. Destacamos algum desconhecimento relativamente ao climatério e uma conotação da menopausa associada a disfuncionamento e problemas de saúde. Os indivíduos com idades mais baixas e nível de escolaridade superior apresentam maior qualidade de vida, satisfação sexual e satisfação conjugal. O sexo masculino apresenta melhor qualidade de vida e uma visão mais positiva do casamento. O funcionamento conjugal alvitra (re)ajustes ao longo do tempo de relacionamento conjugal. A forma como cada casal se entrega e vivencia o próprio relacionamento, influência e é influenciado pelas etapas do climatério. Os casais consideram ainda que não têm preparação suficiente para vivenciar saudavelmente esta etapa do ciclo de vida. Investir na formação dos profissionais para uma intervenção individual e culturalmente adequada no processo de transição da menopausa e melhorar a resposta dos serviços de saúde parece um desafio importante na melhoria da qualidade de vida, bem-estar e equilíbrio da mulher e do casal.
- Violência conjugal contra a mulher : representações sociais e práticas dos profissionais de saúde face às mulheres vítimasPublication . Calvinho, Salete; Ramos, NatáliaA Organização Mundial de Saúde classifica a violência conjugal contra a mulher como um problema e uma prioridade de saúde pública pelo que os profissionais de saúde devem intervir ao nível da prevenção, do diagnóstico, do acompanhamento e encaminhamento da mulher com alterações na saúde secundárias à violência (OMS, 1996; WHO, 2002). A violência conjugal contra a mulher é responsável por grande morbilidade, aumento dos casos de mortalidade e pode ter consequências permanentes para a mulher e sociedade, com mais consumo de recursos de saúde e mais propensão a comportamentos de risco para a saúde. As mulheres vítimas manifestam dificuldades para solicitar o apoio dos profissionais de saúde, nomeadamente por processos psicológicos complexos de reacção à violência mas, também por falta de condições e confiança para abordar o assunto com os profissionais. Face a estes pressupostos delineamos um desenho de investigação centrado no paradigma qualitativo, do tipo estudo de caso e ancorado na teoria das representações sociais, com os seguintes objectivos: conhecer as representações sociais dos profissionais de saúde, que contactam com mulheres vítimas de violência conjugal, sobre a violência conjugal contra a mulher; analisar a articulação entre os diversos profissionais de saúde que atendem mulheres vítimas de violência conjugal. Colaboraram no estudo enfermeiros (as), médicos (as), psicólogas e assistentes sociais, a exercer em contexto de prestação de cuidados de saúde na comunidade e no hospital. Utilizou-se como técnicas de recolha de dados a entrevista semi-estruturada e a técnica da associação livre de palavras (TALP). Os resultados apontam para a necessidade de formação específica sobre a questão da violência conjugal e em comunicação em saúde destes profissionais, assim como de políticas públicas adequadas. Salientam também a necessidade de recursos de saúde e de uma intervenção articulada com os outros recursos da comunidade para a prevenção, diagnóstico e encaminhamento das mulheres vítimas de violência conjugal.