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- Realidade virtual imersiva: uma análise do design instrucional com base nas Diretrizes da AECTPublication . Santos, Daniel Bóia; Castelhano, Maria; Pedrosa, Daniela; Morgado, LeonelCom a evolução da Realidade Virtual (RV), recomenda-se que educadores e designers instrucionais reformulem as suas abordagens para potenciar benefícios educativos da utilização de ambientes imersivos. O Design Instrucional (DI) aplicado à Realidade Virtual imersiva (iVR, immersive virtual reality) permite refletir acerca das estratégias educativas, da experiência do utilizador e das potencialidades tecnológicas. No projeto REVEALING – REalisation of Virtual rEality LearnING Environments, foram realizados pilotos de aulas do Ensino Superior com a utilização da iVR baseadas nos princípios de Merrill e nos objetivos pedagógicos segundo a taxonomia de Bloom. Neste trabalho, apresenta-se uma análise às planificações de aulas (n=4) de acordo com as diretrizes da Association for Educational Communications and Technology (AECT). Os resultados evidenciaram que, embora as planificações analisadas integrem princípios de DI, subsistem lacunas significativas no alinhamento com as diretrizes da AECT, especialmente no que respeita à avaliação do design, personalização da aprendizagem, preparação dos estudantes e incorporação de momentos de reflexão. Conclui-se que a aplicação da iVR no Ensino Superior exige a formulação de um modelo de DI mais sistemático, fundamentado e centrado no estudante, sendo recomendada a adoção rigorosa dos padrões da AECT adaptados às especificidades pedagógicas da imersão.
- O Antropocénico: perceção acerca da influência das oscilações climáticas com base no estudo de caso de uma microcredencial TIA (Tourism International Academy) da Universidade AbertaPublication . Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Bastos, Rosário; Mendes, João Ribeiro; Mendes, Maria do Carmo; Leão, Isabel Ponce de; Mendes, Rui PaesA questão do Antropocénicono coloca-se com especial acuidade a partir do momento em que as chamadas “alterações” climáticas surgem a pari passu nas abordagens da Academia, dos media, nas redes sociais, e/ou nas conversas da população em geral. Com mais ou menos equívocos, todos acabamos por ter ideias sobre o tema das alterações climáticas, embora o conceito de Antropocénico não esteja ainda muito divulgado e, mais relevante, cientificamente aceite pelo órgão competente, a saber, a Comissão Internacional de Estratigrafia (subcomissão da União Internacional das Ciências Geológicas), a qual assume como a última era geológica, consensualmente definida, o Holocénico, no final da qual surge o Homo sapiens. Não obstante, alterações climáticas sempre existiram e quanto ao Antropocénico, alguns cientistas tendem a colocar o seu início no Neolítico, considerando que a agro-pastorícia foi a primeira atividade humana a provocar alterações antrópicas no ambiente. Mas qual a perceção que as pessoas, em Portugal, na segunda década do século XXI - e com algum nível de escolaridade - têm destas questões? A emergência de uma linha de fundos do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) criada pela união europeia, com especial enquadramento no item Tourism, International Academy, permitiu a criação na Universidade Aberta de um curso gratuito, de pequena duração (2 meses), creditado para 3 ECTs (Sistema Europeu de Transferência e Acumulação de Créditos), totalmente online e assíncrono, direcionado exatamente para estas questões, numa diacronia de largo espectro e com especialistas/formadores provenientes da área da Arqueologia, História e Gestão. Intitulou-se: “As alterações climáticas, a evolução humana e o empreendedorismo no turismo histórico”. Para frequência do curso era exigido aos formandos que tivessem no mínimo o 12º ano de escolaridade e residência fiscal no território português. A adesão foi significativa de modo que está já em marcha uma reedição deste curso. Detetou-se a avidez de conhecimentos nesta área profundamente interdisciplinar e a assiduidade nos fóruns de discussão da sala de aula virtual foi assinalável independentemente da cronologia ou temáticas em análise. O perfil dos formandos é diferenciado, quer em termos etários, geográficos, académicos, como profissionais e é de enfatizar que, dos 32 inscritos, 60% concluíram o curso com sucesso. Convém, agora, escalpelizar os dados e evidenciar as principais interrogações dos formandos, como mera amostragem ad hoc das questões levantadas pela generalidade das pessoas acerca das oscilações climáticas, pedra de toque do Antropocénico.
- A relevância das técnicas de alta gestão para os gestores de pequenas e médias empresas na União Europeia: uma análise académicaPublication . Jacquinet, MarcAs pequenas e médias empresas (PME) constituem a espinha dorsal da economia europeia, representando mais de 99% das empresas na União Europeia e empregando cerca de 100 milhões de pessoas. Este ensaio examina criticamente a relevância e aplicabilidade das técnicas de alta gestão no contexto específico das PME europeias, explorando os desafios, oportunidades e adaptações necessárias para implementar práticas de gestão avançadas em organizações de menor dimensão. Através de uma análise detalhada da literatura académica e de estudos empíricos, demonstra-se que, embora as técnicas de alta gestão tenham sido tradicionalmente desenvolvidas para grandes corporações, a sua adaptação estratégica pode proporcionar vantagens competitivas significativas às PME, especialmente no contexto regulatório e competitivo da União Europeia.
- O que é uma empresa?: uma análise multidisciplinar da entidade empresarialPublication . Jacquinet, MarcA questão "o que é uma empresa?" constitui um dos problemas conceptuais mais fundamentais e complexos no domínio das ciências económicas, jurídicas e da gestão. Apesar da centralidade das empresas no sistema económico contemporâneo e da sua omnipresença na vida quotidiana, a delimitação precisa deste conceito revela-se extraordinariamente desafiante, atravessando múltiplas disciplinas e paradigmas teóricos. Como observa Chandler (1962), a empresa moderna representa "a mão visível" da coordenação económica, contrastando com a "mão invisível" do mercado smithiano, constituindo assim uma das instituições mais significativas da economia capitalista. Este ensaio propõe-se examinar criticamente as principais abordagens teóricas ao conceito de empresa, analisando as contribuições da teoria económica, da perspectiva jurídica, da teoria da gestão estratégica, da sociologia económica e dos estudos organizacionais. Através de uma análise multidisciplinar, pretende-se não apenas mapear as diferentes conceções existentes, mas também identificar os elementos estruturais, funcionais e institucionais que configuram a essência empresarial na economia contemporânea.
- A liderança como sistema nervoso central das organizações: uma análise da metáfora biológicaPublication . Jacquinet, MarcA metáfora "Uma organização sem liderança é como um corpo sem cabeça: não vive" encapsula de forma eloquente uma das verdades mais fundamentais da teoria organizacional contemporânea. Esta formulação, embora aparentemente simples, revela camadas profundas de significado sobre a natureza essencial da liderança nas estruturas organizacionais modernas. O presente ensaio propõe-se a dissecar esta analogia biológica, explorando as suas implicações teóricas e práticas através de uma análise multidisciplinar que incorpora contribuições da teoria organizacional, neurobiologia, psicologia social e estudos de liderança. A comparação entre organizações e organismos biológicos não constitui uma novidade no campo das ciências organizacionais. Desde os trabalhos pioneiros de Henri Fayol e posteriormente desenvolvidos por teóricos como Peter Senge e Edgar Schein, a metáfora orgânica tem servido como instrumento heurístico para compreender a complexidade dos sistemas organizacionais. No entanto, a específica analogia entre liderança e sistema nervoso central merece uma análise mais aprofundada, particularmente no contexto das transformações organizacionais do século XXI.