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- Formação, competências e seleção do diretor em diferentes modelos de gestão de escolas na Europa: uma abordagem comparativa entre três paísesPublication . Nunes, Renata Manuela de Sousa Moreira de Barros Rosário e; Neves, CláudiaColocando em evidência a necessidade de políticas educativas europeias comuns promotoras da qualidade e eficácia do ensino público, o papel dos diretores escolares ressalta na medida em que são, por um lado, os responsáveis pela prestação de contas à tutela e, por outro, pela gestão das escolas assente na liderança pedagógica, organizacional, administrativa e financeira. Considerando a Educação Comparada como método de investigação privilegiado para a identificação de políticas educativas comuns, o presente trabalho de investigação pretende abordar, comparativamente, três modelos de gestão relativamente aos processos de recrutamento e seleção do diretor, identificando os requisitos e competências para o desempenho do cargo de diretor escolar. Abordaremos numa primeira parte, o que concluímos relacionar-se com o desempenho deste cargo, apresentando temas como: liderança, gestão, formação profissional, descentralização de competências na Educação, e por fim, a Educação Comparada. Na segunda parte, analisaremos, primeiramente, as políticas educativas na União Europeia para, posteriormente, nos debruçarmos sobre os documentos de referência com recomendações relativas ao modelo de administração e gestão educacional, assim como o enquadramento legislativo de cada um dos países em questão (Portugal, Espanha e Noruega). Os resultados obtidos com esta investigação apontam diferenças substanciais entre o conjunto dos países do Sul da Europa, Portugal e Espanha, países com antepassados políticos ditatoriais, e o modelo de gestão descentralizado da Noruega, evidenciando dois modelos de gestão: centralizado e descentralizado. Para concluir, consideramos ser extremamente complexa a definição única do perfil do diretor do século XXI, atendendo às múltiplas competências que lhe são exigidas na atual estratégia política, social, económica e educativa da Europa
- Língua portuguesa: avaliação das aprendizagens no contexto da CPLPPublication . Matos, Teresa; Falé, IsabelOs fatores que concorrem para o desempenho e sucesso educativo dos alunos são inúmeros, sendo o seu impacto imprevisível. No entanto, contextos marcados pela variedade de oportunidades e pela democraticidade no seu acesso promovem um input mais rico e diversificado, constituindo-se como uma vantagem assinalável para o desenvolvimento de competências sociolinguísticas, cognitivas superiores e de uma compreensão mais profunda e abrangente do eu, do outro e da realidade. Numa sociedade globalizada, na qual é exigido aos cidadãos o domínio simultâneo de duas ou mais línguas e de competências ao nível da criatividade e do pensamento crítico, a Escola, enquanto instituição responsável pela transmissão formal de conhecimento, desempenha um papel fundamental na garantia de condições equitativas para o desenvolvimento de aprendizagens significativas e contextualizadas. Em muitos territórios, a língua portuguesa possui estatuto de língua oficial sendo veículo de alfabetização, contudo, os alunos têm, frequentemente, outra língua materna. Esta dialética está na origem de tensões, pessoais e sociais, para as quais a política e o planeamento linguístico têm uma importância central na clarificação do papel que as línguas desempenham e de que forma se relacionam, em cada paisagem. O presente trabalho, elaborado com objetivo principal de avaliar as aprendizagens dos alunos no âmbito do ensino oficial da língua portuguesa, transformou-se num espaço de reflexão sobre os valores e competências que devem ser promovidos ao longo do percurso dos alunos e sobre a importância da língua portuguesa, enquanto veículo de acesso, construção e transmissão de conhecimento. Envolveu uma mostra de conveniência, composta por 151 alunos, inscritos no 6.º ano do Ensino Básico, provenientes de cinco escolas localizadas em zonas urbanas e rurais localizadas em Angola, Cabo Verde e Portugal. Foram construídos e aplicados quatro instrumentos para recolha de informações, nomeadamente, uma prova de avaliação das aprendizagens; um questionário de caracterização do perfil sociolinguístico dos alunos; a Escala de Personalidade Criativa, para aferir as características criativas dos alunos; e um questionário para caracterização do contexto do exercício da docência, aplicado ao professor de cada turma. A análise dos resultados obtidos e a triangulação com informações acerca dos contextos permitiu concluir que não existem diferenças significativas entre os três países. No entanto, os alunos provenientes de contextos rurais apresentam desempenhos inferiores ao nível das competências linguísticas e da competência criativa e, simultaneamente, maior tendência para retenção e abandono escolar precoce. Relativamente ao perfil linguístico, são os alunos para os quais a língua portuguesa não tem estatuto de língua materna que apresentam resultados mais elevados em todos os critérios analisados.