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- Methodology for sea level rise hazard assessment in the exposed coastal zone of the Portuguese mainlandPublication . Trindade, Jorge; Reis, Eusébio; Rocha, Jorge; Santos, Pedro Pinto; Garcia, Ricardo; Oliveira, Sérgio; Silva, Andreia; Pinheiro, Samuel; Cuervas-Mons, JoseFuture scenarios of sea level rise in Portugal are expected to put at risk sensitive areas from a natural and urban point of view. This research proposes a methodology for the assessment of sea level rise Hazard zones using the evaluation of permanent and episodic components as important factors to predict flooding and coastal erosion hazards for the Shared Socioeconomic Pathway 1, 2 and 5 scenarios, in 2040, 2070 and 2100.
- Envelhecimento ativo, digno e saudável: contributos dos idosos e seus cuidadoresPublication . Brito, Maria Emília Campos; Ramos, Natália; Oliveira, Albertina LimaNeste estudo pretendeu-se dar voz às pessoas idosas e aos seus cuidadores (familiares/informais e profissionais/formais) para conhecer as suas perspetivas sobre a discriminação e violência para com as pessoas idosas e quais os seus contributos para a sua prevenção. Seguimos uma abordagem metodológica de natureza qualitativa que permite compreender o significado que as pessoas idosas e seus cuidadores atribuem à discriminação e à violência de que são alvo os mais velhos. Participaram pessoas idosas, num total de 27, através de focus group, e seus cuidadores, num total de 38, através de entrevistas semiestruturadas, em contexto comunitário, meio urbano e rural. Dos resultados obtidos sobre a perceção dos participantes relativos à discriminação e violência, destacamos: que as pessoas idosas são um grupo heterogéneo, frequentemente não são respeitadas, o que afeta a sua dignidade humana e consequentemente não são tidos em conta os seus direitos; que os estereótipos e preconceitos influenciam a representação social das pessoas idosas e afetam o seu bem-estar, surgindo na sociedade em geral, e em contextos de saúde e sociais; que a discriminação é uma forma de violência e um ato condenável e criminal, originando medo e vergonha por parte das pessoas idosas, pois os agressores são, na maioria das vezes, os próprios familiares; que a (in)visibilidade da violência, torna difícil a sua identificação, existindo um défice de denúncia; que os participantes reconhecem diversos tipos de violência, nomeadamente física, psicológica, económico-financeira, negligência, abandono, os quais ocorrem em casa, nos lares e em casas de acolhimento: Os participantes destacam ainda diversos fatores de risco, tais como: a falta de apoios na comunidade adequados à pessoa idosa e família; as condições de saúde e sociais da pessoa idosa, o isolamento; a sobrecarga dos cuidadores familiares; a falta de formação dos diversos cuidadores; cuidados de saúde inadequados incluindo a falta de resposta atempada da RNCCI; educação pessoal insuficiente; pessoa idosa a viver sozinha; história familiar de violência; aumento da população idosa; características do agressor; o próprio sistema político; falta de amor e respeito; e programas de televisão violentos. Em relação aos contributos para a prevenção da discriminação e violência para com a pessoa idosa, foi salientada a relação das pessoas idosas com quem as rodeia, através de interações baseadas no respeito e afetividade, e um acompanhamento efetivo das pessoas idosas, através de serviços de proximidade. Há necessidade de dar suporte ao cuidador familiar. Na comunidade, foi reforçada a importância da relação amistosa com os profissionais de saúde e de uma forma geral, a necessidade de intervenção conjunta dos vários atores de apoio e segurança, o trabalho em parceria, a supervisão dos cuidadores familiares, dos lares/instituições e cuidadores profissionais, a necessidade de identificação da população idosa, e de mais recursos humanos e materiais nas áreas da saúde e social, tendo em conta a real necessidade das pessoas idosas e famílias. Em termos políticos são necessárias medidas mais eficazes de proteção da pessoa idosa, supervisão das instituições, melhoria das condições de vida das pessoas idosas, promoção da dignidade das pessoas idosas, políticas de apoio às famílias, restruturação dos recursos de saúde e sociais adaptados às necessidades reais das pessoas idosas e família, melhoria do funcionamento da RNCCI, promoção da justiça social e terminar com a mudança da hora legal. A educação foi referida por todos os participantes como uma importante medida de prevenção da discriminação e violência, devendo ocorrer a nível individual, familiar, dos cuidadores familiares e profissionais e da sociedade em geral, através de programas sobre o processo de envelhecimento e de programas de educação intergeracional. Foi referido ainda dar mais visibilidade à discriminação e violência para com a pessoa idosa, para a tomada de consciência de toda a população, usando a comunicação social e as redes sociais, bem como investigar o impacto da violência na pessoa idosa. O envelhecimento ativo, digno e saudável pode contribuir, a nível individual, para a promoção de comportamentos de vida saudáveis ao longo de todo o ciclo de vida e preparar para o envelhecimento desde o nascimento. A família tem o dever de promover relações intergeracionais e solidárias, a transmissão de comportamentos saudáveis e valores. Na comunidade é importante fortalecer as relações intergeracionais, o amor, a solidariedade, infraestruturas de saúde e sociais que promovam o envelhecimento ativo, digno e saudável ao longo da vida e o desenvolvimento do trabalho em parceria. A nível político é necessário fazer reformas estruturais nas áreas educativa, social e de saúde.