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- Consequências das cheias de 2015 sobre a população das áreas ribeirinhas do Rio Licungo no quadro do ordenamento do território em Moçambique: caso do Município de MocubaPublication . Queba, Agostinho Alberto; Trindade, Jorge; Garcia, Ricardo Alexandre CardosoA presente pesquisa tem como objectivo a avaliação das consequências das cheias de 2015 sobre as populações dos bairros ribeirinhos do rio Licungo no Município de Mocuba. Especificamente centrou-se na delimitação dos efeitos das cheias de 2015 através da determinação de vários indicadores de presença de cheia; acrescida a análise da ocupação do solo determinando áreas afectadas e acompanhada com avaliação das consequências das cheias para as populações dos bairros afectados. Com uma orientação quantitativa/qualitativa, a pesquisa teve como instrumentos; checklists, levantamento da ocupação do solo (com recurso as imagens de satélite) e inquéritos por questionário. Os resultados encontrados usando diferentes instrumentos aplicados na pesquisa testemunharam tratar-se de um evento que causou prejuízos enormes nos bairros afectados. Os mesmos resultados revelaram que grande parte do uso do solo consistia em casas para habitação (maioritariamente frágeis e ribeirinhas), campos agrícolas, infra-estruturas e vias de acesso que foram seriamente afectadas e/ou destruídas. Destacaram-se como bairros mais afectados; Samora Machel, Sacras e Lugela, com perdas parciais e/ou totais de habitações O fenómeno condicionou em grande medida a vida dos residentes; por isso, eles têm conhecimento das consequências que cheias podem causar para a população; no entanto, nota-se a reocupação das áreas outrora arrasadas pelas cheias, com maior incidência para o bairro Samora Machel; cujos danos foram bastante superiores quando comparados com outros bairros. O grande impacto das cheias deveu-se principalmente a vulnerabilidade dos seus residentes associada a exposição porque este bairro localiza-se na confluência dos rios Licungo e Lugela. A comunidade está interessada em abandonar os sítios inseguros; no entanto, a falta de alternativas para enfrentar novos desafios nos novos bairros pode ser o vector retardador na tomada de decisão para se retirar das áreas de risco ondem vivem. A ocupação pré-cheia mostrou uma tendência gradual e contínua do crescimento em habitações e campos agrícolas; com quedas abrutas durante a cheia e crescimento acelerado pós-cheia. Estas constatações chamam atenção as autoridades locais da necessidade de tomada de medidas urgentes visando estancar a reocupação das áreas perigosas, como forna de prevenir situações futuras. Por isso, as autoridades municipais e de gestão de desastres devem desempenhar um papel preponderante na mobilização, delimitação e fiscalização das áreas vulneráveis e criação de condições essências para as comunidades nas zonas de reassentamento.