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- Giving away some of their powers!: towards learner agency in digital assessment and feedbackPublication . Casanova, Diogo; Alsop, Graham; Huet, IsabelDigital assessment and feedback have been a growing area of research and practice in the past decade in higher education. Within this theme, research has been published highlighting the importance of learner agency in the assessment and feedback process as a way to develop assessment literacy in contrast with the existing lecturer-led approach. In this research, we aimed to find out whether lecturers are willing to let go of some of the power they currently have in the digital assessment and feedback process and how they see opportunities for agency being developed in the digital assessment and feedback systems. We collected data from 10 sandpits with 58 lecturers in which, using a storytelling technique and one mockup of a digital assessment and feedback system, we discussed and critiqued an assessment scenario intending to collect perceptions about digital assessment and feedback and the constraints felt by lecturers in their assessment practice. Based on these perceptions, we identify recommendations that may improve digital assessment and feedback systems and practices. We discuss the data and the recommendations based on three clusters of themes: (i) preparation for the assessment, (ii) formative feedback and (iii) feedback post-submission.
- Migração e saúde: estratégias e gestão dos cuidados de saúde e doença dos refugiados em Maratane, Nampula, norte de MoçambiquePublication . Muianga, Baltazar Samuel; Bäckström, BárbaraA presente investigação reflete sobre a problemática das migrações forçadas na sua interface com a saúde e incide, particularmente, sobre a autogestão de saúde e doença que os refugiados acionam por forma a superar as barreiras estruturais no acesso a estes serviços. Esta pesquisa analisou o quotidiano dos refugiados residentes no Centro de Maratane, na província de Nampula, no norte de Moçambique. Para o efeito, seguiu-se uma triangulação teórica, cruzando as abordagens sociológicas das migrações e saúde, articuladas com a sócio-antropologia da saúde/doença. Parte-se da presunção de que em função dos constrangimentos estruturais e socioculturais que condicionam a prestação e acesso aos serviços de saúde para os refugiados, estes servem-se do seu “capital social” para gerir situações de risco de saúde, usando outras soluções terapêuticas diferentes do Sistema Nacional de Saúde. Realça-se ainda que os refugiados recorrem ao seu “capital económico” para aceder os cuidados de saúde, prestados pelo Sistema Nacional de Saúde, seja público ou privado. Em termos metodológicos, a investigação orientou-se pela abordagem qualitativa, considerando uma amostra de 59 participantes que foram selecionados na base de acessibilidade. Os participantes foram refugiados provenientes de países africanos, sobretudo Burundi, República Democrática do Congo, Ruanda e Somália. Para a recolha de dados, usouse as entrevistas semiestruturadas, os grupos focais e a observação direta. Em relação à análise dos dados, foi usada a técnica de análise de conteúdo. Os resultados revelam que os refugiados enfrentam dois níveis de barreiras estruturais no acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente as internas e externas. As barreiras internas resumem-se nas fragilidades estruturais inerentes aos serviços de saúde no Centro de Maratane, onde se destaca a falta de um Banco de Sangue, a insuficiência de recursos materiais e de serviços médico-cirúrgico, a falta de medicamentos, a morosidade no atendimento e a ausência de serviços de saúde mental, que são cruciais para a reabilitação psicosocial dos refugiados. As barreiras externas consistem na inacessibilidade geográfica da região, com maior índole para os fatores de ordem económica, a ineficaz inserção comunitária, a fraca integração social e os constrangimentos socioculturais, em particular os problemas linguísticos e de comunicação que condicionam a relação entre os refugiados, o pessoal médico e os intérpretes da Unidade Sanitária local. Devido a estes constrangimentos, os refugiados recorrem a medicina moderna e a outras “medicinas” paralelas caracterizadas por práticas terapêuticas alternativas para a autogestão da sua saúde, destacando-se, por um lado, o recurso a uma pluralidade de sistemas de saúde, designadamente o folclórico, o popular e a automedicação, acionados através das suas interações sociais quotidianas, que incluem ações de autocuidado de “senso comum”, o capital social/ubuntu/ e as redes de solidariedade baseadas nas amizades, na familiaridade e na identidade étnico - cultural.