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- Educação a distância e eLearning no ensino superior em estabelecimentos prisionais em Portugal: realidades, desafios e perspetivas a partir da visão dos atoresPublication . Valente, Sónia Patrícia Silva; Moreira, J. AntónioEm Portugal, a educação é considerada um direito inalienável, sendo que a aplicação de uma pena privativa de liberdade pressupõe que o cidadão ou cidadã percam, apenas, o direito à liberdade física, devendo ser garantidas as condições necessárias para o gozo dos restantes direitos. Neste contexto de privação de liberdade, a Educação a Distância (EaD) pode assumir um papel determinante assegurando uma oferta diversificada ao nível da formação, quer a nível da aprendizagem ao longo da vida, quer a nível do Ensino Superior (ES). Com o intuito de tirar partido desta modalidade e, ao mesmo tempo, desenvolver competências de literacia digital e contribuir para a formação profissional e académica de pessoas em situação de exclusão social, em Portugal, está a ser desenvolvido um projeto na Universidade Aberta (UAb) de Educação a Distância e eLearning em Estabelecimentos Prisionais em Portugal, sendo que é neste contexto que desenvolvemos este estudo. Partindo, pois, da necessidade de realizar um retrato da realidade prisional a nível do ES a nossa investigação baseou-se numa metodologia de cariz qualitativo. Foram analisadas as perceções de estudantes reclusos da UAb (REES), de Técnicos/as Superiores de Reeducação (TSR) e elementos da Direção dos quatro estabelecimentos prisionais em análise (Coimbra, Leiria, Paços de Ferreira e Vale do Sousa), sendo que a informação recolhida foi analisada através da técnica de análise de conteúdo, como o intuito de estabelecer um quadro relativo às condições de aprendizagem dos estudantes da UAb em situação de reclusão. Através da análise realizada pudemos verificar que, à semelhança da população geral, a população reclusa está mais escolarizada, tendo novas exigências ao nível educativo e a EaD parece ser como uma resposta privilegiada para a frequência do ES e, embora não existam, ainda, espaços específicos para o ES dentro dos Estabelecimentos Prisionais (EP), existe a disponibilidade para os mesmos serem criados. Constatamos, ainda, que a principal dificuldade para a implementação do Modelo Pedagógico Virtual (MPV) da UAb em contexto prisional é o acesso à tecnologia – computadores e ligação à internet. Sendo consensual, entre todos os indivíduos participantes no estudo, que é necessário criar melhores condições para os REES e atendendo a políticas públicas como o INCoDE.2030, perspetivamos que a frequência de um curso do ES em EaD na modalidade de eLearning poderá, em breve, contribuir, para que os REES desenvolvam competência digitais – essenciais para a sua plena reinserção na atual sociedade digital.
- Modelo de smart places confiávelPublication . Brandão, António José Morim; São Mamede, Henrique; Gonçalves, Ramiro Manuel Ramos MoreiraOs smart places, como a desmaterialização dos diversos ecossistemas naturais, envolvem diversos ecossistemas autónomos que se interligam e promovem a integração da informação e a convergência de funções e atividades, necessariamente seguras, que dependem de dados confiáveis e fontes confiáveis. O problema da gestão de dados, da sua qualidade e da sua governação agrava-se com a quantidade de dados gerados, a multiplicidade de dispositivos, espaços, infraestruturas, utilizadores e entidades ligados, sendo um desafio tecnológico e de gestão. Os diversos riscos cibernéticos podem provocar o comprometimento dos dados, a exploração das fragilidades, a infeção dos sistemas, condicionando o funcionamento da cidade e, no limite, desligar ou mesmo destruir a infraestrutura física ao ponto de os cidadãos terem as suas vidas ameaçadas. A metodologia de investigação escolhida para este trabalho é a metodologia Design Science Research (DSR), na abordagem centrada no problema, onde se pretende construir um artefacto, que permita avaliar alternativas viáveis de utilização da tecnologia confiável, baseada em blockchain. A proposta centra-se num modelo genérico de dados a aplicar aos smart places, no contexto das smart cities, focando a sua revisão e estruturação nos aspetos de gestão de dados e da sua governação. O modelo proposto adota as tecnologias blockchain e aplica às diferentes características da cidade, na governança eletrónica, na contratação de produtos e serviços e na recolha de dados. Os múltiplos objetos IoT e as múltiplas redes, juntamente com a tecnologia blockchain, podem resultar em espaços e cidades mais seguras e eficientes. Este trabalho aprofunda o conceito de smart cities, no ecossistema de mobilidade e transportes, utilizando a tecnologia blockchain como plataforma de segurança e confiabilidade dos dados, aplicado no artefacto do subsistema de bilhética e de tráfego, para a confiabilidade e controlo dos logs gerados pelos inúmeros dispositivos. Com este artefacto pretende-se a generalização do modelo a aplicar a diferentes subsistemas permitido que os modelos de dados genéricos, sejam integrados e automatizados, com dados de qualidade e informações confiáveis. O controlo dos fluxos dos dados, a gestão do ciclo de vida dos dados e da informação permitirá um processo de gestão de dados e de gestão da informação e da sua governança, mais confiável.