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- A tutoria nos modelos de ensino a distância em Moçambique : estudo de caso sobre o Instituto Superior MonitorPublication . Mungoi, Amélia Rabeca; Morgado, LinaNo ensino a distância, o tutor e o estudante constituem as peças principais do processo de aprendizagem. Diferentemente do ensino presencial em que o contacto entre as duas partes, isto é, estudante e o professor tem sido directo e as interações são directas e regulares, no ensino a distância, acontece o diferente, encontra-se implícita uma responsabilidade a dobrar relativamente ao ensino presencial. Com o presente estudo foi possível analisar o processo de tutorias vigente no Departamento de Educação e Psicologia do Instituto Superior Monitor, tendo em conta as práticas subjacentes ao modelo em uso pela instituição onde o departamento em estudo se encontra inserido no sentido de encontrar o ponto de situação em relação as suas contribuições para o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes. Sendo o Instituto Superior Monitor uma instituição localizada num país emergente em relação ao contexto das práticas em ensino a distância, foi possível com o presente estudo notar que as práticas vigentes no modelo do ensino a distância no ISM e no Departamento de Educação e Psicologia são comuns ao nível das instituições do mesmo regime do ensino dentro do país. O processo de tutoria no ensino a distância é caracterizado pelo uso de um sistema de comunicação baseado em multiuso de ferramentas ou meios tecnológicos de comunicação, com maior domínio do telemóvel. Trata -se de um modelo que se pode equiparar com o fordismo, na medida que o ensino é centrado ao estudante. A pesar dessa centralização ao estudante, não se dispensa o papel motivador do tutor para com o estudante. Com efeito, o tutor precisa ser aquele individuo preparado, com competências necessárias para uma actuação desejável que resumem em ter conhecimentos suficientes, habilidades e ter um compromisso com o seu trabalho. Os resultados do presente estudo, revelaram algumas fragilidades com relação a estas três competências, indicam para a necessidade de potenciação do corpo dos tutores do departamento em estudo ao nível de algumas competências como é o caso das habilidades necessárias para uma actuação adequada no processo de tutorias, uma vez que estes se revelaram bastante inexperientes na actividade de tutor.
- O português em Timor-Leste : presença da língua nas salas de aula de escolas do 1º e 2º ciclos de Díli, Lautém, Manatuto e BobonaroPublication . Monteiro, José Manuel Sequeira; Salomão, RicardoEste estudo insere-se na área das Políticas de Línguas e debruça-se especificamente sobre a presença da língua portuguesa nas salas de aula de escolas do 1.º e 2.º ciclos em quatro diferentes municípios. Tendo presente que o contexto de plurilinguismo de Timor-Leste não se reflete apenas no dia a dia dos timorenses mas igualmente nas escolas, em virtude da nova reforma curricular do ensino pré-escolar e 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, este trabalho incide sobre uma amostra de 93 professores que lecionam em escolas do 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico em quatro municípios. Como suporte da argumentação, além de passarmos em revista o contexto político e histórico de Timor-Leste, o atual panorama linguístico e a política de língua (Educativa) de Timor-Leste, a rede escolar timorense, a fundamentação e teoria para a Educação Multilingue baseada na Língua Materna (EMbLM) e a análise do documento (Diploma) Decreto-Lei n.º 4/2015 de 14 de janeiro referente ao Currículo Nacional de Base do 1.º e 2.º ciclos do Ensino, é realizado um inquérito extensivo aos professores e uma entrevista semiestruturada a dois diretores. Estes dois instrumentos, além de se destinarem a conhecer o perfil sociolinguístico, pretendem averiguar se os professores têm usado o português antes e após a reforma curricular, em que circunstâncias o têm feito, se têm ensinado em outras línguas e averiguar qual a sua perceção relativamente ao uso da língua portuguesa como língua de instrução no ensino. Da investigação resultou a perceção de que o português já não é a língua que assume um estatuto privilegiado em contexto de sala de aula, como língua de instrução, nomeadamente no 1.º ciclo, uma vez que só é usado na disciplina de português, com uma redução drástica da sua carga horária. Verificamos ainda que a baixa utilização do português durante o processo de ensino veio impedir que os alunos possam adquirir uma maior proficiência em língua portuguesa, contrapondo o novo currículo nacional que determina um sistema claro de progressão linguística, capaz de garantir, no final do segundo ciclo, um sólido conhecimento quer do tétum quer do português.